1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Oriente Médio

18 de outubro de 2011

Maior troca de prisioneiros entre Israel e palestinos nos últimos 25 anos tem início nas fronteiras com a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Ao todo, israelenses libertarão 1.027 palestinos em troca do soldado Gilad Shalit.

Galid Schalit em foto divulgada em 2007 por jornal israelenseFoto: AP

Gilad Shalit, soldado israelense mantido prisioneiro por mais de cinco anos, foi libertado pelo Hamas nesta terça-feira (18/10). Segundo fontes militares ligadas ao grupo radical islâmico, Shalit foi entregue a autoridades egípcias e seguirá em breve para Israel, como parte de um amplo acordo de troca de prisioneiros, o maior dos últimos 25 anos.

Na manhã desta terça-feira, diversos ônibus que transportavam 477 prisioneiros palestinos seguiam em direção às fronteiras com a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, onde eles serão entregues em troca da libertação de Shalit. Outros 550 prisioneiros palestinos deverão ser liberados nos próximos dois meses, como parte do mesmo acordo. Alguns dos libertos estão há décadas na prisão.

Em Israel, pesquisas de opinião afirmam que o apoio à troca de prisioneiros é amplo entre a população: 79% dos entrevistados concordam como o pacto, apesar do alto preço a ser pago.

Também entre os palestinos há apoio para a troca de prisioneiros. O acordo reforçou a posição do Hamas, que manteve Shalit em cativeiro por cinco anos e negociou a ação. Em Israel, cerca de 6 mil palestinos são mantidos prisioneiros por motivos de segurança. Antes da segunda Intifada, eram menos de mil.

Shalit tinha 19 anos quando foi capturado, em 25 de junho de 2006, junto à faixa de Gaza, por um comando palestino que integrava elementos de três grupos armados, incluindo o braço armado do Hamas, as brigadas Ezzedine al-Qassam. 

Israel decretou um bloqueio à faixa de Gaza, reforçado um ano depois quando o Hamas assumiu o controle do território e afastou as forças do Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.

A Cruz Vermelha nunca foi autorizada a visitar Shalit e foram muito raros os contatos dele com o exterior. A família recebeu uma carta do soldado em junho de 2008 e em setembro de 2009 o Hamas divulgou um DVD que mostrava o prisioneiro, em troca da libertação de cerca de 20 mulheres palestinas que estavam em prisões em Israel.

AS/afp/ap/dpa/rtr/lusa
Revisão: Nádia Pontes

Pular a seção Mais sobre este assunto