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Sylt no inverno

Gerd Schmitz / sm27 de dezembro de 2003

Inverno na ilha de Sylt, no Mar do Norte: mar cinzento sob céu sombrio, maresia cortante, mar agitado e, sobretudo, bem menos buchicho do que no verão.

Vista aérea da "rainha do Mar do Norte"Foto: dpa

A maior ilha da Frísia no Norte, Sylt, é bem mais tranqüila no inverno. Mas não a ponto de o visitante ter a ilha só para si. Sempre se cruza com alguém: com quem tem casa de veraneio na ilha, quem só está passando alguns dias de férias, fazendo uma excursão ou se tratando na estação de águas. O ar marítimo dá um toque tão inconfundível à região, que o litoral do Mar do Norte, com seus 660 quilômetros de extensão, atrai turistas até na estação mais fria do ano.

O nascimento do turismo

O dique de Hindenburgo na primeira metade do séculoFoto: AP

Em 1842, o rei dinamarquês Christian VIII deixou a coroa de lado e mergulhou de roupa e tudo nas ondas de Sylt. Na época, não havia nem hotéis, nem restaurantes. No ano de 1855, logo após a localidade de Westerland ter virado um balneário, um criado chamado von Levetzow construiu uma cabine de banho de madeira. O turismo acabava de nascer. Em 1923 já havia se iniciado a construção do dique de Hindenburgo, com 11,7 quilômetros de comprimento.

Hoje a ilha, com seus sete distritos, tem uma população de 21.500 habitantes permanentes e 12.500 pessoas com casa de veraneio. Os hotéis têm capacidade para receber 50 mil turistas, sobretudo em apartamentos de férias, que correspondem a 70% da oferta de hospedagem. A ilha atrai 600 mil turistas por ano, sendo que as diárias de hotel passam a marca de cinco milhões.

Coisa de rico

A cidade de List se localiza na altura do litoral dinamarquês, sendo a última povoação no norte do território alemão. O vilarejo de Kampen, onde os típicos telhados de junco são obrigatórios, ficou conhecido nos anos 60 e 70 como lugar de veraneio de ricos, mas também de artistas e literatos.

Westerland – com nove mil habitantes e capacidade para alojar 19 mil turistas – é a única cidade de fato, com avenida à beira-mar, cassino e alguns edifícios altos e feios. Os antigos casarões em estilo frísio desapareceram durante a onda de demolições dos anos 50 e 60. Na época, foi com muito esforço que se conseguiu impedir a construção de um prédio de 28 andares e cem metros de altura.

O vilarejo dos capitães

Keitum é sem dúvida a vila mais bonita da ilha, com antigas casas frísias, cobertas com telhado de junco e cercadas de árvores por todos os lados: olmos, freixos, carvalhos, bétulas. O Museu Municipal documenta a história e as riquezas naturais da ilha. Keitum era o local de residência dos capitães navais que faziam grandes viagens pelo mundo todo. Como ganhavam uma fortuna, podiam se dar ao luxo de construir casas suntuosas.

A Antiga Casa Frísia é exemplo da cultura de moradia do século 18. Uma outra atração é a igreja românica de São Severino, construída no século 13, com maçanetas em forma de baleia, uma pia de batismo românica, um púlpito renascentista e um altar entalhado em estilo gótico.

Sempre perto d'água

Archsum, vilarejo bem interiorano, fica longe do buchicho. Assim como Morsum, onde fica a mais antiga igreja da ilha, com uma pia batismal do século 13. Rantum, com inúmeras casas típicas com telhados de junco, é a menor localidade de Sylt.

O ponto da ilha mais distante do mar fica a 300 metros da praia. O caminho até Hörnum, através das dunas, é indicado por um farol de 35 metros de altura.

Cerimônia do chá em estilo insulano

Tomando sol em Sylt no invernoFoto: dpa

Para quem passeia à beira-mar, sentindo o cortante vento noroeste à pele e o gosto de sal nos lábios, nada mais reconfortante do que entrar numa casa de chá quentinha. A melhor pedida é o chá tipo frísio: com pedrinhas de açúcar e um fio de creme de leite.

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