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Tóquio sediará os Jogos Olímpicos de 2020

8 de setembro de 2013

Capital japonesa desbanca candidaturas de Istambul e de Madri. Mas para convencer o COI, governo precisou garantir que acidente nuclear de Fukushima, a 230 quilômetros de Tóquio, está "sob controle".

Foto: picture-alliance/dpa

A cidade de Tóquio deixou para trás as concorrentes Istambul e Madri e sediará os Jogos Olímpicos de 2020. O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou a decisão neste sábado (07/09), em uma cerimônia realizada em Buenos Aires. Apesar de estar a 230 quilômetros da região da usina nuclear de Fukushima, onde ocorreu um vazamento há dois anos, a capital japonesa garantiu que está livre de possíveis radiações.

Madri saiu do páreo logo na primeira rodada de votações. Já na segunda rodada, Tóquio bateu Istambul por 60 votos a 36. Observadores avaliam que os problemas econômicos que ocorrem atualmente na Espanha teriam pesado contra Madri. No caso da Turquia, os recentes protestos no país e a proximidade com a Síria, que vive uma guerra civil há dois anos e meio, teriam influenciado na escolha dos delegados do COI.

Comemorações se espalharam por Tóquio após confirmação da cidade como sede das Olimpíadas em 2020Foto: Reuters

Destaca-se ainda a atuação do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para convencer o comitê a escolher seu país como sede das Olimpíadas daqui a sete anos. Em um apelo pouco antes da decisão, Shinzo afirmou que esta seria uma oportunidade de o Japão se reerguer após o recente e devastador terremoto. Ele afirmou que a situação nuclear no país está "sob controle".

Radiação preocupa

"Deixem que nos esforcemos para ganhar o crédito e a confiança das pessoas em todo o mundo, então a decisão a ser tomada hoje será lembrada como a decisão certa", disse o premiê. Há denúncias de que centenas de toneladas de material radioativo estariam sendo jogadas nas águas do Oceano Pacífico todos os dias, elevando os níveis de radiação na região.

"Gostaria de deixar claro que não houve, não está havendo e não haverá qualquer problema de saúde que seja", contestou Shinzo. "Além disso, o governo já definiu um programa para assegurar que não haverá qualquer problema, e já demos início a ele. Eu tomarei a responsabilidade de implementá-lo", garantiu.

Atuação do premiê japonês, Shinzo Abe, foi fundamental para escolhaFoto: AFP/Getty Images

Esta é a segunda vez que Tóquio recebe os Jogos Olímpicos. A primeira foi em 1964. As próximas Olimpíadas, em 2016, ocorrerão no Rio de Janeiro.

Eleição apertada

A escolha foi uma das mais apertadas em anos. Nenhum dos três concorrentes conseguiu, nos últimos dois anos, dar um salto à frente claro na disputa. Por isso, a apresentação dos países para os delegados em Buenos Aires, com aproximadamente 70 minutos, seria considerada fundamental na decisão.

A escolha do comitê olímpico deixa de fora, mais uma vez, um país de maioria muçulmana. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, havia reforçado pessoalmente junto aos delegados que a possibilidade de sediar os Jogos Olímpicos em Istambul poderia ser entendido como um sinal de paz em todo o Oriente Médio.

MSB/rtr/dpa

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