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Sobe para 121 número de mortos em Brumadinho

3 de fevereiro de 2019

Mais de 200 pessoas seguem desaparecidas, e não há previsão para fim das buscas. Trabalhos contam com 64 militares da Força Nacional, 240 bombeiros e mais de 80 voluntários. Justiça mantém prisão de funcionários da Vale.

Equipes de busca procuram por vítimas na lama de Brumadinho
Equipes de busca não têm data para encerrar trabalhos em BrumadinhoFoto: Reuters/A. Machado

O número de mortos na catástrofe provocada pelo rompimento da barragem de resíduos da Vale em Brumadinho subiu para 121, sendo que 107 deles foram identificados. Além disso, 212 pessoas seguem desaparecidas. O novo boletim foi divulgado neste domingo (03/02), nove dias depois da tragédia, ocorrida em 25 de janeiro.

De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, as equipes de busca e resgate identificaram uma área onde "possivelmente" esteja "um grande número de vítimas". Segundo ele, os trabalhos se concentrarão naquele ponto, mas não serão limitados ao local.

"Estamos com muitas equipes de busca e também com cães farejadores no local. Já identificamos três pontos com corpos. Agora, vamos começar os trabalhos de escavação na área", afirmou.

O tenente também garantiu que os trabalhos de busca continuarão até que "o último corpo seja achado ou que não seja mais possível encontrar nenhum ser humano devido à decomposição".

Segundo já adiantou o Corpo de Bombeiros Militar do estado, não há como prever uma data de encerramento das buscas por vítimas.

"A perspectiva é que, ao longo do tempo, com a lama se estabilizando, a gente vá mudando as técnicas operacionais e, a partir daí, a gente tenha um panorama. Hoje, é impossível cravar uma data final das operações", afirmou, em coletiva de imprensa, o chefe da equipe de bombeiros de Minas Gerais, coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho.

Os trabalhos são realizados com o reforço de 64 militares da Força Nacional, que se unem a 240 bombeiros, sendo 112 de outros estados. Também 86 voluntários estão colaborando com as buscas. A Polícia Militar empregou efetivo de mais de mil policiais em Brumadinho.

No sábado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, pediu que a Vale assuma a responsabilidade pela tragédia em Brumadinho e cobrou "respostas" sobre o desastre.

"Esperamos respostas efetivas e rápidas por parte da Vale a respeito deste desastre", disse ele, em entrevista coletiva, depois de ter sobrevoado a área atingida e participado de uma reunião com autoridades e famílias das vítimas.

Zema afirmou que, nove dias depois da catástrofe, é necessário que a Vale "assuma efetivamente a sua responsabilidade", tanto em matéria de impactos ambientais quanto nos quesitos social e econômico.

Por fim, o governador elogiou o "nobre trabalho" que tem sido feito nos últimos dias e afirmou que o governo federal fez "todo o possível" para apoiar tanto o município quanto o governo de Minas Gerais.

Neste domingo, a segunda instância da Justiça de Minas Gerais decidiu manter a prisão de três funcionários da Vale, detidos na semana passada no âmbito das investigações sobre a tragédia.

A Justiça entendeu que não há ilegalidades nos fundamentos apresentados pela primeira instância, que decretou a prisão do geólogo Cesar Augusto Grandchamp; do gerente de Meio Ambiente, Ricardo de Oliveira; e do gerente do Complexo de Paraopeba da empresa, Rodrigo Artur Gomes de Melo.

De acordo com o Ministério Público, os três funcionários estão diretamente envolvidos no processo de licenciamento ambiental da barragem. Dois engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem também estão presos.

MD/efe/rtr/abr

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