Se ataque russo não é iminente, por que Ucrânia pede armas?
Nicholas Connolly
5 de fevereiro de 2022
EUA disseram que não vão mais se referir a uma possível invasão russa à Ucrânia como "iminente" após reclamações do governo de Kiev. Mas Ucrânia segue pedindo ajuda de aliados para receber armas. Por quê?
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Há semanas, o mundo acompanha o desenrolar das tensões entre a Ucrânia e a Rússia. Os Estados Unidos chegaram a classificar um ataque de Moscou a Kiev como "iminente". O governo ucraniano tentou colocar panos quentes e acalmar a população, mas, ao mesmo tempo, recebe líderes ocidentais e pede o envio de armas. Se um ataque russo não é provável em curto prazo, por que a Ucrânia está pedindo ajuda e recebendo armas?
Moscou estacionou cerca de 100.000 soldados próximos às fronteiras com a Ucrânia, aumentando as especulações de que poderia invadir o país vizinho. Em 2014, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia ao seu território.
O governo dos EUA alerta que esse número de soldados pode rapidamente aumentar para 175.000. Analistas de inteligência ocidentais dizem que as tropas estão cada vez mais de posse da logística necessária para lançar um ataque, incluindo suprimentos de sangue para hospitais de campanha russos perto da fronteira com a Ucrânia. Ao mesmo tempo, a Rússia está realizando exercícios conjuntos em Belarus, envolvendo 30.000 soldados, estima a Otan.
Em resposta, a Ucrânia solicitou e começou a receber armas de países ocidentais nas últimas semanas: sistemas antitanque dos EUA e do Reino Unido, além de munições e mísseis antiaéreos dos Estados Bálticos. A União Europeia (UE) prometeu mais de 1 bilhão de euros em assistência.
A questão central é se isso é apenas uma atitude precipitada do presidente russo, Vladimir Putin, em uma tentativa de chamar a atenção do Ocidente para sua exigência de que a Ucrânia nunca seja autorizada a ingressar na Otan ou se o líder da Rússia realmente pretende lançar um ataque à Ucrânia. E se houver de fato um ataque, se isso tomaria a forma de uma intervenção localizada ou uma invasão em grande escala.
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Críticas da Ucrânia aos EUA
Em 2 de fevereiro, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, anunciou que o termo "iminente" não seria mais usado para descrever a ameaça de uma intervenção russa. Não porque a avaliação objetiva da inteligência americana tenha mudado, mas porque o termo pode inadvertidamente sugerir certeza dos EUA sobre as intenções de Putin. O uso do termo e a retórica dura do governo de Joe Biden também causaram atritos significativos com o governo ucraniano.
"Sou o presidente da Ucrânia e estou aqui no terreno, acho que entendo os detalhes melhor do que qualquer outro presidente", foi a mensagem do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a jornalistas estrangeiros que lhe pediram para explicar a lacuna entre as mensagens dos EUA e a linha mais cautelosa de seu governo.
Enquanto Washington alertava sobre a ameaça aguda de invasão russa, Zelensky disse aos ucranianos que os riscos não eram maiores do que antes. Tudo o que mudou, afirmou Zelensky, foi o aumento repentino da atenção da mídia internacional.
A declaração do presidente ucraniano foi ainda mais surpreendente porque os líderes do país, incluindo o próprio Zelensky, passaram anos pedindo ao Ocidente que não subestimasse a ameaça representada pela Rússia à independência da Ucrânia. Não apenas isso: Kiev reuniu uma impressionante lista de desejos de sistemas de armas ocidentais que diz precisar para impedir que a Rússia ataque.
As diferenças entre Kiev e Washington são mais sobre "a estilística e a ênfase" do que qualquer outra coisa, argumentou o cientista político Volodymyr Fesenko. Ele destacou que, desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, Moscou aumentou sua presença militar permanente ao longo das fronteiras da Ucrânia e realizou exercícios em larga escala toda primavera e verão europeus. Como resultado, os ucranianos, explica Fesenko, aprenderam a conviver com o risco constante de escalada.
Toda a conversa atual sobre um ataque já teve um impacto muito real na Ucrânia. "A guerra ainda não estourou, mas a guerra já está sendo travada na mídia, e isso está tendo um impacto negativo na economia ucraniana”, disse Fesenko à DW.
Como as escaladas anteriores foram resolvidas?
Esta não é a primeira vez que a Rússia usa movimentação de tropas para aumentar as tensões com a Ucrânia. Em março e abril de 2021, a Rússia reuniu dezenas de milhares de soldados nas fronteiras ucranianas e realizou exercícios da Marinha no Mar Negro.
A movimentação causou preocupação internacional, mas os temores de um conflito iminente eram menos agudos do que no momento. Naquela época, as forças russas não tinham a logística para lançar um ataque em grande escala e a Rússia não havia formulado nenhuma demanda concreta.
Na primavera de 2021, a oferta de Biden de uma cúpula individual com Putin, o qual ele havia chamado de "assassino" apenas algumas semanas antes, bastou para a Rússia encerrar as manobras.
Agora, a mera oferta de diálogo dificilmente será suficiente para resolver as tensões. A cúpula Biden-Putin em Genebra em junho de 2021 pouco serviu para a Rússia avançar em seus objetivos.
Desta vez, Moscou emitiu uma lista de demandas, incluindo a proibição de a Ucrânia ingressar na Otan e um compromisso da Aliança Atlântica de retirar tropas e equipamentos militares dos estados membros no Leste Europeu. A Otan já descartou atender a qualquer uma dessas exigências.
Isso deixa as conversas sobre o controle de mísseis de alcance intermediário na Europa como a única parte das demandas da Rússia com alguma chance de progresso.
Observadores esperam que qualquer acordo desse tipo sobre controle de armas, mesmo que seja alcançado, provavelmente não seja uma vitória diplomática suficiente para o Kremlin estar disposto a diminuir a escalada.
Quanto a escalada está custando à Ucrânia?
Mesmo sem um único tiro disparado, falar de guerra iminente na Ucrânia já está prejudicando a confiança dos investidores internacionais no país. Essa é parte da razão pela qual o presidente Zelensky está tão interessado em diminuir a retórica.
Até agora, a moeda da Ucrânia, a hryvnia, resistiu bem, perdendo menos de 10% de seu valor em relação ao euro nas últimas semanas - embora isso não tenha acontecido sem a ajuda do banco central, que gastou mais de um bilhão de euros para deter a queda da moeda.
O efeito indireto mais relevante para a economia até agora, diz o analista Sergey Fursa, tem sido a capacidade da Ucrânia de tomar dinheiro emprestado nos mercados internacionais. Na situação atual, os leilões de títulos estariam fadados ao fracasso, explica Fursa.
Evidências estão aumentando de que empresas internacionais estariam deixando de lado planos de investimento na Ucrânia, já que algumas empresas no país estão seguindo o exemplo de algumas embaixadas ocidentais e evacuando funcionários da capital ucraniana.
Quantificar o valor de tais investimentos perdidos é difícil. No entanto, à medida que a escalada atual se desenrola, analistas alertam que a incerteza constante sobre a segurança da Ucrânia pode vir a ser um freio permanente no desenvolvimento econômico do país.
Existe uma vantagem para a Ucrânia?
Em apenas uma semana, os líderes da Turquia, Reino Unido e Holanda visitaram Kiev, com promessas de suprimentos militares. Foi uma demonstração de apoio sem precedentes e algo que a Ucrânia, em tempos normais, celebraria como uma vitória diplomática.
A Ucrânia está verdadeiramente na agenda da Europa e da Otan – por isso, teme que as exigências da Rússia sejam levadas a sério.
A Ucrânia recebeu armas e promessas de entregas futuras não apenas dos Estados Unidos, mas também de outros países da Otan, como o Reino Unido, que anteriormente não fornecera armas letais.
Mas isso não muda o fato de que o valor do equipamento ofertado à Ucrânia ainda é modesto em comparação com o apoio dos EUA para Israel ou para o Afeganistão antes da tomada do Talibã no ano passado.
Quanto à adesão à Otan, a aliança recusou-se a excluir a entrada da Ucrânia, mas também não deu esperanças de uma adesão a curto prazo.
O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Cerca de 250 mil pessoas saíram às ruas de Colônia, na Alemanha, em solidariedade à Ucrânia numa marcha que substituiu o tradicional desfile de carnaval da Rosenmontag (segunda-feira de rosas). As pessoas carregaram bandeiras ucranianas e fizeram um minuto de silêncio durante a marcha, que procurou enviar uma mensagem de paz. (28/02)
Foto: Ina Fasssbender/AFP/Getty Images
Centenas de milhares protestam em Berlim contra a guerra
Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Berlim para se manifestar contra a guerra na Ucrânia. Os organizadores estimaram o número de participantes em cerca de meio milhão - cifra bem acima dos 20 mil inscritos originalmente para participar do protesto. A polícia falou em "algumas centenas de milhares" de manifestantes. Os jornais alemães noticiaram mais de 100 mil pessoas no ato. (27/02)
Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance
Mais de 460 presos em protestos na Rússia
Desafiando a repressão do Kremlin, centenas de russos saíram às ruas para protestar contra a invasão na Ucrânia. Pelo menos 460 pessoas foram presas em 34 cidades, informou o portal de direitos civis Owd-Info. Uma petição contra o ataque russo à Ucrânia já reúne mais de 780.000 assinaturas. A maioria dos russos contrário à guerra teme se manifestar, por medo de represálias do governo. (26/02)
Foto: Dmitri Lovetsky/AP/dpa/picture alliance
Noite no metrô de Kiev
Diante do avanço das tropas russas e dos frequentes ataques aéreos, que atingem inclusive prédios residenciais, muitos moradores de Kiev passaram a buscar abrigo nas estações de metrô, que acabaram se convertendo em abrigos antibomba improvisados. (25/02)
Foto: Emilio Morenatti/AP/dpa/picture alliance
Rússia em guerra contra Ucrânia
Presidente russo, Vladimir Putin, autorizou operação militar com o objetivo de "desmilitarizar" a Ucrânia e eliminar supostas ameaças contra Moscou. Confrontos e bombardeios deixaram rastro de destruição em várias cidades, incluindo Kiev, Mariupol e Kharkiv. EUA, União Europeia e Reino Unido condenam invasão e impõem sanções contra Moscou. (24/02)
Foto: Anatolii Stepanov/AFP
Ucrânia declara estado de emergência
Ucrânia decretou estado nacional de emergência de 30 dias, para que o país possa ampliar sua capacidade de defesa contra uma possível invasão russa. Presidente Volodimir Zelensky disse que a Rússia já acumula mais de 200 mil soldados na fronteira. Kremlin informou que os líderes das regiões separatistas pediram assistência militar à Rússia, aumentando temores de um ataque. (24/02)
Foto: Alberto Pezzali/AP Photo/picture alliance
Ocidente reforça sanções contra Rússia
União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e outras nações ocidentais sobem o tom nas sanções contra a Rússia, após o presidente Vladimir Putin reconhecer formalmente as “repúblicas” separatistas no leste da Ucrânia. Os principais alvos são instituições bancárias, oligarcas e parlamentares. Países prometem intensificar punições, caso Moscou mantenha as agressões ao pais vizinho. (22/02)
Foto: Raphael Lafargue/abaca/picture alliance
Putin reconhece repúblicas separatistas no leste da Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu a independência das regiões de Donetsk e Lugansk no leste da Ucrânia, controladas por separatistas pró-Rússia. O acordo assinado por Moscou e pelos líderes das duas regiões prevê o envio de tropas russas para o leste ucranianso, no intuito de realizarem "funções de manutenção da paz”. (21/02)
Foto: Alexey Nikolsky/Kremlin/SPUTNIK/REUTERS
O retorno do axolotle
É verdade que esses animais provavelmente não parecem muito bonitos aos olhos da maioria. Mas, mesmo assim, eles têm algo muito especial. Na Cidade do México, os conservacionistas da vida selvagem celebraram a criação de axolotles selvagens, que agora podem ser soltos novamente. A poluição da água havia reduzido drasticamente a população desse anfíbio. (20/02)
Foto: Eyepix/NurPhoto/picture alliance
Jogo de cores efêmero
Já viu água por baixo? Na caverna de gelo da lagoa glacial de Jökulsárlón, na Islândia, os visitantes podem admirar os diferentes tons de azul. Uma experiência única, porque quando as temperaturas sobem, na primavera, as cavernas geralmente desabam e desaparecem, para reaparecerem somente no inverno. (19/02)
Foto: Nacho Doce/REUTERS
Acirramento da crise no Leste da Ucrânia
Separatistas pró-Moscou removem população da zona de conflito para o lado russo da fronteira, enquanto as duas partes se acusam mutuamente de agressões. Após conversas com aliados, presidente dos EUA, Joe Biden, diz que líder russo, Vladimir Putin, já tomou a decisão de invadir o país vizinho. Otan aumentou o nível de alerta para milhares de soldados no Leste Europeu. (18/02)
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu em Budapeste com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, um dos maiores expoentes da ultradireita mundial. O brasileiro disse que a Hungria é um "pequeno grande irmão" e destacou a defesa dos valores "Deus, pátria, família e liberdade", que remetem ao lema do antigo movimento fascista brasileiro Ação Integralista. (17/02)
Foto: Marton Monus/dpa/picture alliance
Temporal causa devastação em Petrópolis
Um forte temporal provocou enchentes e deslizamentos de terras em Petrópolis e deixou um grande número de mortos e desbrigados. Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, diz que cidade vive "tragédia histórica" após piores chuvas dos últimos 90 anos. "Foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária", lamentou. (16/02)
Foto: Silvia Izquierdo/picture alliance/AP
"Não queremos uma guerra na Europa", diz Putin a Scholz
O presidente russo, Vladimir Putin, reuniu-se em Moscou com o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e se disse aberto a soluções diplomáticas para a crise na Ucrânia. Ministério russo da Defesa anuncia retirada de algumas de suas tropas da fronteira ucraniana. Scholz disse que este é um "bom sinal" e que se recusa a descrever a situação como "sem saída". (15/02)
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou após reunir-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Kiev, que uma eventual adesão da Ucrânia à Otan é um tema "fora da agenda", e que isso não deveria se tornar o motivo de uma crise política entre a Rússia e o Ocidente. Declaração foi feita na véspera do encontro do líder alemão com o russo Vladimir Putin em Moscou. (14/02)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Steinmeier é reeleito presidente alemão
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos. Ele recebeu 1.045 dos 1.437 votos computados e inicia seu segundo mandato em 18 de março. Steinmeier tem 66 anos e é o quinto presidente federal a ser eleito para um segundo mandato. Em fevereiro de 2017, ele assumiu o posto, sucedendo Joachim Gauck. (13/02)
Foto: Michael Probst/AP Photo/picture alliance
"Os ucranianos resistirão"
Mais de 5 mil pessoas participaram, em Kiev, da "Marcha pela Unidade", para expressar o desejo de resistir a um eventual ataque da Rússia contra a Ucrânia. Muitas pessoas portavam bandeiras ucranianas e cartazes pedindo a saída das forças russas da Crimeia e exaltando a Ucrânia. Uma das faixas dizia "Os ucranianos resistirão".(12/02)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Ocidente promete sanções conjuntas caso Ucrânia seja atacada
Líderes da União Europeia e de oito países membros da Otan prometeram rápidas e duras sanções à Rússia caso ela ataque a Ucrânia. "Todos os esforços diplomáticos visam persuadir Moscou a diminuir a escalada. É importante evitar uma guerra na Europa", disse Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, após a reunião. (11/02)
A Berlinale, festival de cinema de Berlim, teve início, de forma presencial e com público, apesar do grande número de casos de covid-19 na Alemanha. Em meio a críticas, os organizadores garantiram que precauções foram tomadas para manter os visitantes seguros. Em 2021, a Berlinale foi realizada em duas partes: uma versão online em março e um evento com exibições para o público em junho. (10/02)
Foto: Stefanie Loos/AFP/Getty Images
Caminhoneiros bloqueiam ponte entre o Canadá e os EUA
Caminhoneiros canadenses contrários às medidas anticovid impostas pelo governo bloqueiam a Ambassador Bridge, que liga a província de Ontário, no Canadá, ao estado americano de Michigan. A ponte é considerada a ligação terrestre mais importante entre os dois países, com cerca de 8.000 caminhões atravessando essa fronteira todos os dias. (09/02)
Foto: Daniel Mears /Detroit News/AP/picture alliance
Pescaria na Faixa de Gaza
A pesca não é apenas uma tradição na Faixa de Gaza, no litoral entre Israel e Egito, mas é também importante para a economia e como fonte de alimento. O conflito no Oriente Médio, porém, afeta os pescadores. Israel tem repetidamente restringido a zona de pesca durante as crises políticas. (08/02)
Foto: Sameh Rahmi/NurPhoto/imago images
Desejos para um novo tempo
Saraswati é uma das deusas hindus mais populares. Ela é particularmente reverenciada por sua sabedoria e erudição. Não apenas na Índia, mas também na maioria do Nepal hindu. Este pai foi com seu filho ao templo de Saraswati em Kathmandu. Lá, o menino deixa uma mensagem para a deusa durante o festival Basanta Panchami. (07/02)
Foto: Prakash Mathema/AFP/Getty Images
Senegal vence a Copa Africana de Nações
Depois de um empate sem gols, Senegal venceu o Egito por 4 a 2 nos pênaltis e conquistou, de forma inédita, o título da Copa Africana de Nações. Destaque para o atacante Sadio Mané, que foi de vilão a herói durante a partida, disputada no Estádio Olembe, em Yaoundé, Camarões. No tempo normal, ele perdeu um pênalti, mas, na série, converteu a última e decisiva cobrança. (06/02)
Foto: Charly Triballeau/Getty Images/AFP
EUA ultrapassam 900 mil mortes por covid-19
Os EUA superaram a marca de 900 mil mortes associadas à covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. O número de óbitos já é maior do que a população de cidades como São Francisco, Indianápolis ou Charlotte. O número de americanos hospitalizados por covid-19 diminuiu 15% desde janeiro, mas ainda se mantêm em um patamar bastante alto, com ao menos 124 mil pessoas internadas. (05/02)
Foto: Brandon Bell/Getty Images
Começam os Jogos Olímpicos de Inverno na China
Os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 foram abertos nesta sexta-feira em Pequim, no qual cerca de 2,9 mil atletas de mais de 90 países competirão por medalhas. Diversos países impuseram um boicote diplomático ao evento para demostrar oposição a violações e abusos de direitos humanos cometidos pelo governo chinês, sem, no entanto, deixar de enviar os atletas para os Jogos. (04/02)
Foto: TOBY MELVILLE/REUTERS
A previsão anual da marmota
A marmota Phil tem errado com frequência suas previsões climáticas. Mesmo assim, milhares se reuniram nesta quarta para acompanhar ela sair de sua toca e observar se ela via a própria sombra ou não. Estava sol e havia sombra, o que, segundo a tradição americana, significa que haverá mais seis semanas de inverno. O Dia da Marmota ganhou fama mundial em 1993 com o filme homônimo. (03/02)
Foto: Jeff Swensen/Getty Images
No reino dos mortos
Da luz ofuscante do deserto, são apenas alguns passos para outro mundo: há mais de dois mil anos, o povo nômade dos Nabataeans esculpiu nessas enormes rochas para honrar seus ancestrais. Agora os turistas também podem admirar as decorações, desenhos e inscrições antigas. O sítio arqueológico faz parte do Sítio Mada'in Salih, na Arábia Saudita. (02/02)
Foto: Thomas Samson/AFP/Getty Images
China celebra Ano Novo Lunar
A China e a Ásia Oriental celebram o início do Ano Novo Lunar para 2022, o Ano do Tigre. As festividades começam com o nascer da segunda Lua Nova após o solstício de inverno no hemisfério norte e duram duas semanas, terminando, neste ano, em 15 de fevereiro, com a chegada da Lua Cheia. No período, milhões de chineses viajam para celebrar a data com as famílias. (1º/02)