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Arte

Sebastião Salgado doa fotografias para universidade de Paris

29 de maio de 2017

Imagens registradas em 1986 e 2016 pelo fotógrafo brasileiro ficarão expostas no prédio principal da Sciences Po.

Sebastião Salgado (esq.) e Frédéric Mion, presidente do instituto, durante a apresentação das fotografias
Sebastião Salgado (esq.) e Frédéric Mion, presidente do instituro, durante a apresentação das fotografiasFoto: Sciences Po/M. Braun

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado doou duas fotografias ao Instituto de Estudos Políticos de Paris, conhecido como Sciences Po. As duas imagens em grande escala foram descerradas em uma cerimônia nesta segunda-feira (29/05). Elas ficarão expostas no prédio principal da instituição, que existe desde 1872.

Uma das imagens foi registrada em 1986, e mostra garimpeiros na Serra Pelada, no Pará - um tema bastante explorado pelo fotógrafo e que rendeu alguns dos seus registros mais marcantes. A outra imagem foi registrada em 2016, e mostra uma formação de nuvens e chuva que recorda um "cogumelo atômico".

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Salgado, de 73 anos, nasceu em Aimorés, Minas Gerais, e chegou a Paris em 1969, pouco depois após a decretação do AI-5 pela ditadura militar no Brasil. Ele acabou estabelecendo residência no país europeu e estudou na Escola Nacional de Estatística e Administração Econômica. Enquanto realizava viagens de trabalho para a África acabou descobrindo sua vocação para a fotografia. Em 1973, se tornou fotojornalista.

No final dos anos 1970, depois de passar pelas pelas agências de fotografia Sygma e Gamma, passou a trabalhar para a Magnum. Foi logo encarregado de registrar os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan. Na ocasião, documentou o atentado a tiros cometido contra o então presidente americano em março de 1981. A venda das imagens acabou financiando seu primeiro projeto pessoal como autor.

Em julho de 2016, recebeu ao lado da atriz Marion Cotillard a Legião de Honra do governo francês.

 

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