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Sem posição oficial, ONU quer visitar local de ataque na Síria

Renate Krieger22 de agosto de 2013

Comunidade internacional pede investigação de ataque do governo sírio com suposto uso de armas químicas, mas Conselho de Segurança da ONU não emite comunicado oficial por oposição de Rússia e China.

*** Bitte Richtlinien im DW-Journalistenhandbuch konsultieren **** ATTENTION EDITORS - VISUALS COVERAGE OF SCENES OF DEATH AND INJURY Syrian activists inspect the bodies of people they say were killed by nerve gas in the Ghouta region, in the Duma neighbourhood of Damascus August 21, 2013. Syrian activists said at least 213 people, including women and children, were killed on Wednesday in a nerve gas attack by President Bashar al-Assad's forces on rebel-held districts of the Ghouta region east of Damascus. REUTERS/Bassam Khabieh (SYRIA - Tags: CONFLICT POLITICS CIVIL UNREST) TEMPLATE OUT
Syrien Rebellen berichten von Giftgasangriff im Region GhoutaFoto: Reuters

A comunidade internacional e organizações de defesa dos direitos humanos exigem que especialistas das Nações Unidas presentes na Síria verifiquem as acusações da oposição daquele país sobre o recurso a armas químicas pelo governo do presidente Bachar Al-Assad.

Países-membros da ONU buscam "clareza" sobre estas acusações, divulgadas na quarta-feira (21/08) após um bombardeio de forças governamentais a bastiões rebeldes nos arredores de Damasco. O principal grupo da oposição síria afirma que 1.300 pessoas morreram no ataque com armas químicas.

"A situação precisa ser acompanhada com cuidado", afirmou a argentina Maria Cristina Perceval, que preside o Conselho de Segurança neste mês de agosto.

Em uma reunião convocada nesta quarta-feira por EUA, França, Reino Unido, Luxemburgo e Coreia do Sul, cinco dos 15 países-membros do Conselho, foi discutida a necessidade de exigir que os especialistas da ONU que já se encontram na Síria desde domingo (18/08) obtenham acesso aos locais onde os ataques com armas químicas teriam ocorrido.

Porém, o Conselho de Segurança não emitiu um comunicado oficial no final da reunião, por causa da oposição da Rússia e da China. Os dois países são tidos como aliados do governo de Assad. A Rússia caracterizou as alegações da oposição síria de "provocação".

O escritório secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, divulgou nota dizendo que Ban está "chocado" pelos relatos e que há negociações em curso com Damasco para verificar as acusações.

Liderada pelo sueco Åke Sellström, a equipe de inspetores da ONU está no país para investigar se houve uso de armas químicas dos dois lados do conflito sírio. Os inspetores da ONU podem ir a três locais: Khan al-Assal, na província de Aleppo, Homs e Ataybeh, esta última perto da capital, Damasco.

Nesta quinta-feira, forças aéreas e militares sírias atacaram várias zonas controladas pelos rebeldes próximo a Damasco, especialmente onde a oposição indicou que o governo tinha utilizado armas químics no dia anterior. A informação é do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Vídeos distribuídos pela oposição, cuja autenticidade não pôde ser verificada, mostram hospitais lotados e médicos atendendo a crianças e adultos com sintomas como sufocamento, espasmos musculares e boca espumosa, "consistentes com envenenamento do sistema nervoso", segundo a ONG Human Rights Watch.

DM/afp/efe/epd

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