Pouco antes do fim do ultimato, nesta sexta-feira (03/01), o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter-Steinmeier, fez um apelo veemente aos seqüestradores iraquianos, para que entrem em contato com o governo alemão e soltem os dois engenheiros raptados no dia 24 de janeiro.

"Thomas Nitzschke e René Bräunlich encontravam-se no Iraque para contribuir com a melhoria das condições de vida dos habitantes do país. A chanceler federal alemã e eu apelamos – também em nome dos alemães – que soltem Thomas Nitzschke e René Bräunlich intactos. Lamentamos não ter conseguido estabelecer contato direto", disse Steinmeier, em seu apelo, gravado pela rede de televisão alemã ZDF e transmitido pela Al Jazeera.

Apesar de esforços intensivos, diplomatas, autoridades de segurança e serviços secretos não haviam conseguido, até o final da tarde, contatar os seqüestradores, que ameaçam matar os dois engenheiros, caso a Alemanha não atenda às suas reivindicações, entre elas, o fechamento da embaixada em Bagdá.

A força-tarefa que acompanha o caso em Berlim desconfia que os seqüestradores não tenham interesse em negociar. As tentativas de estabelecer contato através de mediadores teriam fracassado. Tanto o presidente alemão Horst Köhler quanto a chanceler federal Angela Merkel também manifestaram-se preocupados com a situação dos seqüestrados.