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Signatários estudam como aplicar Acordo de Paris

16 de maio de 2016

Em conferência na Alemanha, representantes de países que aderiram ao acordo climático buscam maneiras de viabilizar compromissos. "É preciso acelerar medidas de combate ao aquecimento global", diz secretária da ONU.

Conferência climática em Bonn, na Alemanha
Foto: picture-alliance/dpa/M. Hitij

Representantes dos países signatários do Acordo de Paris contra as mudanças climáticas deram início nesta segunda-feira (16/05) à primeira reunião convocada para tornar realidade os compromissos firmados.

O objetivo da conferência em Bonn, na Alemanha, é começar a definir os instrumentos que permitam alcançar a meta definida na capital francesa em dezembro passado: de que o aumento da temperatura média global ao fim do século se situe abaixo de 2º C graus em relação à era pré-industrial.

Após a adoção do acordo em dezembro por 195 países e pela União Europeia (UE) e a cerimônia de assinatura do texto em Nova York, em abril, começou o processo de ratificação em nível nacional. Até o momento, 17 países já deram tal passo.

O Acordo de Paris, com compromissos "ambiciosos, equilibrados e justos", fixou a base da luta global contra as mudanças climáticas, mas agora é preciso construir sobre ela, afirmou a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, ao inaugurar a conferência em Bonn. Ela apontou ser fundamental avançar com a fixação dos preços para as emissões de CO2.

"Delicado equilíbrio"

Representantes de países emergentes e em desenvolvimento reiteraram no início na reunião a necessidade de respeitar o "delicado equilíbrio" alcançado. Eles instaram as nações industriais e desenvolvidas a liderar a luta contra o aquecimento global, por sua "responsabilidade histórica" e maior capacidade.

Christiana Figueres, secretária-geral da Convenção do Clima da ONU, elogiou o tom comprometido com que começou a reunião em Bonn, que se estende até 26 de maio. É cada vez maio a evidência científica do impacto do aquecimento global, e cada vez mais países veem uma oportunidade na luta contra o aquecimento global, apontou.

"Não temos outra opção além de acelerar" as medidas para limitar o aquecimento global, reiterou Figueres.

Neste fim de semana, a Nasa revelou que o mês passado foi o mais quente nos registros que datam do século 20, sendo o sétimo mês consecutivo em que as temperaturas superam níveis recordes.

LPF/rtr/efe

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