Inicialmente programada para este ano, jornada de uma semana em torno do satélite terrestre é postergada para meados de 2019. Nova data e causas do adiamento não são divulgadas.
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A empresa americana Space X adiou a viagem turística ao redor da Lua programada para este ano. O projeto foi postergado para meados de 2019, segundo divulgou nesta segunda-feira (04/06) o jornal The Wall Street Journal.
De acordo com a publicação, a empresa não anunciou a nova data da viagem. As causas do adiamento não são conhecidas, mas poderiam ser um sinal de que os desafios técnicos e de produção estariam atrapalhando os planos do chefe da SpaceX, Elon Musk, de explorar comercialmente o sistema solar.
A SpaceX também estaria enfrentado ainda o receio da indústria em relação à demanda de mercado para seu foguete Falcon Heavy, acrescentou o The Wall Street Journal.
Foguete mais potente do mundo lança carro ao espaço
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No projeto da viagem ao redor da Lua, os turistas fariam o percurso a bordo da nave espacial Dragon, que decolaria de uma plataforma do complexo de Cabo Canaveral, na Flórida, a mesma do lançamento das missões lunares do programa Apollo. O foguete a ser usado na missão é um Falcon Heavy, cujo primeiro teste ocorreu há apenas quatro meses.
Segundo o porta-voz da SpaceX, James Gleeson, a empresa continua planejando as viagens turísticas ao redor da Lua e há crescente interesse de clientes.
Em fevereiro do ano passado, Musk anunciou que dois turistas fariam uma viagem ao redor da Lua no fim de 2018. Os escolhidos, que não tiveram o nome revelado, haviam feito um depósito substancial para a jornada, que deverá durar cerca de uma semana. O valor do passeio não foi divulgado.
Segundo os planos da SpaceX, a aeronave vai circundar a Lua, sem pouso lunar. A trajetória é muito semelhante à da missão Apollo 8, que circundou o satélite natural e retornou à Terra em 1968.
A viagem seria um marco no turismo e na história da exploração espacial. Desde as missões Apollo de 1960 e 1970, os Estados Unidos não enviam astronautas à Lua.
Além da viagem lunar, a SpaceX planeja enviar astronautas à Agência Espacial Internacional (ISS), sob contrato da Nasa. Incialmente programada para meados de 2018, essa missão deverá ocorrer apenas no fim deste ano. Observadores, no entanto, acreditam que o voo pode acontecer somente 2019.
Em comunicado, a empresa afirmou que lançará a viagem turística assim que as missões para Nasa estiverem em andamento.
CN/afp/ots
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Os trens mais rápidos do mundo
Em Nevada, nos EUA, está sendo desenvolvido um novo trem-bala, mais rápido do que um avião em velocidade de cruzeiro. Quão realista é o projeto e quais outros trens super-rápidos já existem?
Foto: Hyperloop Technologies
Mais de 1.200 km/h
A ideia é de Elon Musk, fundador da empresa espacial SpaceX e da montadora Tesla. Ele ambiciona um sistema de transporte pneumático que ligue São Francisco e o Vale do Silício a Los Angeles, na Califórnia.
Foto: Hyperloop Technologies
Quase sem resistência no vácuo
O Hyperloop é especial porque dentro dos tubos a pressão será mais baixa do que fora. O vácuo total é impossível de atingir num sistema deste porte, mas bombas de vácuo convencionais conseguem reduzir a pressão o suficiente a ponto de diminuir drasticamente a resistência do ar dentro dos tubos.
Foto: Hyperloop Technologies
Não só na terra
O sistema também poderia ser usado sob a água. O projeto ainda está em fase de experiência com miniaturas. A empresa Hyperloop Technologies adquiriu uma área em Las Vegas para testar os modelos.
Foto: Hyperloop Technologies
Flutuando no ar
Os estreitos vagões do Hyperloop devem flutuar sobre um colchão de ar que eles mesmos formam ao se locomoverem em alta velocidade – que pode chegar a 1.200 quilômetros por hora. Para se ter uma ideia, um avião comercial voa a até 900 km/h. No caso do Hyperloop, ainda há preocupações básicas: os passageiros podem suportar tamanha aceleração? E como prestar primeiros socorros em caso de acidente?
Foto: picture-alliance/SpaceX via AP/P. Larson
Metrô suíço
A ideia dos tubos de vácuo não é assim tão nova. Engenheiros suíços já bolaram um sistema de túneis para ligar as principais cidades do país. Os trens também flutuariam, mas de forma eletromagnética e atingiriam 500 km/h.
Foto: picture-alliance/dpa/Swissmetro
Quase como voar
Um sistema semelhante está sendo implementado no Japão: o trem magnético Maglev. Apenas um seleto grupo de pessoas pode testá-lo. O trecho entre Tóquio e Nagoya deve entrar em funcionamento em 2027. Os trens devem atingir 500 km/h.
Foto: picture-alliance/dpa
Transporte por levitação
Maglev é a abreviatura de "magnetic levitation", ou seja, levitação magnética. Trens de levitação magnética são meios de transporte terrestre guiados. Forças magnéticas os mantêm suspensos no ar. Eles são impulsionados e freados sobre as linhas. Como não há atrito, há muito menos desgaste.
Foto: picture-alliance/AP/Yomiuri Shimbun
Em uso na China
O Transrapid de Xangai é o trem mais rápido do mundo em operação. Ele usa a mesma tecnologia de levitação magnética que o Maglev japonês, e tem uma velocidade operacional de 430 quilômetros por hora. O trem transporta passageiros da periferia de Xangai até o aeroporto e leva oito minutos para cumprir o percurso de 30,5 quilômetros.
Foto: picture-alliance/dpa
Inventado na Alemanha
O modelo de Xangai foi criado por Siemens e ThyssenKrupp na Alemanha. O original transitou pela primeira ver em 1983 numa pista de testes no norte da Alemanha. Embora tivessem sido desenvolvidas muitas ideias sobre traçados para trens magnéticos na Alemanha, os projetos não obtiveram apoio político. Razão para isso foi a evolução do sistema ferroviário clássico.
Foto: picture-alliance/dpa
ICE em vez de trem magnético
A companhia ferroviária alemã Deutsche Bahn prefere trens de alta velocidade do tipo Velaro, produzidos pela Siemens, pois eles podem ser facilmente integrados em redes já existentes. Em 1988, o trem rápido alemão ICE atingiu o recorde de velocidade de 406,9 km/h. Normalmente, no entanto, ele anda no máximo a 300 km/h. Os trens Velaro circulam na Espanha, China, Rússia, Turquia e no Reino Unido.
Foto: imago/imagebroker
De Pequim a Xangai a 380 km/h
Os trens de alta velocidade Velaro não dispõem de locomotiva, mas motores distribuídos nos eixos. O mais rápido, o Harmony CRH 380A, está em circulação na China. Num teste em 2010 ele atingiu 486 km/h. No trecho entre Xangai e Pequim, a velocidade operacional dele é de 380 km/h.
Foto: imago/UPI Photo
O TGV francês
O mais rápido de todos os trens convencionais é o TGV (abreviatura de "train à grande vitesse" – trem de alta velocidade). Ele está em circulação desde 1981. Sua versão mais moderna, AGV (foto), atingiu 574 km/h em 2007, mas a velocidade máxima operacional é 320 km/h. Trens construídos com base no TGV estão em circulação na Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália e no Reino Unido.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Sasso
Japão, pioneiro em velocidade
Já antes do TGV na França, o Japão colocou em circulação o Shinkansen. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, o antecessor deste modelo já circulava regularmente a 210 km/h. Hoje, sua velocidade operacional é de 320 km/h.
Foto: cc-by-sa/D A J Fossett
Velocidade não é tudo
Em 2017, a Deutsche Bahn receberá um novo trem: será a versão 4 do ICE. Ele terá 12 vagões, com 350 metros de comprimento e 830 poltronas. Mas sua velocidade máxima será de apenas 250 km/h. Assim, o novo ICE consumirá muito menos energia, o que é bom para o meio ambiente.