Pela primeira vez, ruído audível do vento marciano é captado. Amostra foi enviada pela sonda InSight, que tem como missão descobrir como planetas rochosos se formaram, ajudando a entender melhor a Terra.
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A sonda InSight registrou pela primeira vez o som do vento em Marte, divulgou nesta sexta-feira (07/12) a Nasa. Essa foi a primeira amostra enviada à Terra pelo aparelho que pousou no planeta vermelho em 26 de novembro.
O ruído de baixa frequência das rajadas de vento, que sopravam numa velocidade entre 16 e 24 quilômetros por hora, foi capturado enquanto elas passavam sobre os paneis solares da sonda.
"Estes são os primeiros 15 minutos de dados que vieram do sismômetro de curto período. Parece um pouco com uma bandeira ao vento”, afirmou Thomas Pike, pesquisador do Imperial College London. "Realmente soa, porém, como de outro mundo”, acrescentou.
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Já para Don Banfield, da Universidade Cornell, o som se parece com uma ventania de uma tarde de verão. "Em algum sentido, é assim que soaria se estivesse sentado na InSight em Marte”, afirmou.
As vibrações foram captadas por dois sensores: um de pressão que está dentro da InSight e faz parte da estação meteorológica e por um sismômetro localizado no convés da sonda. As baixas frequências são resultado da fina densidade do ar em Marte e também do aparelho, que será usado para detectar ondas sísmicas subterrâneas, bem abaixo do limite da audição humana.
A InSight foi desenvolvida para estudar o interior do planeta vermelho numa missão inédita, usando instrumentos sísmicos para detectar tremores e uma sonda de fluxo de calor para testar a condutividade térmica.
Segundo Bruce Banerdt, da Nasa, sentir o vento foi uma surpresa não planejada. Em 1976, as sondas Viking 1 e 2, da agência espacial americana, já haviam captados sinais do vento marciano. Ele foi medido em taxas de amostragem mais baixas e em frequências não audíveis.
A Nasa disponibilizou uma faixa de áudio do vento em seu site.
CN/ap/afp
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Em 1997, a sonda Pathfinder conseguiu transportar o rover Sojourner, primeiro veículo motorizado a passear sobre o planeta vermelho. Duas décadas depois, robôs modernos da Nasa exploram a superfície marciana.
Foto: NASA/JPL
Primeiro veículo em Marte
Em 4 de julho de 1997, chegou a hora: o rover da Nasa Mars Sojourner percorreu os primeiros centímetros sobre o planeta vermelho. Foi a primeira vez que um robô móvel se movimentou quase de forma autônoma sobre Marte. Ele estava equipado com câmeras ópticas e um espectrômetro de raios-X para análise química do solo.
Foto: NASA/JPL
Sempre perto da nave-mãe
Aqui se vê a sonda Pathfinder. Ela conseguiu assentar o Sojourner de forma segura na superfície de Marte – amortecido por airbags espalhados pelo solo. Depois do início da rolagem, o robô pôde até mesmo medir a abrasão de suas rodas. Isso foi importante para a preparação de outras missões com Mars Rovers, veículos exploradores de Marte.
Foto: NASA/JPL
Quase quatro meses em ação
O robô Sojourner permaneceu em atividade até 27 de setembro de 1997. Em seu tempo de vida, ele percorreu cerca de cem metros. Aqui é uma das últimas fotos que a sonda Pathfinder fez de seu acompanhante – nove dias antes de a comunicação ser interrompida. Provavelmente, a bateria não suportou as baixas temperaturas noturnas.
Foto: NASA/JPL
Um nanico e seus grandes sucessores
Esta foto mostra funcionários da NASA junto a maquetes de três gerações de Mars Rovers. O pequeno, à frente, é o Sojourner – com 10,6 kg, ele não era maior que um carro de brinquedo, sua velocidade: 1 cm/s. Já os 185 kg do Opportunity equivalem a mais que uma cadeira de rodas elétrica. Com 900 kg, o Curiosity corresponde ao peso de um carro pequeno. A velocidade dos dois maiores chega a 5 cm/s.
Foto: NASA/JPL-Caltech
Tecnologia pioneira
Sem a experiência com o rover Sojourner, as três missões seguintes de exploração de Marte teriam sido impensáveis. Em 2004, a Nasa enviou dois robôs idênticos: Spirit conseguiu durar sete anos e percorreu 7,7 quilômetros. O veículo superou montanhas, recolheu amostras do solo e sobreviveu ao inverno e a tempestades de areia. Opportunity está até hoje em atividade.
Foto: picture alliance/dpa
Aperfeiçoamentos técnicos
Já em 2015, o Opportunity conseguiu percorrer a distância de uma maratona: 42 km. O robô possui um braço mecânico que lhe permite recolher amostras do solo, além de três diferentes espectrômetros e câmeras 3D. Atualmente, ele se encontra no Perseverance Valley, ou Vale da Perseverança. Depois de mais de 13 anos, também o próprio robô tem provado ser muito persistente e perseverante.
Foto: picture-alliance/dpa
Robô gigante
Curiosity é o maior e mais moderno de todos os Mars Rovers. Ele pousou em 6 de agosto de 2012 no planeta vermelho. Desde então, percorreu 17 quilômetros e ainda continua em forma. Uma bateria de isótopo radioativo lhe garante a energia, que praticamente nunca vai se esgotar. Também chamado de "Laboratório de Ciência de Marte", o Curiosity é um laboratório científico sobre rodas.
Foto: picture-alliance/dpa/Nasa/Jpl-Caltech/Msss
Interior impressionante
O Curiosity possui espectrômetros especiais que, com o uso de laser, podem analisar amostras a distância. Uma estação meteorológica integrada mede, além da temperatura, também pressão atmosférica, umidade, radiação e velocidade do vento. Além disso, o robô possui uma unidade de análise para a determinação de compostos orgânicos – sempre em busca de vida extraterrestre.
Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Além da superfície
O braço do Curiosity está equipado com uma verdadeira broca. Na foto, pode-se ver o robô recolhendo uma amostra na cratera Gale.
Foto: NASA/JPL-Caltech
No laboratório
A tecnologia sofisticada do Curiosity permitiu, pela primeira vez, armazenar as amostras recolhidas nos mais diversos aparelhos de análise científica. Primeiro, as partículas passam por um sistema de filtragem. Depois, por meio de vibração, elas são classificadas em diferentes tamanhos e redistribuídas.
Foto: picture alliance/AP Photo/NASA
Paisagens inspiradoras
Estas imagens vão ficar na memória da maioria das pessoas. Esta foto foi tirada pela câmera de mastro da Curiosity. De alguma forma, ela não parece tão incomum e lembra desertos do nosso planeta. Dá vontade de ir lá ou é melhor deixar Marte para os robôs?