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Sonda chinesa decola com amostras do lado oculto da Lua

4 de junho de 2024

Aeronave com amostras recolhidas do lado oculto da Lua, algo sem precedentes na exploração espacial, deverá chegar aos desertos da Mongólia Interior em cerca de três semanas.

Imagem divulgada pela agência de notícias Xinhua mostra a sonda Chang'e-6 após pousar na superfície da lua
A pequena bandeira surgiu em um braço retrátil implantado na lateral do módulo lunarFoto: CNSA/Xinhua/AP/picture alliance

A China declarou que sua sonda lunar desfraldou a bandeira do país pela primeira vez no lado oculto da Lua, antes de parte do veículo decolar na manhã desta terça-feira (04/06), rumo à Terra, levando consigo amostras de rocha e solo.

O módulo com as amostras recolhidas do lado oculto da Lua, algo sem precedentes na exploração espacial, deverá retornar à Terra, nos desertos da região da Mongólia Interior, na China, por volta de 25 de junho.

O Ministério chinês do Exterior afirmou nas redes sociais que se trata de "um feito sem precedentes na história da exploração lunar humana".


A sonda Chang'e-6 foi lançada no início de maio e seu módulo de pouso pousou no domingo passado na bacia Aitken, uma cratera de impacto no Polo Sul lunar criada há mais de 4 bilhões de anos, com 13 quilômetros de profundidade e um diâmetro de 2.500 quilômetros. É a maior e mais antiga dessas crateras na Lua, podendo portanto fornecer informações valiosas sobre o satélite natural da Terra, comunicou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

A pequena bandeira, que a agência disse ser feita de materiais especiais, surgiu num braço retrátil implantado na lateral do módulo e não foi colocada no solo lunar, de acordo com uma animação da missão divulgada pela agência.

O retorno das amostras lunares à Terra está sendo acompanhado por cientistas de todo o mundo, que esperam que o solo coletado pela Chang'e-6 possa ajudar a responder questões sobre as origens do sistema solar.

As missões para o lado oculto da Lua são mais difíceis porque elas não ficam de frente para a Terra, exigindo um satélite retransmissor para manter as comunicações. O terreno também é mais acidentado, com menos áreas planas para pousar.

A missão é a sexta do programa de exploração lunar Chang'e, que leva o nome de uma deusa lunar chinesa , e a segunda projetada para trazer amostras (a outra foi o Chang'e 5, que o fez do lado visível da Lua em 2020).

ip/as (AP, Reuters, AFP)

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