Graças ao sucesso do mais recente episódio da saga, empresa registrou lucro de 2,9 bilhões de dólares no primeiro trimestre fiscal de 2016. Valor da marca Star Wars é avaliado em 10 bilhões de dólares.
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A Walt Disney anunciou um lucro trimestral recorde na história da empresa, impulsionado em grande parte pelo sucesso do sétimo filme da saga Guerra nas Estrelas, Star Wars: O Despertar da Força. O grupo divulgou nesta terça-feira (09/02) que teve um lucro líquido de 2,9 bilhões de dólares no primeiro trimestre fiscal de 2016, que engloba os três últimos meses de 2015.
Esse valor representa um aumento de 32% nos ganhos da empresa em relação ao mesmo período do ano anterior. O presidente da Disney, Bob Iger, afirmou que os bons resultados foram impulsionados pelo "sucesso fenomenal" de Star Wars: O Despertar da Força.
No último sábado, a mais recente aventura de Han Solo e Luke Skywalker, que estreou em dezembro passado, alcançou a marca de 2 bilhões de dólares em bilheteria mundial. O longa já ocupa o posto de terceiro filme de maior sucesso da história, atrás apenas de Avatar, com 2,8 bilhões de dólares em bilheteria, e Titanic, com 2,2 bilhões de dólares.
Um estudo recente da consultoria Brand Finance revelou que a Disney se tornou a marca mais forte do mundo graças ao filme. A análise avaliou o valor da marca Star Wars em 10 bilhões de dólares. Os 4 bilhões de dólares que a empresa pagou a George Lucas em 2012 por seu império parecem, portanto, ter sido um ótimo investimento.
Quebra de recordes
O sétimo episódio da saga já havia quebrado recordes antes do anúncio do balanço trimestral da Disney. Em seu primeiro dia de exibição nos Estados Unidos, arrecadou 57 milhões de dólares, superando a marca que antes pertencia a Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, de 2011, com arrecadação de 43,5 milhões de dólares.
O longa alcançou ainda a marca de 1 bilhão de dólares em bilheteria apenas 12 dias após a sua estreia, quebrando mais um recorde.
Para a Disney, os lucros não estão relacionados apenas à bilheteria. Desde dezembro, a empresa faturou centenas de milhões de dólares com produtos da marca Star Wars. Há tempos que a venda de brinquedos e acessórios se revelou um negócio lucrativo para a empresa.
Produtos da animação Frozen, por exemplo, estão em alta há anos. "A Disney se vende como o lugar mais feliz do mundo, o que mostrou se aplicar não somente aos clientes, mas também aos investidores", afirma um especialista da Brand Finance.
Preocupação, apesar do sucesso
Apesar do enorme sucesso de Star Wars, nem tudo corre perfeitamente na gigante do entretenimento, da qual fazem parte outras empresas, como Pixar e Marvel, parques de diversão, resorts e até navios de cruzeiro.
A fonte de renda mais importante do grupo é a divisão de mídia, que possui a emissora americana ABC como carro-chefe, além de vários canais Disney e ESPN. A situação é crítica justamente no canal esportivo. Somente nos últimos dois anos, a ESPN perdeu mais de 7 milhões de assinantes.
No primeiro trimestre fiscal de 2016, o segmento de TV a cabo do grupo teve uma queda de 6% na receita operacional, fechando em 1,4 bilhão de dólares.
CN/dpa/rtr
Guerra nas Estrelas ontem e hoje
Relaxe, está chegando a hora. Relembre os pontos altos da saga de George Lucas, enquanto se prepara para assistir ao novo episódio, "O despertar da força", que chega aos cinemas brasileiros dia 17 de dezembro.
Foto: imago/EntertainmentPictures
Retorno de Han, Leia e Luke
Os fãs de Star Wars estão tão ansiosos para ver "O despertar da Força", o mais recente filme da saga, que os sites de vendas antecipadas de ingressos saíram temporariamente do ar nos EUA e Reino Unido. O filme, que estreia em 17 de dezembro no Brasil, marcará o retorno de personagens importantes, como Han Solo, Luke Skywalker e Princesa Leia, vividos pelos mesmos atores do elenco original.
Foto: imago/EntertainmentPictures
O início de uma história de sucesso
Comprada pela Disney em 2012, a Lucasfilm revelou há mais de um ano que Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill – hoje com 73, 64 e 59 anos, respectivamente – interpretariam novamente os personagens que encarnaram no primeiro "Guerra nas Estrelas", de 1977. Esta foto mostra os três junto ao criador da saga, George Lucas (segundo da esquerda).
Foto: picture alliance/kpa
Novos talentos e atores consagrados
John Boyega (foto) está entre os atores mais jovens a estrelarem o sétimo episódio da série épica espacial, junto com Daisy Ridley. Ambos os atores britânicos têm 23 anos. Também fazem parte do elenco Adam Driver ("Lincoln"), Oscar Isaac ("Inside Llewyn Davis - Balada de um homem comum"), Andy Serkis ("O Senhor dos Anéis"), Domhnall Gleeson ("Harry Potter") e o veterano de 86 anos Max von Sydow.
Foto: Getty Images
Celebrando o culto a "Guerra nas Estrelas"
Enquanto esperam o novo filme – o último longa da saga, "A vingança dos Sith", foi lançado em 2005 –, os fãs têm encontrado maneiras de celebrar os personagens da franquia ano após ano. Foi criado o Star Wars Day (Dia de Guerra nas Estrelas), celebrado em 4 de maio por causa do trocadilho "may the fourth" com a famosa frase "que a força esteja com você" ("may the force be with you", em inglês).
Foto: DW
Criador e criatura
O cineasta americano George Lucas é o criador deste conto de fadas moderno ambientado em um mundo de ficção científica. Ele foi diretor e roteirista de quatro filmes da franquia – e fez uma ponta como ator em "A vingança dos Sith" (2005). Na foto, ele conversa com o ator Anthony Daniels, vestindo o traje do robô C-3PO, no cenário de "Guerra nas Estrelas Episódio IV: Uma Nova Esperança" (1977).
Foto: imago/AD
Negócio bilionário
A luta entre as forças democraticamente orientadas e as tirânicas é tema central em "O retorno de Jedi" (1983). A franquia de George Lucas o tornou bilionário. Além dos filmes, uma galáxia de produtos com a marca "Star Wars", incluindo roupas e brinquedos, faz a cabeça dos fãs há décadas. E bilhões de dólares devem continuar a se acumular com o lançamento do primeiro filme da terceira trilogia.
Foto: imago/AD
Benção ou maldição?
O sucesso extremo da série teve um forte impacto na carreira de Mark Hamill. Ele se tornou um monumento, através de sua interpretação de Luke Skywalker, treinado pelo Mestre Yoda para se tornar um jedi em "O Império contra-ctaca" (1980). No entanto, se tornou difícil para ele estrelar outros filmes depois, já que sua imagem estava tão fortemente associada ao protagonista da saga.
Foto: imago/EntertainmentPictures
O lado negro da Força
Depois de "Uma nova esperança" (1977), George Lucas só retomou o posto de diretor em "A ameaça fantasma" (1999), primeiro filme da segunda trilogia. Cronologicamente, o episodio se passa antes dos três primeiros filmes e explica por que Anakin Skywalker, treinado por Obi-Wan Kenobi, trocou a Ordem Jedi pelo lado negro da Força e se tornou Darth Vader.
Foto: Getty Images
Armas iluminadas
Assim como o bordão "que a força esteja com você", nenhum filme da série seria completo sem um espetacular duelo de sabres de luz. Em "Ataque dos clones" (2002), os Jedi e os Sith também lutam com a lendária arma futurista. Na foto, Ewan McGregor, como Obi-Wan Kenobi, e Hayden Christensen, como Anakin Skywalker.
Foto: imago/Unimedia Images
Qual é a trama do sétimo Star Wars?
A luta pelo poder no espaço possivelmente continua em "Episódio VII: O despertar da Força", dirigido por J.J. Abrams. A história se passa 30 anos após os eventos descritos em "Episódio VI: O retorno de Jedi" (1983). Embora maiores detalhes sobre a trama tenham sido mantidos em sigilo, três trailers já divulgados dão pistas sobre os desafios que os protagonistas terão de enfrentar.