Substâncias poluentes mais agressivas ao ser humano
15 de junho de 2013A poluição atmosférica é uma ameaça para a saúde em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de dois milhões de mortes prematuras a cada ano podem ser atribuídas aos efeitos da poluição do ar urbano. A queima de combustíveis fósseis e de biomassa é a fonte mais significativa de poluentes atmosféricos.
Aparelhos domésticos de combustão, veículos, instalações industriais e incêndios florestais são fontes de poluição do ar. A OMS alerta que ao reduzir os níveis de poluição do ar pode diminuir a carga global de complicações ligadas a infecções respiratórias, como doenças cardíacas e câncer de pulmão. O Top 5 desta semana foi elaborado com informações da OMS e do Indicadores do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
1. Partículas Totais em Suspensão (PTS), Fumaça e Partículas Inaláveis (PM10)
Representam materiais sólidos e líquidos em suspensão na atmosfera, como poeira, pó, fuligem, fumaça. O tamanho das partículas é o critério utilizado para a classificação destes materiais. Partículas mais grossas ficam retidas no nariz e na garganta, provocam incômodo e irritação, além de deixarem o organismo mais vulnerável. Poeiras mais finas causam danos ao aparelho respiratório. Podem carregar outros poluentes para os alvéolos pulmonares, provocando doenças respiratórias, cardíacas e câncer.
2. Ozônio (O3)
O ozônio é um gás composto por três átomos de oxigênio, invisível, com cheiro marcante e altamente reativo. Na estratosfera ele ajuda a proteger a Terra da radiação solar, mas na camada mais baixa da atmosfera ele é nocivo à saúde. O ozônio é formado pela reação dos hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio presentes no ar, sob ação da radiação solar e é o principal representante do grupo de poluentes conhecidos como oxidantes fotoquímicos. Pode causar irritação nos olhos e redução da capacidade pulmonar, agravar doenças respiratórias, diminuir a resistência contra infecções e ser responsável por disfunções pulmonares, como a asma. De acordo com a OMS, o excesso de ozônio no ar pode ter um efeito significativo sobre a saúde humana. Na Europa, é um dos poluentes atmosféricos mais preocupantes.
3. Dióxido de Nitrogênio (NO2)
É formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo, presentes na atmosfera. Pode provocar irritação da mucosa do nariz e danos severos aos pulmões, semelhantes aos provocados pelo enfisema pulmonar. Além dos efeitos diretos à saúde, o NO2 também está relacionado à formação do ozônio e da chuva ácida. Há evidências de que a substância agrava doenças respiratórias pré-existentes e contribui para seu aparecimento. Os efeitos sobre a saúde incluem desconforto na respiração, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares já existentes.
4. Dióxido de Enxofre (SO2)
O SO2 é um gás incolor com odor acentuado. É produzido a partir da queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e da fundição de minérios. A emissão de dióxido de enxofre está principalmente relacionada ao uso de combustíveis de origem fóssil contendo enxofre, tanto em veículos quanto em instalações industriais. Pode provocar irritação e aumento na produção de muco, desconforto na respiração e agravamento de problemas respiratórios e cardiovasculares. O SO2 também é um dos poluentes precursores da chuva ácida, efeito global de poluição atmosférica, responsável pela deterioração de diversos materiais, acidificação de corpos d'água e destruição de florestas. Pessoas com asma, doenças crônicas de coração e pulmão são mais sensíveis ao SO2.
5. Monóxido de Carbono (CO)
Trata-se de um gás tóxico, inodoro e incolor. A emissão de monóxido de carbono está relacionada diretamente com o processo de combustão tanto em veículos com motores movidos a gasolina, diesel ou álcool, quanto na indústria. Esse gás é classificado como um asfixiante sistêmico, pois é uma substância que prejudica a oxigenação dos tecidos. Os efeitos da exposição dos seres humanos ao CO estão associados à diminuição da capacidade de transporte de oxigênio na combinação com hemoglobina do sangue. O monóxido de carbono pode provocar intoxicação e até a morte. O risco aumenta com o tempo de exposição.