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Steinmeier pede que países do Golfo ajudem refugiados

19 de outubro de 2015

Ministro do Exterior alemão apela para que Arábia Saudita e nações da região façam mais pelos que fogem da guerra e da violência no Oriente Médio. Rei saudita rejeita negociações sobre paz na Síria com presença do Irã.

Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka

O ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu nesta segunda-feira (19/10) que a Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico façam mais pelas centenas de milhares de pessoas fugindo da guerra e da violência no Oriente Médio.

"Claro que queremos que todo o Golfo Pérsico participe da ajuda humanitária aos refugiados", disse o ministro, após reunião com o rei saudita Salman bin Abdulaziz al-Saud na capital Riad.

Steinmeier, em viagem de quatro dias à região, disse que isso também se aplica ao acolhimento de refugiados. Estados ricos do Golfo têm enfrentado críticas pela relutância em receber migrantes sírios.

De acordo com a ONU, a Arábia Saudita abrigava 561 refugiados e 100 requerentes de asilo em dezembro do ano passado. No entanto, Riad forneceu mais de 92 milhões de dólares em ajuda à Agência da ONU para Refugiados (Acnur) no ano passado.

Steinmeier também afirmou que não vê chances de novas negociações com a Síria com participação das potências regionais do Golfo Pérsico, depois de destacar as grandes diferenças que ainda existem entre Irã e Arábia Saudita.

Após conversa com o rei Salman, Steinmeier observou que a Arábia Saudita continua a ter "profunda desconfiança" em relação ao Irã. "Neste momento, é muito difícil superar as diferenças profundas", disse.

O rei saudita assegurou-lhe, no entanto, que está interessado ​em uma solução política para a crise síria. Antes de Riad, Steinmeier viajou ao Irã, cujo governo manifestou disposição de conversar com todos os países vizinhos.

A Alemanha está tentando, junto com outros países, promover novas conversações sobre a Síria, nas quais pretende incluir as potências regionais e a Turquia. No entanto, Irã e Arábia Saudita formam dois blocos difíceis de serem conciliados, já que o Irã e a Rússia apoiam o regime de Bashar al-Assad, e os sauditas, vários grupos rebeldes que querem derrubar o líder sírio.

MD/dpa/rtr

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