1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Separatistas catalães voltam a desafiar Madri

22 de janeiro de 2018

Presidente do Parlamento regional sugere para chefiar governo o nome de Puigdemont, em decisão que tem potencial para reavivar crise catalã.

Puigdemont desembarca no aeroporto de Copenhague
Puigdemont desembarca no aeroporto de CopenhagueFoto: picture-alliance/Ritzau Scanpix

Os separatistas catalães voltaram a desafiar Madri nesta segunda-feira (22/01), ao sugerirem para chefiar o governo regional o nome de Carles Puigdemont, procurado sob acusação dos crimes de rebelião e insurreição.

Puigdemont desembarcou nesta segunda-feira na Dinamarca, onde os crimes dos quais é acusado são passíveis, segundo os promotores espanhóis, de pena de prisão perpétua. Ele está no país para um debate na Universidade de Copenhague.

O Ministério Público espanhol pediu ao Supremo Tribunal de Justiça que seja emitido um mandado de prisão europeu para Puigdemont, mas a corte recusou.

Ele estava havia três meses na Bélgica, junto com quatro ex-membros do antigo governo independentista. É a primeira vez que Puigdemont sai da Bélgica em todo este tempo.

Em um primeiro momento, a Justiça espanhola ditou diferentes ordens europeias contra todos eles, mas decidiu retirá-las em 5 de dezembro do ano passado, com a advertência de que os separatistas seriam detidos assim que retornassem à Espanha.

Os crimes de rebelião e insurreição não estão previstos no ordenamento jurídico da Bélgica, o que impedia que Puigdemont fosse entregue pelas autoridades belgas para seu indiciamento na Espanha por estes motivos.

A promotoria já havia avisado no domingo que solicitaria "imediatamente" a ativação do mandado europeu se o ex-presidente do governo catalão viajasse para a Dinamarca. 

O governo de Puigdemont foi destituído pelo governo central em Madri após ele comandar um movimento para que a região autônoma se separasse do resto da Espanha. Mas ele  reconquistou sua vaga no Parlamento catalão na eleição em 21 de dezembro, convocada pelo próprio primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, na esperança de que partidos pró-unidade vencessem e resolvessem a pior crise política da Espanha em décadas.

A tentativa fracassou, no entanto, já que partidos a favor da separação ganharam novamente uma maioria no Parlamento, ainda que apertada. Nesta segunda-feira, prolongando o impasse, o presidente do legislativo regional, Roger Torrent, propôs Puigdemont como presidente do governo da Catalunha.

Torrent defendeu a candidatura de Puigdemont como "absolutamente legítima" e disse que o líder separatista poderia, sim, governar do exterior. A votação no Parlamento acontece até o fim do mês.

RPR/ots/efe/afp

Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque