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Site contra exploração sexual infantil

Marion Andrea Strüssmann23 de outubro de 2001

Organização Terre des Hommes lançou em Berlim um site contra o turismo sexual infantil.

A organização internacional sem fins lucrativos Terre des Hommes, que presta assistência a menores, realizou o lançamento de um site na internet contra o turismo sexual infantil, nesta terça-feira, em Berlim.

A plataforma é destinada a viajantes, agências de turismo e organizações engajadas na luta contra a exploração sexual infantil. Os turistas podem, por exemplo, obter informações gerais sobre o país de destino e, especialmente, sobre a situação dos menores. A página também oferece dicas e orientações específicas para agir em caso de o turista ser confrontado com uma situação de abuso contra crianças.

“Por favor, incomode” é o lema da organização, que pretende incitar as pessoas a não serem passivas e indiferentes em relação ao problema. Apenas na Alemanha, cerca de 40 mil pessoas buscam anualmente o chamado turismo sexual. Estima-se que pelo menos 10 mil alemães viajam ao exterior para praticar sexo com crianças, segundo revelou Christa Dammermann, coordenadora da campanha.

A ministra alemã da Família, Christine Bergmann elogiou a iniciativa e condenou os que insistem em atentar contra a integridade infantil. “É inadmissível que os alemães durante suas férias, continuem abusando de crianças. O objetivo do governo é justamente combater esses criminosos com todos os meios disponíveis”, frisou a ministra.

O novo site conta com o apoio financeiro da Comissão Européia. Por enquanto, a página só é acessível em inglês. A versão em alemão deve ficar pronta no começo do ano que vem.

Intenso Trabalho - A Terre des Hommes desenvolve um intenso trabalho na luta contra o abuso ao menor. Há três anos, a organização começou a veicular uma vinheta de alerta aos turistas nas tevês dos aviões, com o intuito de coibir o turismo sexual infantil, que posteriormente foi também transmitida pelas emissoras públicas. De acordo com a UNICEF, Organização das Nações Unidas para a Infância, anualmente mais de 2 milhões de meninas e meninos em todo o mundo são forçados à prostituição.

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