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Polícia: foi assassinato

(as)6 de dezembro de 2006

Polícia britânica afirma que investigação já reuniu provas suficientes de que ex-espião russo foi assassinado. Testemunha é interrogada em Moscou.

Andrei Lugovoi, considerado pela polícia testemunha central no casoFoto: AP

A Scotland Yard afirmou nesta quarta-feira (06/12), pela primeira vez, que a investigação da morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko já reuniu provas suficientes para considerar que ele foi assassinado.

"É importante reforçar que ainda não chegamos a nenhuma conclusão em relação aos meios que foram utilizados, ao motivo ou à identidade daqueles que podem ser responsáveis pela morte do Sr. Litvinenko", explica comunicado da polícia britânica.

Também nesta quarta-feira, autoridades britânicas anunciaram ter encontrado vestígios de polônio 210 na embaixada do Reino Unido em Moscou. De acordo com um porta-voz do Ministério britânico das Relações Exteriores, os níveis detectados são baixos e não representam qualquer risco à saúde pública.

Italiano

O anúncio foi feito no mesmo dia em que o acadêmico italiano Mario Scaramella deixou o hospital onde estava internado, no centro de Londres, por não manifestar quaisquer sintomas graves associados à substância radioativa. Segundo o hospital, ele apresenta boa saúde.

Scaramella deixou o hospital onde estava internadoFoto: AP

Antes de deixar o hospital, o italiano acusou "pessoas ligadas a organizações clandestinas, não diretamente sob o controle das autoridades russas", mas afastadas dos serviços de segurança, de serem responsáveis pelo envenenamento de Litvinenko. A declaração foi dada em entrevista à rede norte-americana de televisão CNN.

Testemunhas

Em Moscou, investigadores da Scotland Yard interrogaram uma testemunha do caso, Dimitri Kovtun, que se encontrou com Litvinenko no hotel no dia em que ele se sentiu mal. Uma outra testemunha, considerada como chave no processo de investigação, também deverá ser ouvida esta semana.

Trata-se de Andrei Lugovoi, antigo agente dos serviços secretos russos e guarda-costas presidencial convertido em homem de negócios. A Scotland Yard está especialmente interessada em Lugovoi porque ele viajou de Moscou para Londres em aviões nos quais foi detectada a presença de polônio 210.

Quartos de hotel em que ele esteve hospedado em Londres também estavam contaminados com a substância radioativa. Lugovoi negou participação no caso e disse estar disposto a colaborar com a polícia britânica.

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