Terremoto de 6,2 graus de magnitude devastou a região central do país e deixou ao menos 386 feridos. Apesar da força do sismo não ter sido demasiada, as casas antigas eram vulneráveis a tremores, diz especialista.
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O número de mortos em razão do terremoto que atingiu a região central da Itália aumentou para 247, informou na manhã desta quinta-feira (25/08) a Defesa Civil italiana, 27 horas após a ocorrência do sismo de 6,2 graus de magnitude que devastou cidades como Amatrice, Accumoli e Pescara del Tronto.
As equipes de resgate trabalharam durante toda a noite na busca por sobreviventes. Muitas pessoas dormiram em carros ou barracas, enquanto alguns tremores ainda eram sentidos. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que ao menos 386 feridos haviam sido levados para hospitais.
Diversas comunidades na região dos Montes Apeninos foram devastadas, entre estas, Amatrice, a 150 quilômetros da capital, considerada um dos mais belos vilarejos do país e origem do famoso molho amatriciana.
"Metade da cidade já não existe", afirmou o prefeito, Sergio Pirozzi. Um hotel com cerca de 70 hóspedes desabou. Até o momento, apenas sete corpos foram resgatados. "Ouvimos vozes sob os escombros. Tudo deve ser feito para salvar essas pessoas", disse o prefeito.
Outras das localidades mais atingidas foram as também pitorescas cidades de Accumoli, Arquata del Tronto e Pescara del Tronto. Em visita à região, a presidente do Parlamento italiano, Laura Boldrini, comparou a situação em Pescara del Tronto à de uma cidade bombardeada. "Não há mais nada ali. Apenas escombros", afirmou.
Imagens dos estragos causado pelo terremoto na Itálila
01:07
O terremoto ocorreu às 3h36 (hora local) de quarta-feira, a sudeste de Norcia, cidade da província de Perugia, com epicentro a dez quilômetros de profundidade, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O sismo foi seguido de dezenas réplicas.
O tremor foi sentido também em Roma, a 170 km do epicentro. De acordo com o jornal La Repubblica, as casas em Roma tremeram por cerca de 20 segundos. Segundo o Corpo de Bombeiros, houve relatos de feridos na capital italiana. As autoridades locais chegaram a ordenar uma avaliação da estrutura do Coliseu romano.
O cientista do Instituto Italiano de Geofísica e Vulcanologia Massimo Cocco avalia que a força do terremoto não foi extrema. O maior problema, diz ele, está na estrutura dos edifícios. As casas antigas não tinha qualquer proteção contra tremores de terra.
A região afetada fica a uma hora de distância de Áquila, na região de Abruzos, onde em 2009 um terremoto de magnitude 6,3 deixou mais de 300 mortos.
RC/efe/ap/rtr/afp/dpa
Terremoto na Itália
Tremor de magnitude 6,2 atingiu o centro da Itália. As cidades mais afetadas são Accumoli, Amatrice, Posta e Arquata del Tronto. Há dezenas de mortos.
Foto: picture-alliance/dpa
"Metade da cidade já não existe"
Em Amatrice, uma das localidades mais atingidas na Itália central, um homem é retirado dos escombros. "Metade da cidade já não existe", disse Sergio Pirozzi, prefeito da cidade situada na província de Rieti.
Foto: Reuters/R. Casilli
Tremores na madrugada
O terremoto, de 6,2 graus de magnitude ocorreu às 3h36 (hora local), seguido de dezenas réplicas. O epicentro, a sudeste de Norcia, na província de Perugia, estava a dez quilômetros de profundidade, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Os tremores também foram sentidos em Roma, a 170 quilômetros de distância.
Foto: Reuters/E. Grillotti
O epicentro
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica mundial, detectou o epicentro do terremoto desta quarta-feira próximo a Norcia.
Foto: picture-alliance/dpa/USGS
A busca por sobreviventes
Equipes de resgate correm contra o tempo para recuperar as vítimas dos escombros. No Vaticano, o papa Francisco expressou solidariedade para com as vítimas. Ele se disse chocado com a devastação causada pelo sismo.
Foto: Reuters/E. Grillotti
Moradores em choque
O terremoto na madrugada assustou moradores. Muitos acompanhavam o trabalho de resgate no meio da rua e outros observavam a dimensão da destruição.
Foto: Reuters/E. Grillotti
Moradores participam do resgate
Em Amatrice, diversos edifícios entraram em colapso. Ao nascer do sol, moradores e equipes de resgate iniciavam as buscas por sobreviventes sob os escombros e tentavam desbloquear ruas e avenidas.
Foto: Reuters/R. Casilli
Dificudades para chegar aos locais atingidos
Muitas estradas estão encobertas por escombros, o que impede a chegada de ajuda a algumas localidades. A Defesa Civil confirmou deslizamentos de terras nas províncias de Ascoli Piceno, Fermo e Macerata. Cães farejadores ajudam nas buscas por sobreviventes.
Foto: Reuters/E. Grillotti
Rastro de destruição
O terremoto causou estragos também na cidade de Pescara del Tronto (foto), ao norte de Amatrice. As cidades mais atingidas foram Accumoli, Amatrice, Posta e Arquata del Tronto.
Foto: Reuters/R. Casilli
Busca continua
Doze horas após o terremoto, bombeiros continuam a busca por desaparecidos em Amatrice.
Foto: picture-alliance/dpa/ANSA/M. Percossi
Lembranças de Áquila
O terremoto ocorreu próximo da cidade de Áquila, onde em 2009, um sismo de magnitude 6,3 matou mais de 300 pessoas e devastou a região de Abruzos.