Superbactérias causam 33 mil mortes na Europa por ano
6 de novembro de 2018
Cientistas analisam casos de 2015 e detectam aumento no número de mortes causadas por infecções resistentes a antibióticos. Problema é maior na Itália e na Grécia.
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Superbactérias resistentes a vários antibióticos são responsáveis por cerca de 33 mil mortes na Europa por ano, afirmou um estudo do Centro Europeu para Prevenção de Doenças e Controle (ECDC).
A análise constatou que o impacto das infecções resistentes a medicamentos cresceu ainda mais desde 2007, quando foram registradas 25 mil mortes.
As superbactérias desenvolveram resistência até aos carbapenemas, a classe de antibiótico mais potente que existe. "Isso é preocupante porque esses antibióticos são a última opção de tratamento disponível. Quando eles não são mais eficazes, é extremamente difícil ou, em muitos casos, impossível tratar infecções”, afirmou o ECDC.
Especialistas estimam que cerca de 70% das bactérias que podem causar infecções já são resistentes a pelo menos um tipo de antibiótico usado para tratá-las.
O estudo do ECDC, publicado nesta segunda-feira (05/11) na revista especializada Lancet Infections Diseases, analisou cinco tipos de infecções causadas por superbactérias na União Europeia em 2015. Os pesquisadores descobriram que, em 75% dos casos, o contágio ocorreu em hospitais e clínicas de saúde.
Cerca de 670 mil pessoas adoeceram devido ao contágio com uma dessas cinco superbactérias, e 33.110 morreram em consequência da infecção. O estudo mostrou que crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis.
A maior taxa de mortalidade foi registrada na Grécia e na Itália, país onde ocorreu um terço de todos os óbitos.
O ECDC afirma que as superbactérias representam um desafio na área da saúde e exigem estratégias globais para prevenção e controle, como medidas mais eficientes para evitar a propagação deste tipo de infecção em hospitais. Além disso, tratamentos alternativos precisam ser descobertos.
CN/afp/rtr
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Aumento do consumo de açúcar afeta seriamente a saúde da população do planeta, e a Organização Mundial da Saúde alerta para uma "epidemia global". Confira dez riscos associados ao produto.
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Engorda
No corpo, o açúcar é convertido em gordura por volta de duas a cinco vezes mais rapidamente que os amidos. Ou seja, quando comemos açúcar, alimentamos nossas células de gordura. A frutose no produto também é metabolizada pelo fígado, o que pode contribuir para a esteatose hepática ou "fígado gorduroso". Isso pode promover a resistência à insulina e levar a diabetes do tipo 2.
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Afeta o humor
Em pequenas quantidades, o açúcar promove a liberação da serotonina, um hormônio que estimula o humor. No entanto, o consumo elevado do produto pode fomentar a depressão e a ansiedade. Mudanças repentinas nos níveis de açúcar no sangue também podem levar à irritabilidade, ansiedade e alterações de humor.
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Contribui para o envelhecimento
Já é sabido que o açúcar afeta a saúde, mas também atinge a pele. Isso acontece em parte devido à glicação, processo pelo qual moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno. Como resultado, estas perdem sua elasticidade natural. O excesso de açúcar também prejudica a microcirculação, o que retarda a renovação celular. Isso pode estimular o desenvolvimento de rugas e o envelhecimento precoce.
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Prejudica o intestino
A flora intestinal promove a digestão e protege o sistema digestivo de bactérias nocivas. O consumo elevado de açúcar deixa a microbiota intestinal fora de sintonia. Fungos e parasitas adoram açúcar. O excesso do fungo "Candida albicans" pode levar a uma série de sintomas irritantes. E o açúcar também contribui para o resfriado, a diarreia e gases.
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Pode viciar
Em pessoas adiposas, o cérebro responde ao açúcar, liberando dopamina, da mesma forma que responde ao álcool e a outras substâncias que causam dependência. Faça o teste: evite todos os alimentos e bebidas adocicadas por dez dias. Se você começar a ter dor de cabeça e picos de irritabilidade após um ou dois dias, e passar a ter desejo por açúcar, então pode estar sofrendo de abstinência de açúcar.
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Provoca agressividade
Pessoas que consomem açúcar em excesso são mais propensas a assumir um comportamento agressivo. Crianças que sofrem de deficit de atenção e hiperatividade também são afetadas pelo açúcar. O consumo elevado do produto afeta a concentração e fomente a hiperatividade. É por isso que é uma boa ideia que as crianças evitem comer açúcar durante o horário escolar.
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Enfraquece o sistema imunológico
Depois do consumo de açúcar, a capacidade do sistema imunológico de matar germes é reduzida para até 40%. O açúcar também enfraquece o estoque de vitamina C, da qual os leucócitos necessitam para combater vírus e bactérias. O doce produto também fomenta o processo inflamatório e mesmo a menor inflamação pode desencadear graves doenças.
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Contribui para o Alzheimer
Estudos mostraram que o excesso de consumo de açúcar aumenta o risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Uma pesquisa de 2013 mostrou que a resistência à insulina e altos valores de açúcar no sangue – ambos são comuns no diabetes – estão associados a um maior risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
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Eleva o risco de câncer
As células cancerígenas precisam do açúcar para se multiplicar. Uma equipe internacional de pesquisa, chefiada por Lewis Cantley, da Escola Médica de Harvard, está pesquisando como o açúcar pode contribuir para o crescimento de células malignas. Cantley acredita que o açúcar refinado faz com que células cancerígenas se transformem em tumores e recomenda o menor consumo possível do produto.
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Provoca perda de memória
O consumo elevado de açúcar pode ter efeito negativo sobre a memória. Segundo estudo realizado pelo Hospital Universitário Charité de Berlim, pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue têm um hipocampo menor, parte do cérebro fundamental para memória de longo prazo. Na pesquisa, o desempenho de pessoas com quantidade elevada de açúcar no sangue foi pior do que aquelas com níveis menores.