1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Sobe para 39 número de mortos em protestos na Venezuela

11 de maio de 2017

Jovem de 27 anos é a mais recente vítima de manifestações que já duram 40 dias. Autoridades usam gás lacrimogêneo e canhões de água contra manifestantes e acusam opositores de organizar grupos armados.

Protesto em Caracas
Manifestantes e policiais entraram em confronto em mais um dia de protestos em CaracasFoto: picture alliance/dpa/F. Llano/AP

A Venezuela completou 40 dias de protestos nesta quarta-feira (11/05) com manifestações de diversos grupos de oposição marcadas por enfrentamentos entre manifestantes encapuzados e a polícia. Um jovem morreu, e ao menos 177 pessoas ficaram feridas. O número de mortos na recente onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro chegou a 39.

A Procuradoria-Geral informou que um jovem de 27 anos morreu após ser atingido por um tiro durante um protesto no leste de Caracas. "Com profundo pesar, informo que hoje foi assassinado outro jovem, Miguel Castillo", lamentou o prefeito do município de Baruta, na região metropolitana da capital, Gerardo Blyde.

O defensor público Tarek William Saab disse que designou uma comissão para investigar a morte de Castillo e responsabilizar os culpados.

Os protestos no leste de Caracas foram reprimidos pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e pela Polícia Nacional Bolivariana (PNB), que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água contra os manifestantes que tentavam avançar até a sede do Tribunal Supremo de Justiça, no centro da capital.

Alguns grupos de manifestantes responderam com pedras, potes de tinta e vidros com excrementos, os chamados "coquetéis puputov". A agência de notícias Efe informou que homens encapuzados em motocicletas disparavam do meio da multidão.

Líderes da oposição denunciaram em várias ocasiões a presença de grupos armados para intimidar os manifestantes. As autoridades negam as acusações e acusam os opositores de serem os responsáveis pela violência e de organizar grupos armados. O ministro do Interior, Néstor Reverol, reiterou essas acusações, atribuindo a responsabilidade pela violência ao presidente do Parlamento, o opositor Julio Borges.

A Procuradoria-Geral informou também sobre a morte de um homem de 32 anos, ferido na última segunda-feira numa manifestação de apoio ao governo no estado de Mérida. Reverol disse que essa morte teria sido provocada por um "franco-atirador da MUD", utilizando a sigla que designa a aliança opositora Mesa para a Unidade Democrática.

O diretor da Polícia Nacional Bolivariana, general Carlos Pérez Ampueda, reconheceu a presença de grupos de civis armados que atuaram contra as marchas da oposição, assegurando que essas pessoas serão presas.

Paralelamente aos protesto dos opositores, milhares de apoiadores do governo participaram de uma manifestação no centro de Caracas em defesa da Assembleia Constituinte convocada por Maduro.

A oposição venezuelana pediu a seus apoiadores que se preparem para outro "plantão nacional" nas ruas na próxima segunda-feira, em defesa da Constituição.

RC/efe/dpa

Pular a seção Mais sobre este assunto