Suspeito admite participação em ataque em Bruxelas
9 de abril de 2016
Promotores belgas confirmam que Mohamed Abrini seria o terceiro terrorista presente no atentado ao aeroporto da capital. Ele também teria envolvimento nos ataques em Paris, em novembro.
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Os promotores belgas confirmaram neste sábado (09/04) que o suspeito identificado como Mohamed Abrini seria o terceiro homem envolvido no ataque ao aeroporto de Bruxelas, no dia 22 de março.
Abrini, preso pela polícia nesta sexta-feira, teria confessado ser o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança junto a Ibrahim el-Bakraoui e Najim Laachraoui, os dois terroristas mortos no ataque ao aeroporto.
O homem, que vestia um chapéu branco, teria deixado o local sem detonar os explosivos que carregava, que, mais tarde, foram encontrados no aeroporto.
"Nós o confrontamos com evidências em vídeo preparadas por nossa unidade especial", afirmou um porta-voz da Promotoria. "Ele admitiu ser ele nas imagens", informou.
O belga, de 41 anos, era o principal foragido dos atentados de 13 de Novembro em Paris. Ele estava na lista dos mais procurados na Europa, após ser visto em imagens de uma câmera de segurança em um posto de gasolina na França, ao lado de Salah Abdeslam, o principal suspeito dos ataques de Paris, preso duas semanas antes dos atentados na capital belga.
A juventude belga e o extremismo
02:38
Abrini e outros quatro suspeitos detidos nas últimas horas foram indiciados por promotores belgas por participação em ações terroristas.
Um dos indiciados é o sueco identificado como Osman K. Acredita-se que ele seja Osman Krayern, da cidade de Malmo, que teria viajado à Síria para lutar em grupos extremistas.
Krayern teria, supostamente, comprado as malas utilizadas nos ataques de Bruxelas, além de ter sido visto na estação de metrô de Maalbeek, antes que o terrorista suicida Khalid el-Bakraoui detonasse explosivos no local.
Os outros suspeitos indiciados pelos promotores belgas foram identificados como Bilal E.M. e Hervé B.M., este último, de nacionalidade ruandesa.
Os indiciamentos ocorrem após uma série de prisões que trouxeram à luz a conexão entre a célula terrorista por trás dos ataques em Bruxelas e Paris e a organização extremista "Estado Islâmico" (EI). Muitos dos que participaram dos ataques teriam passado algum tempo no território da organização na Síria.
RC/afp/ap/dpa/rtr
Luto em Bruxelas
No dia seguinte aos atentados terroristas de 22 de Março, a capital belga presta homenagens às mais de 30 vítimas, com flores, velas e um minuto de silêncio. Cidades como Paris e Berlim também manifestam solidariedade.
Foto: Getty Images/C. Furlong
Minuto de silêncio
A Place de la Bourse é um tradicional ponto de encontro de Bruxelas. Esta vista aérea dá uma ideia melhor da multidão reunida para homenagear as vítimas do terrorismo na capital belga.
Foto: Getty Images/AFP/K. Tribouillard
Praça da Bolsa
Pessoas observam um minuto de silêncio no largo da Place De La Bourse, a Praça da Bolsa, no centro de Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 22 de março de 2016.
Foto: Getty Images/C. Furlong
Homenagem oficial
Diversas autoridades europeias participaram das homenagens na capital belga. Na foto, à frente, aparecem o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o rei Filipe da Bélgica, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a rainha Matilde da Bélgica e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Foto: Reuters/F. Lenoir
Manneken Pis
Flores foram depositadas diante da estátua Manneken Pis, uma das principais atrações turísticas da capital belga.
Foto: Reuters/V. Kessler
Grande comoção
Logo depois dos ataques, as pessoas começaram a se reunir em homenagem às vítimas na capital belga.
Foto: Reuters/C. Platiau
Flores e velas
Logo cedo já havia muitas flores e velas neste memorial improvisado diante do antigo prédio da bolsa de valores, na Place de la Bourse.
Foto: picture-alliance/empics
Cada vez mais homenagens
O memorial improvisado na Place de la Bourse foi tomando forma ao longo da noite depois dos atentados terroristas.
Foto: Getty Images/C. Furlong
"Je suis Bruxelles"
A expressão de solidariedade "Je suis Bruxelles" (eu sou Bruxelas) ganhou força depois dos ataques na capital belga. Trata-se de uma referência à frase "Je suis Charlie", usada após o atentado ao jornal "Charlie Hebdo", em Paris, em 2015.
Foto: Getty Images/C. Furlong
Solidariedade pelo mundo
Em diversas cidades, monumentos foram iluminados em solidariedade às vítimas dos atentados terroristas em Bruxelas. Em Berlim, o Portão de Brandemburgo exibia as cores da bandeira belga.
Foto: Reuters/F. Bensch
Paris abalada
Na capital francesa, atingida por ataques terroristas há apenas quatro meses, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da Bélgica.