Doença, também conhecida como gripe suína, chegou com meses de antecedência e matou 46 pessoas em dois meses, 10 vezes mais que em todo ano passado. Ministério da Saúde registrou total de 305 infecções até 19 de março.
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A pouco mais de cinco meses dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil enfrenta outro problema de saúde pública além do zika vírus, um surto da gripe H1N1 um dos tipos da Influenza A, também conhecida popularmente como gripe suína.
A temporada de gripe costuma chegar no Brasil entre maio e julho, quando as temperaturas são mais baixas, mas este ano começou a se manifestar mais cedo, em fevereiro.
Além da antecipação do surto, também tem chamado a atenção o número de vítimas fatais. Em todo o país, o vírus matou 46 pessoas em dois meses, taxa 10 vezes maior do que a registrada em todo ano passado. Apesar disso, o calendário nacional da campanha de vacinação contra a gripe, definido pelo Ministério da Saúde, não será alterado e começa no dia 30 de abril. No Rio de Janeiro, os casos devem aumentar a partir de junho, quando as temperaturas são mais baixas.
O ministério da Saúde adianta que até 19 de março foram registrados 305 casos, enquanto durante todo o ano de 2015 foram diagnosticados 141.
O Rio de Janeiro, sede dos Jogos, confirmou nesta quinta-feira (31/03) a primeira morte provocada pela gripe. Em todo o estado, foram registrados três casos da doença, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Em 2015, o Rio não teve nenhum caso confirmado de H1N1.
São Paulo é o estado mais afetado, com um total de 38 mortos. Secretaria Estadual de Saúde antecipou para a próxima semana o início da vacinação dos mais 530 mil profissionais de saúde no estado.
Em 2009, a Organização Mundial de Saúde emitiu um alerta de pandemia devido a um surto de H1N1 que causou a morte de cerca de 18.500 pessoas em 241 países.
Os principais sintomas da doença são febre alta, tosse, dor no corpo, dor de cabeça e indisposição. Lavar as mãos regularmente, usar álcool em gel e evitar aglomerações são algumas das recomedações para evitar a propagação do vírus.
Além do H1N1, o Brasil é atingido desde o final do ano passado por um surto de vírus zika, que já infectou mais de 1,5 milhão de pessoas no país. Mais de 900 bebês nasceram nesse período portando microcefalia, doença suspeita de estar relacionada com o vírus.
MD/lusa/ebc/afp
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.