Um ano após massacre que matou 89 na casa de espetáculos, cantor britânico toca para 1.500 pessoas, entre sobreviventes e parentes de vítimas. "Celebramos a vida, a música, neste lugar histórico", diz artista.
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Sting reabre Bataclan em Paris
03:51
A casa de shows Bataclan, principal cenário dos atentados de Paris de 13 de novembro de 2015, reabriu suas portas neste sábado (12/11), com um concerto de Sting, em meio a estritas medidas de segurança.
Cerca de 1.500 pessoas estavam presentes no Bataclan quando começou o show, precedido de um minuto de silêncio. Estiveram no show centenas de sobreviventes ou parentes e amigos das vítimas. No 13 de Novembro, 89 pessoas foram mortas na casa de espetáculos.
"Esta noite temos duas tarefas a conciliar: primeiro, recordar os que perderam a vida no ataque, e, depois, celebrar a vida, a música, neste lugar histórico", disse o cantor britânico em francês, antes de fazer um minuto de silêncio.
O antigo líder do The Police foi o primeiro artista a entrar neste palco desde o ataque realizado em 13 de novembro, em pleno show do grupo de rock americano Eagles of Death Metal.
"É a primeira vez que vou a um local público em um ano. Nunca mais fui ao cinema ou a um concerto, recebia as compras em casa, onde fiquei o tempo todo", confessou um dos sobreviventes. "Esta noite retomo a minha vida como era antes", acrescentou.
Antes de entrar no local, os espectadores tiveram que passar por até quatro controles de segurança.
No exterior do edifício, dezenas de policiais armados com metralhadoras estabeleceram um perímetro que impedia a aproximação, e os carros não podiam circular em um quarteirão ao redor.
Além das dezenas de jornalistas, poucos curiosos se aproximaram desse perímetro de cercas, desanimados também por uma chuva fria que acrescentou um toque de melancolia ao ambiente, ao que contribuía igualmente um pequeno altar com ramos de flores e velas junto aos canteiros do Canal Saint-Martin, que passa por ali.
Em representação do governo francês esteve a ministra de Cultura, Audrey Azoulay, que disse à imprensa que nesta noite o Bataclan seria "a maior sala de espetáculos da França e talvez do mundo".
Antes do show, as forças da ordem realizaram uma varredura minuciosa em seu interior, o que incluiu a passagem dos agentes também nos subterrâneos. Além disso, foram instaladas 14 câmeras de vigilância tanto dentro como fora do local.
Sting, que já tinha se apresentado uma vez no Bataclan, em 1979, não recebeu dinheiro pelo show, já que decidiu que seus honorários serão destinados a duas organizações de ajuda às vítimas. Ainda há 20 feridos nos atentados que seguem hospitalizados, além das centenas de pessoas que precisam de assistência médica ou psicológica.
RPR/efe/rtr/ots
Dez locais imperdíveis na França
A França recebe cerca de 90 milhões de visitantes por ano. E o principal destino turístico europeu tem muito mais a oferecer do que Paris. Confira dez localidades que vale a pena conhecer.
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Provença
Campos perfumados de lavanda, vilarejos medievais na montanha, calor intenso e aquela luz que seduziu tantos artistas. No verão a Provença é uma festa para os sentidos. Pintores famosos como Pablo Picasso, Marc Chagall e Vicent van Gogh ficaram tão arrebatados pela paisagem que foram viver lá. Com cerca de 30 milhões de vivitantes a cada ano, o sul é o local de férias mais popular da França.
A sede de sol leva turistas de todos os cantos ao Mar Mediterrâneo. A Côte d'Azur, também conhecida como Riviera Francesa, é sinônimo de luxo e glamour, famosa por suas praias de areia branca, flores exóticas e elegantes palácios. Se, no século 19, só a privilegiada aristocracia europeia podia passar férias por lá, hoje a região entre Marselha e Menton tem opções para todo gosto e orçamento.
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Alpes
Localizado na fronteira sudeste do país, o Maciço do Mont Blanc atrai montanhistas de todo o mundo. O próprio Mont Blanc, com 4.810 Metros é o ponto culminante dos Alpes. A primeira escalada ao seu topo, registrada em 1786, marca o início do alpinismo moderno. Hoje, mais de 100 rotas levam ao "Teto da França".
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Pireneus
No sudoeste da França, a cadeia montanhosa dos Pireneus forma fronteira com a Espanha. Bicicletas de corrida gigantes no alto do Col d'Aubisque, a 1.709 Metros, lembram que desde 1951 o caminho íngreme é parte da competição de ciclismo Tour de France. Caminhando, pode-se cruzar a cordilheira desde o Mediterrâneo até o Atlântico, pela trilha GR10.
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Rio mais longo da França, o Loire se estende por mais de mil quilômetros, do Maciço Central até o Oceano Atlântico. Em nenhum outro lugar do país se veem tantos castelos em área tão pequena: um total de 400, espalhados entre as duas margens. Entre os mais famosos está o castelo de Chambord (foto). O Vale do Loire foi declarado pela Unesco Patrimônio da Humanidade em 2000.
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Bretanha
Férias no Atlântico dependem muito da meteorologia. O litoral da Bretanha, no extremo oeste da França, é constantemente varrido por ventos e preserva uma beleza rústica e selvagem. Mas o clima instável é parte do fascínio dessa paisagem. Depois da Riviera Francesa, é a segunda região mais visitada da França.
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Normandia
O vai-e-vem das marés na Normandia é o mais intenso da Europa, com o nível das águas variando até 14 metros entre a maré baixa e a alta. A ilha de Saint Michel só fica cercada de água por todos os lados algumas vezes por ano. O monte homônimo, encimado por um mosteiro beneditino, é um dos pontos turísticos mais visitados da França. Em 1979 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
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A Côte d'Argent (Costa de Prata) é o litoral a oeste da cidade de Bordeaux. Cem quilômetros de areia fina e branca banhada pelo Oceano Atlântico ganham um brilho argênteo à luz do sol e prometem férias de sonho. Lá fica a "Grande Duna de Pilat", a mais alta da Europa. Sua altura varia de 100 a 117 metros, com largura de 500 metros e três quilômetros de extensão.
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Vinhedos entre Bordeaux e Alsácia
A França é a felicidade dos enófilos. A qualidade do vinho francês constitui uma referência difícil de superar. O país tem 14 regiões de vinicultura, cada uma com características próprias, a serem descobertas em passeios de desgustação de castelo a castelo. Grande parte dos maiores vinhos europeus vêm da região de Bordeaux.
A escolha não é fácil, num país que ostenta mais de 600 restaurantes com estrelas no Guia Michelin. A rica cozinha regional da Alsácia, por exemplo, atrai bons garfos de todo o mundo. Com pratos tradicionalmente saborosos e porções generosas, lá uma bela refeição nem custa necessariamente os olhos da cara. E assim, desde o gourmet mais exigente até o viajante faminto, todos saem satisfeitos.