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Sob risco de novas sanções, Coreia do Norte ameaça atacar sul-coreanos

25 de janeiro de 2013

Governo em Pyongyang faz sucessivas ameaças desde que o Conselho de Segurança da ONU decidiu ampliar as sanções ao país. China critica declarações e ameaça reduzir ajuda à Coreia do Norte.

SA-3 ground-to-air missiles are displayed before a portrait of former North Korean leader Kim Il-Sung during a military parade to mark 100 years since the birth of Kim Il-Sung, the country's founder, in Pyongyang on April 15, 2012. The commemorations came just two days after a satellite launch timed to mark the centenary fizzled out embarrassingly when the rocket apparently exploded within minutes of blastoff and plunged into the sea. AFP PHOTO / Ed Jones (Photo credit should read Ed Jones/AFP/Getty Images)
Foto: Ed Jones/AFP/Getty Images

O governo norte-coreano ameaçou atacar a vizinha Coreia do Sul, em uma eventual retaliação caso os sul-coreanos adotem as sanções mais duras definidas pelo Conselho de Segurança da ONU há três dias. Punições por parte dos sul-coreanos serão encaradas como uma "declaração de guerra", segundo declarou nesta sexta-feira (25/01) o Comitê para a Reunificação Pacífica da Pátria – frente de negociação do norte com o sul.

"Se o grupo de marionetes traidores tomar parte diretamente nas sanções da ONU, a República Democrática Popular da Coreia do Norte tomará duras medidas físicas contra eles", afirmou o comitê, de acordo com a mídia estatal norte-coreana KCNA. O termo "marionetes" é uma maneira comumente utilizada pelo governo para se referir à Coreia do Sul.

O representante especial dos EUA para políticas direcionadas à Coreia do Norte, Glyn Davies, afirma que o discurso norte-coreano é "problemático e contraprodutivo". "Vamos julgar a Coreia do Norte por seus atos, e não por suas palavras. Esse tipo de declaração incendiária não contribui em nada para a paz e a estabilidade na península", declarou Davies em Pequim nesta quinta-feira.

Segundo Davies, Estados Unidos e China concordam que novos testes nucleares realizados pela Coreia do Norte levarão a um isolamento ainda maior do país e farão retroceder os esforços pelo diálogo na região. A China, que também votou a favor das sanções, já declarou por meio de sua imprensa oficial que vai reduzir sua ajuda à Coreia do Norte caso o país faça novos testes.

Glyn Davies chamou o discurso norte-coreano de 'problemático e contraprodutivo'Foto: Reuters

Aplicação de sanções

Na terça-feira passada, o Conselho de Segurança da ONU – do qual a Coreia do Sul faz parte, como membro não-permanente – concordou em ampliar as sanções ao governo em Pyongyang. A medida é uma reação ao lançamento de um míssil norte-coreano em dezembro passado.

Desde a ampliação das sanções, a Coreia do Norte vem fazendo seguidas ameaças. Na quarta-feira, o país ameaçou ampliar seu arsenal nuclear. Na quinta-feira, o governo de Kim Jong-un afirmou planejar um terceiro teste nuclear e mais lançamentos de foguetes, visando seu "arqui-inimigo", os Estados Unidos.

Os Estados Unidos aplicaram, na quinta-feira, duas sanções econômicas a dois bancos oficiais norte-coreanos e a uma empresa de Hong Kong acusada de apoiar o programa nuclear do governo em Pyongyang.

Segundo a Coreia do Norte, o teste realizado em dezembro teria sido uma tentativa de lançamento de um satélite. EUA, Coreia do Sul e outros países, porém, acreditam ter se tratado de um teste para o desenvolvimento de um míssil intercontinental, que poderá conter explosivos nucleares. Os norte-coreanos realizaram testes nucleares em 2006 e 2009.

MSB/dpa/afp/rtr/ap
Revisão: Alexandre Schossler

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