Shutdown nos EUA: o que acontece e quem é afetado?
Timothy Rooks
1 de outubro de 2025
Sem acordo no Congresso em torno do orçamento, governo americano paralisou suas atividades, com impactos em serviços não essenciais e no emprego de mais de 700 mil funcionários públicos.
Paralisações do governo dos EUA são perturbadoras e imprevisíveis para os funcionários federais e aqueles que dependem deles
Foto: Rahmat Gul/AP Photo/picture alliance
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O governo dos Estados Unidos paralisou suas operações após a meia-noite desta quarta-feira (01/10), em meio a um tenso impasse orçamentário entre o presidente Donald Trump e os democratas no Congresso. Como não foi aprovada uma medida de financiamento para manter as atividades, serviços federais serão interrompidos, afetando a vida de milhões de pessoas e o emprego de centenas de milhares de funcionários públicos federais.
Os dois partidos tinham até às 23h59 (hora local) de 30 de setembro, quando o ano fiscal terminou, para aprovar os fundos que permitiriam às agências do governo continuar operando plenamente. Os republicanos só conseguiram obter dois dos sete votos democratas de que precisavam no Senado para aprovar um pacote de financiamento provisório que teria mantido o governo totalmente operacional por mais sete semanas. Dessa maneira, ambos os partidos teriam mais prazo para negociar o orçamento completo para o próximo ano fiscal.
Por sua vez, os democratas também não conseguiram os 13 apoios necessários para sua proposta orçamentária, que destina mais verbas para a saúde e que, assim como o projeto de lei republicano apresentado por Trump, foi rejeitada no Senado.
A última e maior paralisação federal aconteceu entre 2018 e 2019, durante o primeiro mandato de Trump, quando setores do governo ficaram fechados por 35 dias. Na época, o impasse entre democratas e governo foi em torno da exigência do presidente de financiar um muro na fronteira com o México.
Desta vez, a oposição exige que Trump prorrogue subsídios de saúde que vão expirar no fim do ano e restaure os cortes recentes feitos no Medicaid, o programa americano de assistência à saúde.
O que deve acontecer?
Esta é a 15ª paralisação do governo desde 1981. Não está claro quanto tempo ela deve durar e a abrangência de seus impactos. Funcionários são orientados a não comparecer ao trabalho, exceto aqueles que prestam serviços essenciais, como controle de tráfego aéreo e aplicação da lei.
A gestão Trump aumentou a pressão desta vez: orientou as agências a considerarem a demissão de funcionários, em vez da prática usual de reter seus salários até que os legisladores cheguem a um acordo. Estima-se que 750 mil servidores federais podem sofrer com os impactos do impasse – aqueles considerados essenciais devem continuar trabalhando.
A necessidade de evitar uma paralisação "atingiu um novo nível de urgência", informou a Federação Americana de Funcionários Públicos (AFGE), instando os legisladores a se reunirem e chegarem a um acordo, evitando usar os servidores como "moeda de troca".
O apagão também deve interromper a divulgação de dados econômicos que balizam decisões políticas e avaliações sobre as perspectivas econômicas. O relatório sobre emprego, um dos indicadores econômicos mais aguardados, seria divulgado nesta sexta (05/10), o que não deve acontecer.
Viajantes nos EUA podem enfrentar filas mais longas nos pontos de controle dos aeroportos durante paralisação do governoFoto: AP
O que é um shutdown?
O governo paralisa suas operações quando não há um acordo sobre o orçamento do ano, de forma parcial ou total. A situação envolve as despesas discricionárias – gastos não obrigatórios que o governo precisa aprovar anualmente, como investimentos em infraestrutura e cultura.
Sem orçamento aprovado, o governo federal deixa de pagar os funcionários federais e contratados que trabalham para o governo. Cada paralisação é diferente e afeta setores do governo de forma específica.
Nos casos de paralisação parcial, apenas uma parte do orçamento é autorizada, mantendo a liberação de recursos para agências federais, que continuaram seus trabalhos normalmente. Em paralisações amplas, como a atual, nenhum orçamento é aprovado. Nessas situações, todas as agências e programas não essenciais do governo dos EUA fecham, pois dependem do financiamento anual do governo.
Algumas agências federais têm planos de contingência claros e estabelecem prioridades bem definidas; outras não. Algumas também têm reservas de dinheiro que podem ajudá-las a superar um curto período de apagão.
Em todo caso, serviços essenciais e programas de gastos obrigatórios não param. Isso significa que o Serviço Secreto, os militares na ativa e a maioria dos agentes de proteção de fronteiras, agentes federais e controladores de tráfego aéreo continuam trabalhando.
Enquanto os gastos discricionários são discutidos a cada ano, os gastos obrigatórios são aprovados por períodos mais longos ou são permanentes. Portanto, pagamentos como os da Previdência Social, Medicare e Medicaid continuarão a ser feitos, assim como os benefícios de saúde dos veteranos militares. A entrega de correspondência e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não são afetados porque são financiados de maneira diferente.
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Quem é afetado?
Os funcionários federais são os primeiros a sentir o impacto de uma paralisação do governo. Os últimos apagões, em 2013 e 2018, implicaram na dispensa temporária de cerca de 850 mil dos 2,1 milhões de funcionários federais não vinculados ao serviço postal, de acordo com o Comitê para um Orçamento Federal Responsável, um grupo apartidário com sede em Washington, dedicado à análise da política fiscal.
Os servidores afastados não podem trabalhar e não recebem seus salários durante esse período. Mas eles têm garantia de pagamento retroativo quando o governo voltar a funcionar. Os funcionários que trabalham em serviços essenciais devem continuar trabalhando, mas também não são pagos durante uma paralisação. Funcionários federais que foram confirmados pelo Senado não podem ser afastados. Já o presidente e os membros do Congresso continuam trabalhando e recebendo seus salários.
A Agência de Proteção Ambiental, a Administração de Alimentos e Medicamentos, a Comissão Federal de Comércio e a Comissão de Valores Mobiliários estão entre os departamentos mais propensos a fechar as portas durante uma paralisação do governo.
Em paralisações anteriores, alguns órgãos, como o Departamento de Defesa, o Departamento de Estado ou a Receita Federal, pediram aos funcionários afastados que continuassem trabalhando para manter as atividades funcionando normalmente — novamente sem receber salário até que um projeto de lei de gastos fosse finalmente aprovado.
Outros impactos
Dependendo do tempo que permanecerem fechados, o trabalho em parques e museus se acumula, e milhões de dólares deixam de ser ganhos com a venda de bilhetes. As inspeções de saúde e segurança de rotina serão colocadas em segundo plano.
Bilheteria de museus e outras instituições culturais são prejudicadas com shutdown, como o Museu Nacional de História e Cultura Africana, em WashingtonFoto: Photoshot/picture alliance
Relatórios governamentais importantes sobre economia, como o Índice de Preços ao Consumidor ou os números mensais de emprego, não serão publicados a tempo.
Outras agências ou programas, como a Nasa ou a Biblioteca do Congresso, também são considerados não essenciais e interrompem suas operações, parcial ou totalmente, durante uma paralisação do governo.
Parques nacionais, monumentos nacionais e museus, como o Smithsonian, também podem fechar, mas o governo Trump pode forçá-los a permanecer abertos com uma equipe reduzida. Mas quanto mais tempo durar a paralisação, mais provável que eles também fechem.
Para os funcionários federais, uma paralisação do governo pode significar dificuldades financeiras temporárias e ressentimento.
Para aumentar a incerteza geral, o governo deu a entender que poderia usar essa paralisação como desculpa para mais demissões em massa. O Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca enviou uma carta às agências federais sugerindo que elas poderiam "aproveitar essa oportunidade para considerar a redução da força de trabalho".
Quanto tempo dura?
O Comitê para um Orçamento Federal Responsável contabiliza quatro paralisações que afetaram as operações do governo por mais de um dia útil.
"Uma paralisação de alguns dias é um incômodo – e mina a confiança do público na capacidade dos políticos dos EUA de cuidar dos assuntos do povo –, mas é improvável que tenha um impacto significativo na economia", escreveu David Wessel, da instituição sem fins lucrativos Brookings Institution, no ano passado. "Uma paralisação prolongada, no entanto, pode causar problemas maiores, embora a maioria seja temporária."
O Escritório de Orçamento do Congresso concorda que a maioria dos impactos econômicos das paralisações governamentais são temporários. Mas calculou que a paralisação de 2018-2019 levou a uma redução de 3 bilhões de dólares (R$ 16 bilhões) no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O shutdown, se prolongado, também tem o potencial de desacelerar o tráfego aéreo e suspender pesquisas científicas. Paralisações têm ainda um efeito econômico e financeiro, ao interromper os investimentos de longo prazo necessários, com impactos na produção do país.
O mês de setembro em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Sergio Lima/AFP
Ex-assessor de deputado da AfD é condenado por espionagem
Um ex-assessor do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), foi condenado a 4 anos e 9 meses de prisão sob a acusação de ter espionado para a China. Um tribunal de Dresden considerou provado que Jian G. trabalhou para um serviço secreto chinês. (30/09)
Foto: Sebastian Kahnert/dpa/picture alliance
Lufthansa anuncia corte de 4 mil cargos administrativos
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou um corte de 4 mil cargos administrativos até 2030, à medida que avança em um processo de automação, digitalização e consolidação do trabalho com a ajuda da inteligência artificial (IA). O sindicato dos trabalhadores do setor de serviços Verdi criticou os cortes. (29/09)
Foto: Michael Bihlmayer/CHROMORANGE/picture alliance
Ponte mais alta do mundo é inaugurada na China
Estrutura que corta o Cânion Huajiang, na província de Guizhou, tem 625 metros de altura em seu ponto mais alto do chão até a pista, e 1.420 metros de extensão. Ponte levou três anos para ser construída, e vai encurtar o tempo de viagem de cerca de duas horas para poucos minutos. (28/09)
Foto: STR/AFP/Getty Images
Protesto em Berlim contra guerra em Gaza bate recorde de público
Manifestação reuniu 100 mil, segundo a organização, e 60 mil, nas estimativas da polícia. Ato foi respaldado por cerca de 50 organizações, entre elas a Anistia Internacional e o partido A Esquerda, e pediu o fim da exportação de armas alemãs a Israel, o acesso desimpedido de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e a aplicação de sanções da União Europeia contra Israel. (27/09)
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance
Em discurso na ONU boicotado por diplomatas, Netanyahu descarta criação de Estado palestino
Recebido sob vaias e com a saída de várias delegações, que esvaziaram o plenário, premiê israelense chamou solução de dois Estados de "suicídio nacional", pois sinalizaria que "assassinar judeus vale a pena". Também negou as acusações de genocídio e denúncias de fome em Gaza, e disse que Israel protege o Ocidente dos "bárbaros" no Oriente Médio. (26/09)
Foto: Michael M. Santiago/Getty Images
Sarkozy condenado a cinco anos de prisão na França
Um tribunal de Paris condenou o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy a cinco anos de prisão por associação criminosa. Ele foi acusado de aceitar contribuições para a campanha eleitoral da qual saiu vitorioso, em 2007, do antigo ditador líbio Muammar Kadafi, por intermédio de um empresário franco-libanês. (25/09)
Foto: Vincent Isore/IP3press/IMAGO
CCJ do Senado enterra a PEC da Blindagem por unanimidade
Aprovada na Câmara, Proposta de Emenda à Constituição que visava ampliar a proteção de parlamentares contra processos na Justiça gerou uma onda de indignação e provocou manifestações em todo o país. A repercussão negativa acelerou o processo na Comissão de Constituição e Justiça, que foi unânime ao rejeitar a PEC. Presidente do Senado anunciou o arquivamento, enterrando de vez a proposta. (24/09)
Foto: Gustavo Basso/DW
Na ONU, Lula critica sanções dos EUA e conduta de Israel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas para criticar duramente o que chamou de "ataques à soberania" brasileira, numa fala direcionada ao governo dos Estados Unidos. O discurso ainda incluiu críticas a Israel. (23/09),
Foto: Timothy A. Clary/AFP
PGR denuncia Eduardo Bolsonaro por coação à Justiça
Eduardo Bolsonaro e o produtor de conteúdo Paulo Figueiredo foram denunciados por articular junto ao governo Trump sanções contra o Brasil e o STF no intuito de impedir a condenação de Jair Bolsonaro. Ex-presidente não foi denunciado. "A dupla de denunciados não hesitou em arrogar a si própria a inspiração determinante das sanções econômicas que vieram a ser", disse o PGR, Paulo Gonet. (22/09)
Foto: Lev Radin/Pacific Press/picture alliance
Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado palestino
Os governos do Reino Unido, Canadá e Austrália formalizaram o reconhecimento oficial do Estado palestino. Os reconhecimento britânico e canadense são especialmentes simbólicos, já que são as duas primeiras nações do G7 a formalizarem a medida. O governo israelense, que é contra o estabelecimento de um Estado para os palestinos, crticiou o reconhecimento. (21/09)
Foto: Luis Boza/NurPhoto/picture alliance
Ciberataque afeta aeroportos europeus
Vários aeroportos europeus, incluindo Bruxelas, Berlim e Heathrow, em Londres, foram afetados por "interrupções cibernéticas" que impactaram os sistemas de check-in e despacho de bagagem, causando atrasos e longas filas. (20/09)
Foto: Marta Fiorin/REUTERS
Bombas da Segunda Guerra em Berlim
Duas bombas da Segunda Guerra Mundial encontradas em locais diferentes de Berlim forçaram a retirada de mais de 20 mil moradores de suas casas. Um dos artefatos foi encontrado no leito do rio Spree, no centro da cidade, durante inspeção de rotina. Ao mesmo tempo, em outro bairro, uma bomba russa de 100 quilos foi encontrada em um canteiro de obras. Nenhuma delas precisou ser desativada. (19/09)
Foto: Michael Ukas/dpa/picture alliance
França tem dia de protestos contra medidas de austeridade
Protestos em massa contra medidas de austeridade reuniram 500 mil pessoas na França, que vive crise social e politica devido à escalada de seu déficit fiscal. Manifestantes pedem o cancelamento dos planos orçamentários, aumento de impostos para os mais ricos e a reversão da reforma da Previdência. Cerca de 80 mil policiais foram mobilizados e mais de 180 pessoas foram detidas. (18/09)
Foto: Sylvain Thomas/AFP/Getty Images
Bolsonaro recebe alta médica; biópsia indica câncer de pele
Ex-presidente recebeu alta hospitalar um dia após ser internado no Hospital DF Star, em Brasília, em razão de um quadro de vômito e queda de pressão arterial. Segundo boletim médico, biópsia de duas lesões retiradas no último domingo apontou a presença de carcinoma, tipo comum de câncer de pele. Retirada das manchas cutâneas descarta necessidade de tratamentos adicionais. (17/09)
Foto: Julia Maretto/AFP
Comissão da ONU acusa Israel de genocídio em Gaza
Uma comissão independente de inquérito do Conselho de Direitos Humanos da ONU acusou Israel de estar cometendo genocídio na Faixa de Gaza, atingindo quatro dos cinco critérios da Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. O Ministério do Exterior de Israel afirmou que "rejeita categoricamente esse relatório distorcido e falso". (16/09)
Foto: Ali Jadallah/Anadolu/picture alliance
Netanyahu admite isolamento de Israel em meio à guerra em Gaza
Em um raro reconhecimento do isolamento decorrente das críticas internacionais a Israel devido à guerra em Gaza, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, culpou as minorias na Europa que promovem "ideologia antissemita e islâmica extremista" e defendeu ataques de seu país além de suas fronteiras, como o realizado no Catar, para "proteger seus cidadãos". (15/09)
Foto: Nathan Howard/AFP/Getty Images
Ato pró-palestinos interrompe Volta da Espanha em Madri
Protestos pró-palestinos interromperam a etapa final da Volta da Espanha, em Madri, uma das três maiores competições anuais do ciclismo mundial. Os ativistas protestavam contra a participação de uma equipe israelense na prova. O grupo derrubou barreiras de metal e ocupou diversos pontos do trajeto da corrida. Duas pessoas foram presas e 22 policiais ficaram feridos. (14/09)
Foto: Manu Fernandez/AP Photo/picture alliance
Ultradireita britânica reúne 110 mil em manifestação anti-imigração
Milhares de pessoas tomaram as ruas de Londres em uma das maiores manifestações da ultradireita britânica dos últimos anos. Os participantes carregavam bandeiras da Inglaterra, do Reino Unido e cartazes com mensagens anti-imigração. Nove pessoas foram presas após confrontos com policiais. (13/09)
Foto: Alex Day/Avalon/Photoshot/picture alliance
Suspeito de matar Charlie Kirk é preso nos EUA
Autoridades americanas capturaram o suspeito de assinar o ativista de ultradireita Charlie Kirk. Em uma coletiva de imprensa, o governador de Utah, Spencer Cox, indicou que o assassinato teve motivação política. Cox também disse que os investigadores encontraram um fuzil envolto em uma toalha e que a arma tinha uma mira telescópica acoplada. (12/09)
Foto: FBI/ZUMA/picture alliance
Bolsonaro é condenado a 27 anos de prisão por cinco crimes
Primeira Turma do STF condenou de forma inédita um ex-presidente brasileiro pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Bolsonaro foi tomado como líder da organização criminosa. Outros sete réus do "núcleo crucial" também receberam penas de reclusão. (11/09)
Foto: Sergio Lima/AFP
Influenciador aliado de Trump morre baleado nos EUA
O ativista e influenciador de ultradireita Charlie Kirk, 31 anos, importante aliado do presidente Donald Trump, foi baleado em uma universidade dos EUA. Kirk foi levado a um hospital, mas sua morte foi anunciada pouco depois por Trump. Ele respondia a perguntas em um evento ao ar livre, em Utah, quando o ataque aconteceu. (10/09)
STF tem 2 votos para condenar Bolsonaro e mais 7 réus por golpe
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Assim, o julgamento na Primeira Turma do STF tem placar de 2 a 0 pela condenação, faltando três votos. (09/09)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Em crise política, França perde mais um primeiro-ministro
Quarto premiê francês em dois anos, centrista François Bayrou perdeu moção de confiança na Assembleia Nacional da França e deixa o governo após menos de 10 meses. País vive crise fiscal e enfrenta disparada da dívida pública. Políticas orçamentárias do primeiro-ministro desagradaram o parlamento e agora pressionam o mandato de Emmanual Macron. (08/09)
Foto: Bertrand Guay/AFP
Primeiro santo millenial
O Papa Leão 14 celebrou a canonização de Carlo Acutis, o primeiro santo da geração millennial, durante uma missa solene na Praça de São Pedro. O adolescente italiano nascido em Londres em 1991, conhecido por criar um site dedicado a catalogar milagres eucarísticos e apelidado de "influenciador de Deus", foi reconhecido pelos fiéis por unir tecnologia e devoção na promoção da fé católica. (07/09)
Foto: Andrew Medichini/AP Photo/dpa/picture alliance
Japão celebra maioridade do sucessor imperial
O príncipe Hisahito de Akishino, segundo na linha de sucessão ao Trono do Crisântemo, completou 19 anos neste sábado, em um dia marcado pela sua cerimônia de maioridade. Os rituais protocolares permitirão ao príncipe começar a participar da agenda oficial da família imperial do Japão e lhe abrem caminho para um futuro reinado. (06/09)
Foto: Japan Pool/Jiji Press/AFP
Novo vídeo mostra reféns israelenses
O grupo radical palestino Hamas divulgou um novo vídeo marcando os 700 dias do início da ofensiva israelense contra Gaza, no qual mostra os reféns israelenses Guy Gilboa-Dalal e Evyatar David. Na foto, manifestantes homenageiam as vítimas do Hamas e os reféns sequestrados durante os ataques a Israel em 7 de outubro de 2025. (05/09)
Foto: Israel Hadari/ZUMA/picture alliance
Macron afirma que 26 países apoiam força de garantia para a Ucrânia
Uma cúpula em Paris com o presidente francês, Emmanuel Macron, seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, e líderes europeus, alguns por videoconferência, discutiu como aliados ajudariam Kiev a se proteger de investidas russas caso haja acordo para encerrar a guerra. "No dia em que o conflito acabar, as garantias de segurança serão mobilizadas", afirmou Macron. (04/09)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Acidente com bondinho em Lisboa deixa ao menos 15 mortos
Pelo menos 15 pessoas morreram e 18 ficaram feridas nesta quarta-feira após o Elevador da Glória, uma popular atração turística de Lisboa, descarrilar. Imagens mostram que o bondinho tombou em um local onde o trilho faz uma curva e se chocou contra um prédio. Uma investigação sobre as causas do acidente foi iniciada. (03/09)
Acadêmicos acusam Israel de cometer genocídio em Gaza
A Associação Internacional de Acadêmicos de Genocídio – a maior organização profissional de acadêmicos que estudam os extermínios em massa – afirmou que Israel está cometendo genocídio em sua ofensiva na Faixa de Gaza e acusou o país de cometer crimes contra a humanidade e de guerra. Opinião se soma a coro cada vez maior de entidades que usam o termo para descrever as ações de Israel. (01/09)
Foto: Mohammed Ali/Xinhua/picture alliance
Começa julgamento de Bolsonaro e demais acusados por trama golpista
Teve início no STF o julgamento do ex-presidente e de outros sete réus acusados de formar o núcleo central do grupo acusado de tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os réus estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, os ex-ministros da defesa Braga Netto, da Justiça, Anderson Torres e ex-chefe do GSI, Augusto Heleno. (02/09)