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Solidariedade mundial com a França

14 de novembro de 2015

"Barbárie", "terror selvagem", "ataque a toda a humanidade" são algumas das expressões usadas por chefes de Estado e governo de todo o mundo, que expressam total solidariedade com a França.

Foto: Reuters/K. Lamarque

Os líderes mundiais, incluindo os que chegaram a Viena para a retomada das negociações de paz na Síria, expressaram suas condolências e condenaram os ataques em Paris, que mataram ao menos 127 pessoas na noite desta sexta-feira (13/11).

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou os atentados na capital francesa de uma "tentativa ultrajante de aterrorizar civis inocentes" e prometeu fazer o que for preciso para ajudar a trazer os responsáveis à justiça.

Falando a jornalistas na Casa Branca, Obama mencionou o importante papel da França como aliado americano no combate ao terrorismo e lembrou os valores do país, citando o lema francês Liberté, Égalité, Fraternité. "Este é um ataque não apenas em Paris e não somente contra o povo da França", afirmou Obama. "Este é um ataque contra a humanidade e os valores universais que compartilhamos."

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, convocou uma reunião ministerial de emergência e também prometeu completo apoio ao país vizinho "no combate a esses terroristas". "Vou me reunir durante o dia com os ministros para analisar o desenvolvimento da situação na França e de todas as questões relacionadas", declarou Merkel.

"Vamos fazer de tudo para ajudar a combater os autores e os instigadores [destes atentados]", disse a chanceler, sublinhando que Berlim está "em contato direto" com o governo francês. Merkel afirmou ainda que "este atentado contra a liberdade não visa apenas Paris: visa todos e atinge todos".

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff manifestou, por meio de sua conta no Twitter, a sua indignação com os ataques terroristas que deixaram pelos menos 128 mortos em Paris. "Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês", escreveu a presidente.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmou que, "no processo que seguirá com a dor e o temor dos eventos em Paris [...], a Europa está com a França e com os franceses".

O premiê britânico, David Cameron, mostrou-se "chocado" com a tragédia. "Nossos pensamentos e preces estão com o povo francês. Faremos o que for possível para ajudar", escreveu Cameron em sua conta oficial do Twitter.

Rússia pede por unidade das forças internacionais

Em telegrama ao presidente francês, François Hollande, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os ataques foram "o mais recente testemunho da essência bárbara do terrorismo que coloca a civilização humana perante um desafio".

"É óbvio que uma luta eficaz contra esse mal exige uma unidade real das forças da comunidade internacional. Gostaria de confirmar a disponibilidade da Rússia para uma cooperação mais próxima como os nossos parceiros franceses para investigar o crime que ocorreu em Paris", escreveu Putin.

O ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, que está em Viena para as negociações sírias, disse que os ataques em Paris não serão uma justificativa para recuar no combate aos jihadistas do "Estado Islâmico" e da Frente al-Nusra, organização afiliada à Al Qaeda.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou os "desprezíveis ataques terroristas" em Paris. O mesmo tom foi adotado por líderes políticos de Canadá, Israel, Jordânia, Cingapura, Paquistão, Arábia Saudita, Turquia, Austrália, Egito, China, Indonésia, Japão, países do Golfo Pérsico, Itália, Espanha, entre outros.

O Vaticano também emitiu uma nota de repúdio aos atentados, chamando-os de um "ataque contra a paz de toda a humanidade". O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse em comunicado que a violência requer "uma resposta decisiva na qual todos nós combatamos a disseminação do ódio homicida em todas as suas formas".

Presidente sírio, Bashar al-Assad, condena ataques, mas não exime França de culpa por propagação de terrorFoto: picture alliance/dpa/Sana Handout

Assad não exime a França de culpa

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, também condenou os ataques em Paris, sem deixar de lembrar a crise na Síria. "O que a França sofreu de terror selvagem é o que o povo sírio vem enfrentando há mais de cinco anos", disse. Assad, no entanto, não eximiu a França de culpa, afirmando que "as políticas erradas da França contribuíram para a propagação do terrorismo".

"Os ataques terroristas que tiveram como alvo a capital francesa não podem ser separados do que aconteceu recentemente na capital libanesa, Beirute, e do que vem acontecendo na Síria nos últimos cinco anos e em outras áreas", disse Assad, afirmando que o apoio ocidental aos insurgentes na Síria causou a "expansão do terrorismo" mundo afora.

Devido aos ataques em Paris, o presidente do Irã, Hassan Rohani, adiou sua visita a França e Itália. Ele condenou veementes os ataques, classificando-os de "crimes contra a humanidade".

PV/afp/rtr/dpa/ap/ab

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