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Seleções masculina e feminina dos EUA terão mesmo salário

19 de maio de 2022

Decisão histórica foi anunciada pela Federação de Futebol dos Estados Unidos. Homens e mulheres também dividirão de forma igualitária prêmios e bonificações desiguais oferecidos pela Fifa.

Jogadoras celebram o título
Seleção feminina dos EUA foi campeã da Copa do Mundo de 2019Foto: VI Images/imago images

Em um acordo histórico, a Federação de Futebol dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (18/05) que homens e mulheres que atuam pelas seleções masculina e feminina do país receberão a mesma remuneração em partidas e competições internacionais e dividirão os prêmios e bonificações, inclusive por participações em Copas do Mundo.

Desta forma, as equipes irão juntar os pagamentos desiguais de prêmios em dinheiro oferecidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) por suas participações em Copas do Mundo. Assim, a partir do torneio masculino de 2022 no Catar e da Copa do Mundo Feminina de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, o dinheiro será dividido igualmente entre os membros de ambas as equipes.

"Nenhum outro país jamais fez isso", disse Cindy Parlow Cone, presidente da Federação de Futebol dos Estados Unidos, sobre o acordo para equalizar os pagamentos. "Acho que todos deveriam estar muito orgulhosos do que conquistamos".

"O próximo passo é que outras federações ao redor do mundo vejam o que fizemos e comecem a fazer o mesmo", disse Parlow Cone a repórteres. "E também incentivamos as confederações e a Fifa a igualar todos os prêmios em dinheiro", completou

Campanha por igualdade

O acordo histórico é a consolidação de anos de luta da jogadoras, que há cerca de seis anos começaram uma campanha por equalização de salários, após vencerem a Copa do Mundo. As jogadoras argumentaram que receberam menos do que seus colegas homens por décadas, mesmo quando conquistaram campeonatos mundiais e medalhas de ouro olímpicas.

A questão acabou se transformando em um processo judicial, no qual as mulheres acusaram a Federação americana de "discriminação de gênero institucionalizada". Embora tenham perdido no tribunal federal em 2020, elas tiveram êxito na mesa de negociações, ao contarem com o apoio da equipe masculina.

Entre 2010 e 2019, a seleção feminina dos EUA foi campeã na Copa do Mundo de 2015 e de 2019 e vice-campeã no Mundial de 2011. Os homens, por sua vez, foram eliminados nas oitavas de final nas Copas de 2010 e de 2014 e nem chegaram a participar do campeonato em 2018.

le (Reuters, ots)

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