Smartphone mais barato do mundo é lançado na Índia
Nicole Goebel (ca)17 de fevereiro de 2016
Companhia indiana Ringing Bells põe no mercado celular que custa menos de 4 dólares. Aparelho é tratado no país como a maior revolução na indústria de telecomunicações.
Anúncio
Chegou nesta quarta-feira (17/02) às prateleiras das lojas indianas o smartphone Freedom 251, chamado de a "maior revolução na indústria de telecomunicações" pela empresa Ringing Bells, responsável por seu desenvolvimento e produção. O preço do celular deve ficar abaixo de 4 dólares, ou seja, menos de 20 reais.
A companhia indiana foi fundada no ano passado e foca na produção de smartphones acessíveis com a ajuda da campanha governamental Made in India, que visa fomentar os investimentos no país.
O novo aparelho funciona com o sistema operacional Android Lollipop 5.1, tem tela colorida de 4 polegadas, processador de 1,3 gigahertz e duas câmeras: uma traseira de 3,2 megapixels e uma frontal de 0,3 megapixel.
O baixo preço do smartphone foi motivo de comentários no Twitter, por exemplo, com os usuários comparando o custo do produto com um prato de arroz ou uma cueca.
Mercado competitivo
O mercado indiano de celulares é imenso. Segundo a empresa de análises Counterpoint, o país do Sudeste Asiático possui o segundo maior mercado para smartphones no mundo, perdendo somente para a China e superando pela primeira vez os EUA.
Mais de um terço dos celulares vendidos atualmente na Índia é um smartphone. Até o final do ano passado, foram registrados 220 milhões de usuários ativos no país. Com uma população de cerca de 1,3 bilhão de habitantes, há ainda muito potencial, especialmente nas áreas rurais, onde celulares simples ainda são regra.
Segundo a Counterpoint, quase metade de todos os celulares vendidos no último trimestre de 2015 no mundo foi fabricada na Índia, país onde ao menos 20 marcas montam seus telefones.
A sul-coreana Samsung é a líder do mercado indiano de smartphones, em segundo lugar está a marca doméstica Micromax. Atualmente, a poderosa Apple está recuperando terreno na Índia, e a concorrência da China vai tornar o mercado "altamente competitivo" em 2016, de acordo com a Counterpoint.
Demografia a favor
Além da dimensão do mercado indiano, as empresas também veem na Índia uma grande porcentagem de jovens. Embora a China tenha sido mais importante para a Apple no passado, já que ali os consumidores estão mais dispostos a gastar, numa recente conferência de investidores, o CEO da Apple, Tim Cook, afirmou:
"Eu vejo a demografia ali [na Índia] como sendo incrível para uma marca e para pessoas que realmente querem os melhores produtos", disse, em referência à média de idade de 27 do país.
Ainda não se sabe se o Freedom 251 vai emplacar. Embora os indianos sejam conhecidos por olhar atentamente para preços, outros produtos baratos não conseguiram se impor no mercado. Lançado em 2009, o Nano, carro compacto da Tata Motors, nunca foi exatamente um sucesso de vendas.
E, como destacou o diário indiano Hindustan Times, o tablet acessível Aakash, desenvolvido com apoio estatal para fornecer acesso de internet à maior quantidade possível de pessoas, fracassou devido às suas "especificações pouco aceitáveis."
Carros que tomam decisões
A tecnologia tem mostrado que automóveis podem conduzir de forma autônoma. Mas num veículo sem motorista, quem seria o responsável em caso de acidente? E as pessoas realmente querem que o carro decida por elas?
Foto: media.daimler.com
Confortável, não?
Este protótipo da Mercedes Benz, o F015, mostra como o interior de um carro autônomo poderia ser. Não há assento do motorista. Em vez disso, os passageiros sentam de frente uns para os outros. Este veículo de teste, que foi desenvolvido no Vale do Silício, pode atingir uma velocidade máxima de 200 quilômetros por hora.
Foto: media.daimler.com
Do Vale do Silício a Las Vegas
Este Audi A7 está repleto de sensores. No início de 2015, o veículo foi do Vale do Silício até a Mostra Internacional de Eletrônica de Consumo (CES, na sigla em inglês), em Las Vegas. Aproximadamente 600 quilômetros foram percorridos em rodovias. Uma pessoa ficou sentada atrás do volante, apenas para eventualidades, mas não teve que intervir: tudo correu bem durante o teste.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Fets/Audi AG
Pronto para o trânsito?
A multinacional Google tem testado seus veículos robóticos em Mountain View, na Califórnia, há bastante tempo. No entanto, até agora, alguém sempre esteve atrás do volante – para intervir caso necessário.
Foto: picture alliance/AP Photo
Nada para motoristas impacientes
Carros autônomos são muito seguros. Eles são programados para desacelerar, se algo não estiver correto. Eles vão sempre manter uma distância segura e certamente nunca vão grudar na traseira de outros veículos.
Foto: imago/Jochen Tack
Um atrás do outro
Estes dois carros autônomos da Universidade da Bundeswehr (Forças Armadas Alemãs) participaram da competição robótica militar Elrob (Experimento Europeu de Robô Terrestre, em tradução livre). Com o segundo veículo sempre seguindo o primeiro, o objetivo era que os veículos encontrassem seu caminho em território acidentado e não pavimentado. E eles conseguiram.
Foto: DW
Evitando acidentes
Acidentes graves são frequentemente causados por visão limitada – em condições de neblina, por exemplo. As pessoas costumam dirigir rápido demais e não mantêm a distância necessária. Carros robóticos inteligentes não fariam erros do tipo. No futuro, os carros podem estar interligados, permitindo-lhes enviar aos demais veículos informações sobre os engarrafamentos adiante.
Foto: picture-alliance/dpa
Sensores para todo tipo de dados
Carros robóticos veem o mundo ao seu redor com olhos diferentes. O carro da Google, por exemplo, usa um sensor de laser para realizar uma varredura em 3D de seu entorno.
Foto: DW/Fabian Schmidt
O mundo visto através de um laser
Neste simulador, o carro da Universidade da Bundeswehr dirige por um terreno acidentado. O laser faz a varredura dos arredores, e o computador desenha um mapa tridimensional da área.
Foto: Universität der Bundeswehr/TAS
Orientação por satélite, radar e câmera USB
Robôs também podem ver usando outros tipos de sensores. Este robô desenvolvido no Instituto Fraunhofer para Comunicação e Informação (FKIE), na Alemanha, usa uma câmera USB comum para sua leitura ótica. Pequenos sensores de radar e receptores de GPS determinam a localização exata no mapa.
Foto: DW/Fabian Schmidt
Made in Germany
Pesquisadores da Daimler também estão usando câmeras de leitura ótica para construir carros mais seguros. Os sensores por trás dos para-brisas observam o que está acontecendo na estrada. Os sistemas de segurança ativa de tráfego da Daimler renderam à companhia a nomeação para o Prêmio Alemão de Inovação (Deutscher Zukunftspreis), em 2011.
Foto: Deutscher Zukunftspreis/Ansgar Pudenz
Pixels se tornam movimentos
Os sensores reconhecem uma nuvem de pixels. A partir desses pixels, o computador pode determinar quão rápido diferentes áreas da imagem estão se movendo. Isso dá ao computador uma noção completa do que está acontecendo ao redor do carro.
Foto: Deutscher Zukunftspreis/Ansgar Pudenz
Frear ou manobrar?
O computador determina para onde um objeto provavelmente irá se mover e age de acordo. O pedestre, que vem da direita, está marcado em laranja, o que significa perigo. O tráfego, à esquerda, está sinalizado em verde, ou seja, nenhum perigo.