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Sociedade exclui obesos, diz estudo

21 de setembro de 2016

Pesquisa realizada na Alemanha aponta que a maioria das pessoas associa preguiça à obesidade, que afeta 13% da população mundial. Estigma e ridicularização agravam o excesso de peso.

Pés sobre balança
Foto: picture-alliance/dpa/A. Weigel

Além de afetar a saúde, a obesidade pode levar à solidão. Pessoas muito acima do peso são muitas vezes estigmatizadas, ridicularizadas ou excluídas da sociedade, aponta um estudo divulgado na Alemanha nesta quarta-feira (21/09).

A pesquisa, realizada pelo instituto Forsa sob encomenda da seguradora DAK, revelou que 71% dos entrevistados consideram o aspecto físico dos obesos antiestético; e 15% evitam o contato com eles. A maioria das pessoas consultadas considera que os obesos são preguiçosos e, por isso, não conseguem emagrecer.

No entanto, a obesidade pode se manifestar devido a uma série de fatores, como distúrbios metabólicos e predisposição genética. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define sobrepeso e obesidade como um acúmulo de gordura anormal ou excessivo. Estes são um grande fator de risco para uma série de doenças, como diabetes, problemas cardiovasculares, depressão e câncer.

De acordo com a nova pesquisa, a exclusão social no dia a dia e no trabalho agrava a obesidade, elevando o nível de stress, provocando mudanças no comportamento alimentar e, consequentemente, aumento de peso.

A OMS usa o Índice de Massa Corporal (IMC) – peso da pessoa divido por sua altura, em metros, ao quadrado – para medir a obesidade. Se o IMC for maior ou igual a 30, a pessoa é considerada obesa. Se for igual ou maior que 25, há sobrepeso.

Antes considerados problemas somente em países desenvolvidos, a obesidade e o sobrepeso estão hoje em ascensão em países de baixa e média renda, sobretudo em áreas urbanas, aponta a OMS. Na Alemanha, um quarto das pessoas entre 18 e 79 anos de idade tem obesidade. O problema afeta um quinto dos brasileiros e 13% da população mundial.

LPF/dpa/epd

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