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Social-democratas vencem em Hamburgo

23 de fevereiro de 2020

Apesar de baixas em relação a 2015, SPD deve manter a prefeitura da metrópole no Norte alemão. Verdes têm ótimo desempenho. Escândalo na Turíngia custou votos a liberais, democratas-cristãos e populistas de direita.

Homem e duas mulheres comemoram vitória em palco com sigla "SPD" ao fundo
Com prefeito Peter Tschentscher (c.), SPD permanece principal força política de HamburgoFoto: Reuters/C. Mang

O Partido Social-Democrata (SPD), representado pelo prefeito Peter Tschentscher, venceu neste domingo (23/02) as eleições municipais em Hamburgo com quase 38% dos votos, segundo as primeiras projeções de boca de urna. O Partido Verde vem atrás, com 25,5%.

A conservadora União Democrata Cristã (CDU) apresentou queda recorde na cidade hanseática, ficando apenas com 11% nas urnas, limitando-se portanto a 15 ou 16 mandatos na próxima Câmara municipal. Paul Ziemiak, secretário-geral da legenda da chefe de governo Angela Merkel, justificou o mau desempenho com o escândalo eleitoral na Turíngia.

A crise política nesse estado do Leste Alemão foi desencadeada quando, no início de fevereiro, Thomas Kemmerich foi eleito governador com votos de seu próprio Partido Liberal Democrático (FDP), da CDU e da populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) – quebrando o tabu político no país contra a colaboração com representantes da extrema direita. Kemmerich acabou renunciando, e foram marcadas novas eleições.

De volta a Hamburgo, tanto a AfD quanto o FDP estão ameaçados de ficar fora do parlamento municipal. Segundo as projeções, os liberais contariam apenas 5% dos votos – percentagem exata para ingresso no órgão –, enquanto os populistas se limitariam a 4,9%. "Os agitadores e alarmistas estão de fora", festejou no Twitter o ministro alemão do Exterior, Heiko Maas (SPD), sem mencionar diretamente a AfD.

Apesar da vitória, os social-democratas sofreram baixas significativas na metrópole do Norte da Alemanha. No último pleito, em 2015, eles haviam ficado com 46,6%. Por sua vez seus parceiros de coalizão, os verdes, quase dobraram seu desempenho anterior nas urnas, que fora de 12,3%.

AV/rtr,ard,dpa

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