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Standard & Poor's rebaixa ainda mais a nota do Brasil

17 de fevereiro de 2016

Avaliação cai para BB, e perspectiva é negativa. Agência destaca desafios enfrentados pelo governo para recuperar a economia e afirma que processo de ajuste será mais longo do que esperado.

Foto: picture-alliance/dpa

A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou nesta quarta-feira (17/02) a nota de crédito do Brasil de BB+ para BB, com perspectiva negativa, o que significa que a tendência é que ela volte a ser reduzida nos próximos meses.

A agência destacou os desafios enfrentados pela presidente Dilma Rousseff, que tenta recuperar a confiança dos investidores e tirar a economia da recessão. Com o rebaixamento da nota, a S&P avaliou que o processo de ajuste econômico será mais longo do que o esperado.

"Os desafios políticos e econômicos que o Brasil enfrenta continuam consideráveis e esperamos agora um processo de ajuste mais longo – uma correção mais lenta da política fiscal, bem como mais um ano de retração na economia", afirmou a agência em comunicado, ressaltando que a atual situação política instável é um fator fundamental na decisão.

Em setembro, a Standard & Poor's retirara o selo de bom pagador do país. Na época, a agência citou os desafios políticos que pesavam sobre a capacidade do governo de submeter ao Congresso um orçamento coerente com o ajuste fiscal proposto pela presidente como um dos motivos para a decisão.

A S&P foi a primeira agência a retirar o grau de investimento do país. A decisão foi seguida pela Fitch. Somente a Moody's mantém o Brasil com o selo de bom pagador.

As agências de classificação de risco, como Standard & Poor's, Fitch e Moody's, atribuem notas a países ou empresas de acordo com a avaliação que fazem da capacidade do país de pagar suas dívidaselo governo . Essa nota serve para que investidores saibam o grau de risco dos títulos que estão adquirindo.

CN/afp/abr/rtr

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