1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Social-democrata toma posse como prefeita de Berlim

21 de dezembro de 2021

Ex-ministra da Família de Merkel, Franziska Giffey é a primeira mulher a governar a capital alemã em mais de sete décadas. Secretarias da cidade-estado serão lideradas, na maior parte, por mulheres.

Nova prefeita de Berlim Franziska Giffey (c.) ao lado de Klaus Lederer, do A Esquerda, e Bettina Jarasch, dos Verdes
Nova prefeita de Berlim Franziska Giffey (c.) ao lado de Klaus Lederer, do A Esquerda, e Bettina Jarasch, dos VerdesFoto: Bernd von Jutrczenka/dpa/picture alliance

A social-democrata Franziska Giffey foi confirmada nesta terça-feira (21/12) como a nova prefeita de Berlim. Ela recebeu 84 dos 139 votos no Parlamento da cidade-estado.

A partir de agora, ela passa a liderar uma coalizão encabeçada pela sua legenda, o Partido Social-Democrata (SPD), juntamente com os Verdes e o partido A Esquerda. Com essa composição, as três agremiações formam uma maioria de 92 dos 139 assentos no Parlamento.

Nas eleições de 26 setembro, o SPD venceu por uma margem bastante apertada, e somente conseguiu formam uma maioria parlamentar através da manutenção da coalizão com verdes e esquerdistas, que já governam juntos a capital alemã desde 2016.

O novo governo assumiu o compromisso de construir 200 mil casas na cidade até 2030, em meio à crise habitacional que aflige os moradores da capital, com aumentos abusivos nos preços dos imóveis e dos aluguéis.

Os três partidos fizeram um acordo para promover uma parceria público-privada para a construção das novas residências a preços populares.

Também será criada uma comissão para avaliar a expropriação de imóveis das grandes corporações imobiliárias – proposta que foi aprovada em referendo realizado no mesmo dia das eleições.

Em torno de 56% dos eleitores votaram a favor da medida a ser imposta contra as empresas que detêm mais de 3 mil imóveis na capital.

Governo de maioria feminina

Giffey, de 43 anos, tomou posse logo após a votação e, pouco depois, confirmou as indicações para as dez secretarias de governo, que serão ocupadas por seis mulheres e quatro homens. O SPD ficou com quatro secretarias e as outras duas legendas, com três cada.

A ex-ministra da Família do último governo da ex-chanceler Angela Merkel substitui seu colega de partido Michael Müller. Depois de sete anos à frente da prefeitura, ele decidiu não concorrer à reeleição para ocupar um assento no Bundestag, o Parlamento alemão.

Berlim passa a ser comandada por uma mulher pela primeira vez, desde a Reunificação da Alemanha, em 1990. A última mulher a ocupar a liderança do governo local foi a social-democrata Louise Schroeder, que foi prefeita interina por cerca de um ano e meio entre 1947 e 1948.

Giffey também será a primeira pessoa nascida na ex-Alemanha Oriental a ocupar a prefeitura da capital após o fim do regime comunista. Ela é da cidade de Frankfurt an der Oder, na fronteira alemã com a Polônia.

Plágio na tese de doutorado

A social-democrata atuou como prefeita do distrito berlinense de Neukölln entre 2015 e 2018, ano em que se tornou ministra da Família.

Ela, porém, renunciou ao cargo em maio de 2021 após uma denúncia de que teria cometido plágio em sua tese de doutorado na Universidade Livre de Berlim (FU). Em junho, ela foi destituída do título de doutora pela FU, que acusou "falsidade quanto à autonomia de seu desempenho científico".

Giffey aceitou a decisão, mas disse que redigiu o trabalho, entregue em 2009, "segundo meu melhor saber e consciência". Apesar de lamentar "erros" que possam lhe ter escapado durante a redação da tese, "estes não foram nem intencionais, nem planejados", afirmou.

rc (DPA, AFP)

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo