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Sebastián Piñera vence eleição presidencial no Chile

18 de dezembro de 2017

Conservador derrota candidato governista no segundo turno do pleito presidencial. Bilionário, que governou o país de 2010 a 2014, promete dialogar com opositores e propor grandes acordos para "ser o presidente de todos".

Sucessor e antecessor de Michelle Bachelet: Sebastián Piñera (ao lado da esposa, Cecilia Morel) voltará ao Palácio à La Moneda
Sucessor e antecessor de Bachelet: Piñera (ao lado da esposa, Cecilia Morel) voltará ao Palácio à La Moneda Foto: Getty Images/AFP/M. Bernetti

O conservador Sebastián Piñera venceu o segundo turno das eleições presidenciais no Chile neste domingo (17/12). Ele sucede à socialista Michelle Bachelet, a quem também precedeu. Após governar o país de 2010 a 2014, o político de centro-direita assumirá a presidência chilena pela segunda vez em março de 2018.

Segundo os resultados divulgados pela autoridade eleitoral chilena, Piñera conquistou 54,57% dos votos, contra os 45,43% alcançados pelo senador de centro-esquerda Alejandro Guillier. O segundo turno do pleito presidencial contou com apenas 49% de presença da população nas urnas – pouco mais de 7 milhões de eleitores.

No primeiro turno, que teve participação de 47% dos eleitores chilenos, o bilionário Piñera, de 68 anos, foi o candidato mais votado (36,6%), mas a diferença para o jornalista e sociólogo Guillier (22,7%), ficou em 14 pontos percentuais.

Chile elege conservador Sebastian Piñera pela segunda vez

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No domingo, o senador Guillier, de 64 anos, admitiu a derrota e reconheceu Piñera como vencedor do pleito. "Quero parabenizar meu oponente, Sebastián Piñera, o novo presidente da República, com quem já conversei ao telefone para parabenizar pelo seu impecável e grande triunfo", disse o candidato governista a seus correligionários.

"Mais uma vez o povo chileno foi às urnas e resolveu pelo voto popular o nosso destino. Foi um dia impecável que confirma que o Chile goza de uma democracia sólida, de um sistema eleitoral reconhecido no mundo inteiro", destacou o candidato, que encabeçou uma coalizão de partidos alternativos e movimentos sociais chamada Frente Ampla.

Por sua vez, a atual presidente também efetuou uma ligação telefônica – perante as câmeras de televisão – para parabenizar Piñera. "Quero desejar-lhe que tenha um bom mandato, porque nós dois queremos o melhor para o nosso país e o melhor para todos", disse Bachelet.

A candidatura independente de Guillier foi apoiada pela governista Nova Maioria, uma aliança de centro-esquerda composta desde democrata-cristãos até comunistas, incluindo o Partido Socialista, da atual presidente Michelle Bachelet.

O rico empresário Piñera, por sua vez, foi candidato pelo Chile Vamos, um bloco que integra, entre outros, o partido Renovação Nacional (RN) e a União Democrata Independente (UDI), a formação que colaborou mais estreitamente com a ditadura de Augusto Pinochet.

Senador de centro-esquerda, Alejandro Guillier, recenheceu derrota e garantiu que exercerá uma "oposição construtiva"Foto: Getty Images/AFP/M. Bernetti

"Presidente de todos"

Na noite de domingo, Piñera e Guillier apareceram juntos na sede de campanha de Piñera, onde prometeram trabalhar por um país melhor. "O Chile necessita de acordos mais do que de confrontos", disse Piñera, ao anunciar a sua intenção de "conversar com tranquilidade" mais à frente com quem foi o seu rival nesta luta eleitoral.

"Houve um vencedor claro e categórico e, por isso, venho manifestar a minha saudação", disse Guillier, garantindo que do lugar de senador vai exercer uma "oposição construtiva" e manterá uma "colaboração eficaz para que seja um bom governo".

O conservador Piñera anunciou em discurso para milhares de correligionários que proporá grandes acordos para ser "o presidente de todos". "Recebemos esta vitória magnífica com humildade, mas também com esperança", disse aos seus simpatizantes, que gritavam "o Chile se salvou!"

"Viva a diferença, viva o pluralismo de ideias! Mas essas diferenças nunca devem nos converter em inimigos, porque cada vez que os chilenos se enfrentam e se transformam em inimigos, consumam suas maiores derrotas", advertiu Piñera, anunciando seu compromisso com o diálogo e com os acordos.

PV/efe/lusa/dpa

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