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SPD abre caminho para nova coalizão com partido de Merkel

7 de dezembro de 2017

Social-democratas decidem, por ampla maioria, estabelecer conversas sobre possíveis negociações para formar governo com conservadores. Se aliança falhar, Alemanha pode ter novas eleições.

Angela Merkel e Martin Schulz
CDU de Merkel e SPD de Schulz devem iniciar conversas de sondagem nos próximos diasFoto: Getty Images/S. Gallup

Após horas de debate, o Partido Social-Democrata (SPD) abriu caminho nesta quinta-feira (07/12) para uma nova coalizão de governo com os partidos conservadores União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal Angela Merkel, e União Social Cristã (CSU).

Reunidos em Berlim, os cerca de 600 delegados do SPD votaram por ampla maioria pelo estabelecimento de conversas prévias "com resultado em aberto" com os conservadores. Se o diálogo entre SPD e CDU/CSU falharem, a Alemanha pode ter um governo minoritário de Merkel ou novas eleições.

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Martin Schulz – reeleito líder do SPD nesta quinta-feira, com 81,9% dos votos – havia pedido que os membros do partido deixassem de lado sua relutância em novamente se unir ao partido de Merkel e à legenda-irmã CSU numa grande coalizão. "Não precisamos governar a qualquer preço, mas também não podemos não querer governar a qualquer preço", disse.

Sem acordo para uma coalizão, o que acontece?

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Para Schulz, o SPD deve fortalecer a Europa, se preocupar com o futuro do trabalho na era digital, impulsionar uma revolução da educação, combater as mudanças climáticas e tornar as redes sociais mais seguras. "Para isso, queremos conversar, com o resultado em aberto, e ver a que soluções em termos de conteúdo podemos chegar", declarou.

O partido de Merkel saudou a decisão dos social-democratas. "O objetivo da CDU/CSU é formar um governo estável e confiável para o nosso país", disse o secretário-executivo da CDU, Klaus Schüle. "O partido vai discutir os próximos passos numa reunião da comissão executiva no domingo e na segunda-feira."

"Serão negociações difíceis, mas está claro que a Alemanha precisa de um governo estável", afirmou, por sua vez, o secretário-geral da CSU, Andreas Scheuer.

Apesar de a maioria dos social-democratas ter votado a favor das conversas prévias, uma série de delegados do partido de pronunciou, em discursos inflamados, contra uma reedição da parceria com a CDU/CSU.

Após a eleição federal de setembro deste ano – nas quais o SPD obteve seu pior resultado desde 1949 –, os social-democratas anunciaram que voltariam à oposição.

Com isso, a Alemanha ficou diante de uma formação inédita de governo: a chamada coalizão "Jamaica", uma alusão à semelhança entre as cores da União Democrata Cristã (CDU), do Partido Liberal Democrático (FDP) e do Partido Verde, e a bandeira do país caribenho.

No entanto, as sondagens entre os partidos fracassaram após o FDP anunciar que estava abandonando a mesa de negociações, no último dia 19 de novembro, complicando o futuro de um quarto mandato de Merkel como chanceler federal.

As primeiras conversas entre líderes da CDU/CSU e do SPD devem acontecer já na próxima semana. Em janeiro, deve haver uma votação sobre sobre possíveis negociações de coalizão. Um possível acordo de coalizão ao fim das negociações teria, então, que ser aprovado por todos os 440 mil membros do SPD via votação por carta. 

LPF/dpa/rtr/afp

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