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Sem Lula, Bolsonaro e Marina aparecem tecnicamente empatados

28 de junho de 2018

Pesquisa CNI-Ibope põe candidato do PSL liderando as intenções de voto, com 17%, enquanto ex-ministra tem 13%. Se puder concorrer, Lula dispara na frente, com 33% do apoio do eleitorado. Popularidade de Temer cai.

Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede)
Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede): líderes na disputa presidencial sem Lula como candidato

Num cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e a ex-ministra Marina Silva (Rede) lideram, num empate técnico, as intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial, aponta pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quinta-feira (28/06).

Segundo a sondagem, que nesse cenário colocou Fernando Haddad (PT) no lugar de Lula, Bolsonaro teria 17% dos votos, contra 13% de Marina – a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, o que significa que os dois estão tecnicamente empatados.

Em seguida aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8% das intenções de voto, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 6%. Já Álvaro Dias (Podemos) receberia 3% dos votos, e Fernando Collor (PTC) e Haddad, 2% cada um. Os demais pré-candidatos, como Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D'Ávila (PCdoB), teriam 1% cada.

Já no cenário com a participação de Lula, a pesquisa mostra o petista liderando a corrida presidencial, com 33%. Em abril, poucos dias após sua prisão, uma sondagem do Instituto Datafolha dava 31% das intenções de voto ao ex-presidente.

Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 15%, e Marina, em terceiro, com 7%. Ciro chega a 4%, empatado com Alckmin. Apenas 2% dos eleitores disseram que votariam em Álvaro Dias, e outros demais candidatos teriam também 1% cada, como no cenário sem Lula.

Com essa constelação de candidatos, os votos brancos e nulos somariam 22%, aponta o Ibope. Por outro lado, se o ex-presidente petista não puder concorrer, eles chegariam a 33%.

Segundo o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o resultado mostra que "os eleitores estão desapontados com os candidatos, especialmente por causa das denúncias de corrupção".

Apesar de Lula teoricamente não poder participar da disputa eleitoral deste ano – já que a Lei da Ficha Limpa impede políticos condenados de concorrerem –, o PT insiste que registrará a candidatura do ex-presidente. A decisão final caberá, então, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A sondagem, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi feita entre 21 e 24 de junho com 2 mil eleitores em 128 cidades brasileiras. É a primeira pesquisa de intenção de voto realizada pelo grupo para as eleições deste ano. Em setembro, um novo levantamento deve incluir cenários para o segundo turno.

Popularidade de Temer em queda

A mesma pesquisa também apontou que a confiança no governo Michel Temer recuou de março para junho, passando de 8% para 6%. Além disso, cresceu o número de pessoas, de 67% para 74%, que acreditam que o restante do governo emedebista será ruim ou péssimo.

Da mesma forma, a insatisfação da população com Temer também aumentou. A porcentagem de pessoas que consideram o governo ruim ou péssimo passou de 72% para 79%. Segundo a CNI, a maior insatisfação foi registrada no Nordeste e entre jovens com idades de 16 a 24 anos.

Mais de 75% dos entrevistados desaprovam ainda as políticas e ações do governo em todas as nove áreas abordadas. Entre os campos melhores avaliados, em primeiro lugar aparece o meio ambiente, com 17% de aprovação, seguido da educação, com 15%, e da segurança pública, com 14%.

EK/abr/lusa/ots

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