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Setor de criptomoedas perdeu quase US$ 4 bilhões em 2022

7 de janeiro de 2023

Fraudes e ação de hackers causaram prejuízos bilionários ao ecossistema de Bitcoin e similares. Apenas no quarto semestre, perdas chegaram a US$ 1,6 bilhão. BNB Chain foi a mais visada, sofrendo 65 ciberataques.

Bitcoin
Foto: YAY Images/IMAGO

O setor de criptomoedas e DeFi (finanças descentralizadas) perdeu em 2022 quase 4 bilhões de dólares (cerca de RS$ 21 bilhões) em ataques de hackers e fraudes, segundo um relatório da plataforma Immunefi.

A companhia de de bug bounty ajuda a identificar e resolver vulnerabilidades e fornece serviços de segurança para a Web3, protegendo mais de 60 bilhões de dólares de seus usuários. Em seu Crypto Losses in 2022 Report, divulgado nesta sexta-feira (06/01), ela informa que, no total, "o ecossistema cripto e DeFi testemunhou uma perda impressionante" de 3.948.856.037 de dólares.

Só no quarto trimestre de 2022, o setor teve um prejuízo de 1,6 bilhão de dólares, tendo sido "marcado particularmente pelos ataques à FTX, no valor de 650 milhões de dólares, e à BNB Chain, com 570 milhões de dólares", de acordo com a Immunefi.

A BNB Chain sofreu 65 ciberataques a, ultrapassando assim, como criptomoeda mais visada, a Ethereum, que registrou 49 incidentes. O terceiro lugar coube à Solana, "que não estava entre as dez primeiras blockchains alvo de ataques" em 2021.

As bases de dados digitais blockchain são a tecnologia subjacente à Bitcoin e outras criptomoedas, funcionando como seu registro descentralizado de transações, porém têm potencial para sustentar uma grande variedade de negócios.

FTX, história de um ocaso

O fundador da plataforma de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso em dezembro nas Bahamas, sob acusação do procurador federal do Southern District de Nova York, Damian Williams.

A FTX abriu falência em 11 de novembro de 2022, e no mesmo mês a nova direção da empresa compareceu pela primeira vez no tribunal de falências do estado americano de Delaware para iniciar o processo de reestruturação.

Os advogados da nova diretoria e o atual chefe, John Ray, afirmaram que "uma quantia substancial" dos ativos da empresa pode ter sido roubada ou estar desaparecida.

Além disso, a empresa teria "ausência total de controles corporativos" e "falta de informação financeira fiável". A FTX, que já chegou a ser avaliada em 32 bilhões de dólares, pode ter mais de 1 milhão de credores em todo o mundo.

av (Lusa,ots)

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