Submarino da Segunda Guerra é encontrado 75 anos depois
12 de novembro de 2019
Embarcação americana estava desaparecida desde 1944, quando foi atacada por aeronaves japonesas. Destroços são agora localizados por grupo de exploradores no Mar da China Oriental, a mais de 400 metros de profundidade.
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Um submarino dos Estados Unidos que desapareceu há 75 anos foi encontrado no fundo do Mar da China Oriental, segundo informou nesta segunda-feira (11/11) o grupo Lost 52 Project, que busca embarcações americanas desaparecidas.
Com uma tripulação de 80 membros, o submarino USS Grayback sumiu do mapa em 1944, após ser atacado por aeronaves japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.
Agora, seus destroços foram achados na costa de Okinawa, no Japão, pelo explorador Tim Taylor e sua equipe do Lost 52 Project, que se dedica a procurar e fornecer informações sobre submarinos e marinheiros americanos desaparecidos na Segunda Guerra.
O USS Grayback nunca havia sido encontrado em parte porque as informações registradas pelos japoneses sobre o local em que o submarino afundou foram traduzidas incorretamente, causando um erro de localização de ao menos 160 quilômetros e levando a um mistério de 75 anos.
O Lost 52 Project conseguiu finalmente localizar o submarino depois de examinar documentos militares com as coordenadas corretas. O grupo usou veículos subaquáticos autônomos para encontrar os destroços, o que ocorreu em 5 de junho deste ano, cerca de 80 quilômetros ao sul de Okinawa, a uma profundidade de 430 metros.
"A confirmação do local como sendo de uma embarcação militar afundada da Marinha dos EUA garante que ela seja protegida contra perturbações, salvaguardando o local de descanso final de nossos marinheiros", disse Taylor, iniciador do projeto.
As famílias dos 80 tripulantes a bordo do submarino foram informadas sobre a descoberta.
Kathy Taylor, cujo tio John Patrick King estava no submarino, afirmou que a descoberta traz finalmente um desfecho ao caso. "Desde que eu era uma garotinha, prometi que iria encontrá-lo ou procurá-lo ou manter sua memória viva", disse ela em entrevista à emissora americana ABC News.
O USS Grayback foi um dos 52 submarinos americanos perdidos em ação, e acredita-se que ele tenha afundado pelo menos 14 navios durante a guerra, tendo sido condecorado por isso mais tarde.
Mais de 70 anos após o conflito mundial, estima-se que milhares de explosivos continuem escondidos em solo alemão. Todos os anos, peritos desarmam cerca de 5 mil bombas, além de toneladas de outras munições.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Bockwoldt
Caos no coração de Berlim
Uma bomba da Segunda Guerra Mundial provocou caos na movimentada região em torno da estação central de Berlim em 20 de abril de 2018. O artefato de 500 quilos foi encontrado por trabalhadores de uma construção na área. Cerca de dez mil pessoas tiveram que deixar suas casas. A estação ferroviária e partes do centro da cidade foram bloqueadas e evacuadas.
Foto: picture-alliance/dpa/Polizei Berlin
Megaoperação em Frankfurt
A maior operação para o desarmamento de uma bomba da Segunda Guerra Mundial na Alemanha ocorreu em Frankfurt. Mais de 60 mil pessoas – cerca de 8% da população da cidade – foram obrigadas a deixar suas casas em 3 de setembro de 2017. Muitos aproveitaram o tempo em museus ou foram ao centro de exposições da cidade, onde comida e sofás foram disponibilizados.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Arnold
Outras grandes cidades
Em maio de 2017, cerca de 50 mil pessoas tiveram que deixar suas casas em Hannover para que especialistas desativassem ao menos cinco bombas encontradas numa obra. Dois meses antes, em Düsseldorf (foto), a descoberta de um artefato de 500 quilos levou à retirada de 8 mil moradores.
Foto: picture alliance/dpa/R.Weihrauch
Uma bomba no Natal
Em 2016, especialistas em Augsburg, no sul da Alemanha, precisaram agir em pleno Natal para desarmar uma bomba de quase duas toneladas. Após 12 horas de muito trabalho, o artefato foi neutralizado, e as cerca de 54 mil pessoas retiradas de suas residências puderam retornar.
Foto: picture alliance/dpa/S. Puchner
Em último caso, explodir
Em agosto de 2012, uma bomba aérea americana da Segunda Guerra precisou ser detonada em Munique, após falharem as tentativas de desativar o artefato de 250 quilos. As ondas de choque causadas pela explosão assistida destruíram fachadas e quebraram janelas. O mesmo ocorreu em 2017 em Oranienburg, no estado de Brandemburgo, que possui a maior concentração de bombas enterradas em solo alemão.
Foto: picture-alliance/dpa
Trabalho arriscado
Em meados de 2010, no meio do processo de desarmar uma bomba em Göttingen, na Baixa Saxônia, o artefato acabou explodindo acidentalmente. Três especialistas morreram, e várias pessoas ficaram feridas. Anos antes, a detonação acidental de uma bomba aérea também deixou mortos na pequena cidade de Wetzlar. Apesar de raros, incidentes desse tipo já mataram 11 peritos desde 2000.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Decker
Munição no fundo do mar
Artefatos explosivos da Segunda Guerra, como bombas e granadas, estão também no Mar Báltico, no Mar do Norte e em águas continentais da Alemanha. Estima-se que 1,5 milhão de toneladas dessas munições sigam debaixo d'água. Muitas foram despejadas pelos próprios alemães durante a guerra para que não caíssem nas mãos dos Aliados; outras foram jogadas no mar a mando das forças vitoriosas.
Alvo de muitos ataques aéreos durante a Segunda Guerra Mundial, Koblenz viu várias bombas serem desarmadas ao longo dos últimos anos. Os residentes da cidade precisaram deixar suas casas em 1999, 2011 e 2015 para que peritos pudessem fazer seu trabalho. Em dezembro de 2011, a desativação e detonação de uma série de artefatos no rio Reno levou à retirada de 45 mil pessoas.
Foto: picture-alliance/dpa/F. von Erichsen
Grande evacuação em Ludwigshafen
Em 1997, uma mina aérea britânica de quatro toneladas foi encontrada na cidade de Ludwigshafen, ao sul de Frankfurt. A desativação do explosivo levou à maior evacuação da história pós-guerra até aquela época: 26 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.