Laurenz Meyer, secretário-geral da União Democrata Cristã (CDU), renunciou ao cargo em conseqüência do escândalo sobre o recebimento de pagamentos indevidos do seu ex-empregador, o conglomerado do setor de eletricidade RWE. Desde a divulgação do caso, tornaram-se cada vez mais fortes as pressões, tanto de adversários políticos como de correligionários, para que Meyer deixasse o cargo.

A saída de Laurenz Meyer sob acusação de corrupção constitui um duro golpe para o prestígio da presidenta do partido oposicionista, Angela Merkel, que pretende candidatar-se ao cargo de chanceler federal nas próximas eleições, em 2006. Meyer era um dos principais esteios de Merkel dentro do partido.

A CDU-CSU perdeu, nos últimos tempos, o engajamento de políticos importantes como Friedrich Merz (especialista em política financeira) e Horst Seehofer (ex-ministro da Saúde e especialista em medicina social). Isto reduziu consideravelmente as chances de uma eventual vitória de Angela Merkel no pleito de 2006.