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SPD diz "sim" à coalizão com CDU de Angela Merkel

14 de dezembro de 2013

Com 75,96% de votos favoráveis em consulta interna, social-democratas abrem caminho para uma grande coalizão na Alemanha, com CDU e CSU. E também para o terceiro mandato de Merkel como chanceler federal.

Foto: John MacDougall/AFP/Getty Images

Está aberto o caminho para uma grande coalizão para governar a Alemanha pelos próximos quatro anos. Em consulta interna realizada pelo Partido Social-Democrata (SPD) – a segunda legenda mais votada nas eleições de setembro passado para o Bundestag (Câmara baixa do Parlamento alemão) – 75,96% dos filiados mostraram-se favoráveis à composição com a União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal Angela Merkel, e a sua parceira bávara, a União Social Cristã (CSU).

O resultado da consulta foi anunciado em Berlim neste sábado (14/12) pela presidente da comissão de contagem de votos do SPD, Barbara Hendricks. Com o aval dos social-democratas, foi dado o sinal verde para que Merkel seja escolhida pelo Parlamento, já na próxima terça-feira, para um terceiro mandato como chefe do governo alemão.

A participação de filiados na consulta chamou a atenção – quase 78% opinaram sobre o destino do SPD, índice bem acima dos 20% mínimos necessários. Ao todo, 369.680 pessoas votaram. Entre os votos válidos, 256.643 registraram "sim" e 80.921, "não". A contagem foi feita durante toda a manhã de sábado por 400 voluntários.

"Há muito tempo eu não tinha tanto orgulho de ser social-democrata como nessas últimas semanas e meses", disse o presidente do SPD, Sigmar Gabriel.

Ao integrar a grande coalizão, o SPD receberá seis ministérios. Ao que tudo indica, Gabriel ocupará a pasta da Economia e Energia. O líder da bancada social-democrata no Parlamento, Frank-Walter Steinmeier, deverá ser indicado para o Ministério do Exterior; a secretária-geral Andrea Nahles para o de Trabalho; a vice-presidente do partido, Manuela Schwesig, para o da Família, e o secretário de Finanças do estado do Sarre, Heiko Mass, para o da Justiça. Bárbara Hendrick, tesoureira do SPD, deve ficar com o Ministério do Meio Ambiente.

Gabriel (d) deve ocupar Ministério de Finanças e Energia, e Steinmeier (e), o do ExteriorFoto: picture-alliance/dpa

Na nova configuração do governo alemão, a CDU ficará com cinco ministérios (Interior, Finanças, Defesa, Saúde e Educação) e a CSU, com outros três (Transporte e Infraestrutura Digital, Agricultura e Alimentação, e Cooperação Econômica e Desenvolvimento).

Nas eleições parlamentares do dia 22 de setembro, o SPD conquistou apenas 25,7% dos votos, chegando em segundo lugar, bem atrás dos 41,5% da CDU. Para o partido de Merkel, porém, faltaram apenas cinco assentos para conquistar a maioria absoluta no Bundestag. Muitos social-democratas mostraram-se céticos em relação a uma união do partido com a CDU/CSU. Agora, o acordo deve ser assinado nesta segunda-feira.

Caso a maioria dos filiados ao SPD tivesse votado "não", CDU e SPD teriam que passar por grandes turbulências. A permanência da direção dos social-democratas ficaria ameaçada. Já para Merkel restaria como opção apenas uma nova tentativa de aproximação com o Partido Verde. Em último caso, poderia ainda haver até mesmo a convocação de uma nova eleição.

MSB/dpa/afp