Mais preciso que o GPS, sistema europeu de localização por satélite começa a funcionar após anos de atraso. Tecnologia possibilita identificar posições com precisão de centímetros.
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O sistema europeu de navegação por satélites Galileo entrou em funcionamento nesta quinta-feira (15/12), com anos de atraso, prometendo oferecer localizações geográficas mais precisas do que o Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês).
"Hoje, o Galileo, o sistema de navegação por satélite mais preciso do mundo, se tornou realidade", afirmou em comunicado a comissária europeia da Indústria, Elzbieta Bienkowska.
O Galileo é pretende oferecer um posicionamento mais preciso que o GPS, desenvolvido pelos EUA, utilizando uma tecnologia que permite identificar a localização com uma precisão de centímetros em vez de metros.
Com 18 satélites em posição até o momento, o envio de sinais pelo sistema europeu deverá ganhar maior força e autonomia com a inclusão de mais satélites à sua rede, que circula a 23.222 quilômetros da Terra. Os responsáveis pelo projeto, a Comissão Europeia e a Agência Espacial Europeia (ESA), afirmam que o Galileo estará completamente operacional em 2020.
Os serviços iniciais estarão disponíveis gratuitamente em smartphones e aparelhos de navegação que utilizem microchips compatíveis com o novo sistema.
Além de fornecer sinais para os navegadores, o Galileo, em combinação com satélites de busca e resgate do sistema Cosps-Sarsat, poderá localizar navios ou até mesmo montanhistas que estejam em situação de perigo.
Inicialmente, o projeto foi aprovado com um orçamento de cerca de 3 bilhões de euros e deveria ter entrado em operação em 2008. No entanto, a iniciativa enfrentou diversos problemas técnicos e financeiros, incluindo o lançamento de dois satélites numa órbita errada em 2014. Até 2020, estima-se que os custos do projeto atinjam os 10 bilhões de euros.
RC/afp/dw
Desastres naturais vistos do espaço
Como os satélites veem a Terra? E o que eles descobrem sobre os acontecimentos na superfície do planeta? Confira fotos impressionantes de catástrofes naturais observadas da órbita terrestre.
Foto: NASA
Gigante acordado
De densas cinzas a nuvens de água congelada, fenômenos naturais podem ser examinados do espaço sideral. A Estação Espacial Internacional estava passando sobre o vulcão Sarychev, localizado nas ilhas Kuril, na Rússia, quando ele entrou em erupção em 2009. Aproveitando uma brecha entre as nuvens, os astronautas puderam tirar esta foto.
Foto: NASA
Lago evaporado
Diariamente, satélites de observação, como o Proba-V da Agência Espacial Europeia, coletam imagens que permitem rastrear as mudanças ambientais ao longo do tempo. Estas fotos tiradas em abril de 2014, julho de 2015 e janeiro de 2016 (da esq. para dir.) fornecem uma visão clara da evaporação gradual do lago Poopó, em parte devido às mudanças climáticas. Ele já foi o segundo maior lago da Bolívia.
Foto: ESA/Belspo
Não brinque com fogo
Todos os anos, incêndios florestais destroem paisagens e ecossistemas ao redor do planeta. Muitas vezes, eles são causados por seres humanos. Esse também foi o caso na Indonésia, onde agricultores fizeram queimadas na floresta de turfa. Na Islândia, Bornéu e Sumatra, satélites detectaram focos de incêndio em setembro de 2015, e a coluna de fumaça cinza provocou alertas de qualidade do ar.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Chuvas torrenciais
Em 2013, choveu tanto que alguns rios da Europa Central transbordaram. Como se pode ver nesta imagem de 2013, o rio Elba rompeu as suas margens após chuvas sem precedentes. Na foto, a água enlameada cobre a área em torno da cidade de Wittenberg, no estado alemão da Saxônia-Anhalt.
Foto: NASA/J. Allen
No olho do furacão
Uma forte tempestade pode causar danos irreparáveis através de ventos intensos e chuvas torrenciais que vêm do mar. Informações obtidas do espaço são cruciais para acompanhar o desenvolvimento de tormentas: intensidade, direção, velocidade do vento. No Pacífico leste, próximo à costa mexicana, esta imagem ajudou a prever que o furacão Sandra alcançaria ventos de 160 km/h em novembro de 2015.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Derretimento de geleiras
Satélites também desempenham importante papel no monitoramento das mudanças climáticas e, inevitavelmente, do processo de degelo. Do espaço, cientistas puderam documentar a diminuição de geleiras ao redor do mundo, como também a subsequente elevação do nível dos oceanos. Esta foto feita pela Estação Espacial Internacional mostra o recuo da geleira Upsala, na Patagônia argentina, de 2002 a 2013.
Foto: NASA
Prenda a respiração
Em setembro de 2015, satélites proporcionaram esta vista impressionante de regiões povoadas no Oriente Médio envoltas numa tempestade de areia ou "haboob". Aliadas às informações de sensores de qualidade de ar no solo, observações de satélites espaciais ajudam a entender os padrões de início e desenvolvimento de uma tempestade. Essas constatações melhoram os métodos de previsão.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Montanha nua
Essas foram as palavras usadas pela Nasa para descrever a falta de neve no Monte Shasta, na Califórnia, uma fonte crucial de água para a região. Imagens que vêm documentando a estiagem ao longo dos últimos anos têm mostrado montanhas marrons que deveriam ser brancas, e terra onde se procura água. Com o degelo, a seca aumenta.