Tabelamento de preços na Argentina gera ceticismo e críticas
Luis García Casas
21 de outubro de 2021
A menos de um mês de eleição, governo congelou preço de 1.500 itens para tentar conter a inflação. Analistas veem pouca chance de sucesso, e produtores alertam para risco de desabastecimento.
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O governo argentino determinou nesta quarta-feira (20/10) o congelamento do preço de 1.432 mil itens de alimentação e bens de consumo por 90 dias, para tentar conter a inflação no país, que acumula 52,5% nos últimos 12 meses.
A medida foi bem recebida por muitos consumidores, que poderão usufruir das festas de final de ano com preços fixos, mas diversos economistas são céticos quanto à sua eficácia para reduzir a inflação no longo prazo.
Além disso, entidades que representam o empresariado criticaram o tabelamento e alertam que pode haver desabastecimento de produtos depois que os estoques dos itens hoje disponíveis se esgotarem. Afinal, se os fabricantes estiverem tendo prejuízo, é provável que paralisem a produção, argumentam.
O congelamento foi anunciado em um momento político sensível para o governo do presidente Alberto Fernández, que sofreu em setembro uma dura derrota nas primárias para as eleições de 14 de novembro, quando será renovada parte das cadeiras do Legislativo. A coalizão que comanda hoje o país teve 32% dos votos, contra 41% da oposição, resultado que estremeceu o governo.
Um boletim do Banco Central argentino elaborado a partir da estimativa de grandes consultorias projeta que a inflação de 2021 será de 48,2%. Já o PIB deve crescer 7,6%, após uma recessão de 9,9% no ano passado devido à pandemia de covid-19. Cerca de 40% da população argentina está em situação de pobreza.
"Congelamento tem poucos exemplos de sucesso"
O economista Fernando Couto, professor da Universidade de Buenos Aires, afirma à DW que programas de congelamento de preços podem até fazer sentido por um prazo delimitado, se estiverem inseridos em programas mais amplos de combate à inflação, como uma estratégia de transição para ancorar as expectativas de preços.
Antes de elaborar "um programa anti-inflacionário, seja heterodoxo ou ortodoxo, primeiro é preciso analisar quais são as causas da inflação, que não são as mesmas em todos os países", diz. "Suponha que tenhamos isso e então criemos um programa: para evitar distorções de curto prazo e para que o programa possa funcionar com mais calma, pode-se chegar a um acordo de preço que possa tirá-los do contexto de ruído, ancorando as expectativas dos consumidores", afirma Couto.
Segundo ele, as poucas histórias de sucesso no controle de preços para combate a inflação ocorreram nesse contexto, como outra medida dentro de um pacote mais amplo. O governo da Argentina, porém, não anunciou junto com o congelamento um programa de controle de inflação robusto, que atinja motivos estruturais da alta de preços.
"Remendo econômico"
Para o diretor do Centro de Estudos de Produtividade, Ariel Coremberg, nenhum plano foi anunciado pelo governo porque não há nenhum: "Não há política econômica, mas, como dizemos aqui, um 'remendo' econômico" mirando as eleições legislativas de novembro.
"Como o diagnóstico é que a culpa pela inflação é de um grupo de empresários monopolistas que, por interesses alheios ao país, aumentam os preços", as causas reais não são abordadas, e é aplicado "um controle de preços quase soviético", diz.
Ele afirma que duas causas importantes da inflação na Argentina são a emissão de moeda pelo Banco Central para financiar gastos públicos e o desequilíbrio fiscal do país, ampliado devido às medidas de combate à pandemia.
A emissão de moeda pelo Banco Central da Argentina para bancar o governo voltou a ser feita no último trimestre do governo do presidente Mauricio Macri, no final de 2019, após um período em que o país havia deixado a prática de lado por pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI), e mantida no governo de Alberto Fernández.
"O gasto público está completamente descontrolado. Não há auditoria que resolva, fazendo compras para os vulneráveis, como foi o caso, a quatro vezes os preços controlados do próprio governo. Isso não é financiado com mais dívida pública nem com impostos, porque eles não podem aumentar, mas com pesos 'crocantes', como dizemos, emitidos por um Banco Central que depende de Cristina Kirchner", diz.
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Empresários preveem desabastecimento
O congelamento de itens de alimentação e bens de consumo foi adotado após uma reunião com empresários na qual, segundo o secretário de Comércio Interno da Argentina, Roberto Feletti, teria havido "bastante consenso".
Porém, houve percepção diferente entre os empresários. Antes da confirmação do congelamento de preços, a Coordenação das Indústrias de Produtos Alimentícios, entidade patronal que reúne centenas de empresas do setor de alimentos e bebidas, publicou um comunicado em que dizia "não estarem garantidas as condições para conciliar as possibilidades dos setores com o pedido de estabilização de preços".
O presidente da Câmara Argentina de Comércio e Serviços, Mario Grinman, afirmou na quarta-feira que o tabelamento de preços provocará falta de produtos nas prateleiras.
"Haverá desabastecimento. Quando um fabricante esgota o estoque do produto que fabricou e provocou prejuízo, ele não voltará a fabricá-lo, não há como", disse em uma entrevista a uma rádio. Para ele, controles de preço seriam "uma aspirina que alivia a dor momentânea de uma doença muito difícil".
Em resposta a Grinman, Feletti escreveu em sua conta no Twitter que o governo lamenta "esse tipo de ameaças, que não são a um governo ou a uma política, mas ao povo argentino".
"Nem ameaças aos argentinos nem desabastecimento (...). Passamos por um momento muito difícil e estamos tentando avançar, com todos fazendo a sua parte, para que a Argentina se torne definitivamente sustentável social e economicamente", afirmou.
E depois do congelamento?
A teoria econômica em geral desestimula o congelamento de preços, embora em muitos países isso tenha sido utilizado em momentos específicos, como nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, ou para produtos básicos, como o pão na Espanha até recentemente.
Além da potencial escassez apontada por Grinman, o tabelamento pode levar ao desenvolvimento de um mercado negro paralelo, retardar a atividade econômica e criar mais desemprego.
Três meses não é tempo suficiente para que esses efeitos negativos de longo prazo possam ser sentidos. "Mas o que acontecerá em 8 de janeiro, quando a medida deixar de ser aplicada?", questiona Couto, da Universidade de Buenos Aires.
Se a medida funcionar e não houver aumento da inflação em janeiro, o governo poderá dizer que teve sucesso. Contudo, esses analistas avaliam que o cenário mais provável é que em janeiro a inflação recupere o terreno perdido durante o congelamento, e que o peso se desvalorize novamente em relação ao dólar.
(Com Efe e AFP)
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
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Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas em um ataque perpetrado dentro de um trem em Tóquio por um homem com uma faca, que também ateou fogo em um líquido inflamável dentro do vagão. Segundo testemunhas, o homem estava usando trajes semelhantes ao do personagem Coringa, o vilão das histórias de Batman. O agressor foi preso. (31/10)
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O presidente dos EUA, Joe Biden, teve uma reunião atipicamente longa com o papa Francisco no Vaticano, em um momento em que o debate nos EUA sobre o apoio do chefe de Estado americano, que é católico, ao direito ao aborto ganha força. A reunião durou uma hora e meia. Os comunicados da Casa Branca e do Vaticano, porém, não fizeram nenhuma referência direta à questão do aborto. (29/10)
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"Liberdade para Assange"
Manifestante protesta diante de tribunal londrino durante julgamento de apelo de autoridades americanas, que lançam uma nova tentativa para levar a Justiça do Reino Unido a extraditar Julian Assange aos EUA. Em janeiro, a juíza britânica Vanessa Baraitser negara o pedido de Washington, argumentando que o fundador do WikiLeaks corre risco de cometer suicídio nas prisões dos Estados Unidos. (27/10)
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Golpe de Estado no Sudão
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Autoridades colombianas informaram que o traficante de drogas mais procurado do país, Dairo Antonio Úsuga David, conhecido como Otoniel, foi preso em uma operação conjunta da polícia e das Forças Armadas no noroeste da Colômbia. O presidente Iván Duque disse que a prisão de Otoniel é o maior golpe contra o narcotráfico colombiano desde a queda de Pablo Escobar, em 1993. (24/10)
O mais novo museu de Oslo é dedicado a apenas um pintor, Edvard Munch. O edifício foi inaugurado pelo rei Haroldo V da Noruega, e foi apelidado pela imprensa de "museu com uma dobra" devido à sua fachada. Famoso pelo quadro "O Grito", o expressionista (1863-1944) deixou cerca de 27 mil obras. "Não pinto o que vejo, pinto o que vi", disse ele uma vez sobre seu método de trabalho. (23/10)
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A última cúpula da UE de Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, que participou de mais de 100 cúpulas em Bruxelas, compareceu pela última vez ao encontro com seus colegas europeus, onde recebeu elogios e foi aplaudida de pé. Em seus 16 anos no poder, ela atravessou e sobreviveu várias crises e e teve papel fundamental nas principais decisões do bloco. (22/10)
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Nova onda de covid-19 atinge o Leste Europeu
Países do Centro e do Leste da Europa, com índices de vacinação mais baixos do que no restante do continente, vivem uma nova onda de covid-19. O problema atinge a Bulgária, Romênia, Croácia, Polônia, Letônia e Estônia, onde a imunização enfrenta forte resistência por parte da população. A Rússia, onde a pandemia costuma ser desdenhada, também vive um aumento nas contaminações. (22/10)
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Relatório da CPI expõe "estratégia macabra" de Bolsonaro na pandemia
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Descanso no Afeganistão
Em tempos turbulentos, até o descanso precisa ocorrer em movimento. Como faz esse menino em uma bicicleta nas ruas da capital do Afeganistão, Cabul, onde a tomada do poder pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã modificou profundamente a rotina do país. (19/10)
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Chama olímpica dos Jogos de Inverno de Pequim é acesa
Começou nesta segunda-feira a contagem regressiva para os Jogos de Inverno de 2022, em Pequim. A cerimônia em Olímpia, na Grécia, foi acompanhada de protestos de ativistas de direitos humanos. Três mulheres e um homem foram detidos ao carregarem uma faixa com os dizeres "Sem Jogos Genocidas". No domingo, duas pessoas já haviam sido detidas após estenderem bandeira do Tibete na Acrópoles. (18/10)
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Equipe cinematográfica russa retorna após filmagem no espaço
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Nasa envia sonda a Júpiter em missão de 12 anos
Partiu de Cabo Canaveral a sonda "Lucy", da Nasa, a fim de explorar os Asteroides Troianos de Júpiter. Se tudo ocorrer como esperado, a missão inédita durará 12 anos. Trata-se da primeira nave espacial movida a energia solar a se distanciar tanto do Sol. A sonda examinará um total de oito asteroides, mais do que qualquer missão anterior. (16/10)
Foto: Bill Ingalls/NASA/AP/picture alliance
Parlamentar britânico morre após ser esfaqueado em igreja
O parlamentar britânico David Amess morreu após ser esfaqueado várias vezes durante um encontro de rotina com seus eleitores em uma igreja no leste da Inglaterra. Um homem de 25 anos foi preso no local, suspeito de ser o autor do ataque. Amess, de 69 anos, era membro do Parlamento desde 1983. Representantes de todo o espectro político britânico expressaram choque e tristeza pela morte. (15/10)
Foto: Matrix/imago images
Protesto em Beirute contra investigação de megaexplosão deixa mortos
Um tiroteio matou pelo menos seis pessoas e feriu cerca de 30 em Beirute, no Líbano, enquanto as tensões escalavam antes de um protesto contra o juiz que comanda a investigação sobre a grande explosão ocorrida no porto da cidade, no ano passado. Os protestos em frente ao Palácio da Justiça foram convocados pelo grupo xiita libanês Hisbolá. (14/10)
Foto: Hussein Malla/AP Photo/picture alliance
"Capitão Kirk" viaja ao espaço em foguete de Jeff Bezos
O ator William Shatner, que interpretou o capitão Kirk na série de ficção científica Jornada nas Estrelas, viajou ao espaço a bordo do foguete New Sheppard, desenvolvido pela empresa Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos, fundador. Aos 90 anos, Shatner se tornou a pessoa mais velha a ir ao espaço. "Estou tão emocionado com o que acabou de acontecer. É extraordinário", disse Shatner (13/10)
Foto: Blue Origin/AP
Cristo Redentor completa 90 anos
O Cristo Redentor, imagem mais icônica do Brasil no mundo, completa 90 anos. Para evocar uma data tão memorável, a imponente estátua que coroa o morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, passou por um processo de restauração que envolveu 40 profissionais, como alpinistas, escultores e geólogos. Por um ano, eles percorreram os 38 metros da estátua para reparar estragos causados por intempéries.(12/10)
Foto: Carl De Souza/AFP
Hamburgo estreia trem totalmente autônomo
A companhia estatal ferroviária alemã Deutsche Bahn (DB) e a empresa de tecnologia Siemens apresentaram, em Hamburgo, o primeiro trem do mundo a operar de forma autônoma no tráfego férreo comum. O principal diferencial em comparação a outros veículos autônomos é que a tecnologia pode ser usada em toda a rede ferroviária e com todos os tipos de trens - sem a necessidade de novos trilhos. (11/10)
Foto: Marcus Brandt/dpa/picture alliance
Lyon, os Lumière e jogos de luz
Noite de abertura colorida do Festival Lumière: o primeiro filme de que se tem notícia foi rodado pelos irmãos Auguste e Louis Lumière em 1895, em Lyon. Embora não seja conhecida como metrópole do cinema, desde 2009 a cidade francesa festeja seu orgulho dos inventores do cinematógrafo com um grande festival. Que vai começar, assim que os convidados se livrarem das redes de serpentina... (10/10)
Foto: Jeff Pachoud/AFP/Getty Images
Chefe de governo austríaco entrega cargo
O chanceler federal da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou sua renúncia. As investigações por fraude, suborno e venalidade, de que é objeto, vieram a público após uma recente batida na Chancelaria Federal e nas dependências de seu Partido Popular da Áustria (ÖVP). O político conservador de 35 anos nega as acusações. (09/10)
Foto: Lisi Niesner/REUTERS
Brasil ultrapassa marca de 600 mil mortes por covid-19
O Brasil cruzou a marca dos 600 mil mortos por covid-19. A primeira morte oficial associada à covid-19 no Brasil foi a de uma mulher de 57 anos em 12 de março de 2020. Desde então, é como se toda a população de Joinville (SC) tivesse desaparecido. A nova trágica marca de mortos por covid-19 no Brasil pelo menos ocorre num momento de desaceleração da pandemia e com a vacinação avançando. (08/10)
Foto: Michael Dantas/AFP/Getty Images
Merkel se despede do papa
O papa Francisco recebeu no Vaticano a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, num encontro de despedida da líder após 16 anos no poder. Merkel ainda teve uma reunião em Roma com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi. A dirigente alemã se reuniu pela sétima vez com o pontífice, com quem conversou por 45 minutos e depois trocou presentes. (07/10)
Foto: Vatican Media/AP Photo/picture alliance
Polícia do Rio encontra coleção nazista avaliada em 3 milhões de euros
A polícia civil do Rio de Janeiro encontrou na casa de um suspeito de estuprar um menor de idade uma coleção de objetos e armas nazistas no valor de cerca de 3 milhões de euros, incluindo uniformes nazistas, pinturas, insígnias, imagens de Adolf Hitler, bandeiras, medalhas do Terceiro Reich e munições. Os itens foram descobertos quando a polícia cumpria um mandado de prisão. (06/10)
Foto: Policia Civil RJ/Handout/REUTERS
Rússia envia atriz e diretor para primeiro filme no espaço
A Rússia enviou a atriz Yulia Peresild e o diretor Klim Shipenko para a Estação Espacial Internacional (ISS) com a missão de rodarem o primeiro filme no espaço. Eles viajaram na nave russa Soyuz MS-19, ao lado do cosmonauta Anton Shkaplerov. Antes da viagem, o diretor e a atriz tiveram de se habituar às condições de gravidade zero e aprender como reagir em uma aterrissagem de emergência. (05/10)
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Pane global no Facebook, Instagram e WhatsApp
Usuários de várias partes do mundo, inclusive do Brasil, relataram interrupções nos serviços do Facebook, Instagram e WhatsApp. O Facebook, dono das três redes sociais, reconheceu as falhas, mas não forneceu detalhes sobre a origem do problema ou quantas pessoas foram afetadas. (04/10)
Foto: Revierfoto/dpa/picture alliance
Merkel faz apelo à defesa da democracia
No 31º aniversário da reunificação da Alemanha, a chanceler federal Angela Merkel, disse que os alemães precisam continuar trabalhando pela democracia. "Às vezes damos a democracia como certa, como se não houvesse mais nada a fazer. [Mas] a democracia não está aí simplesmente. Devemos trabalhar juntos pela democracia, repetidamente, todos os dias." (03/10)
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Manifestantes voltam a protestar contra Bolsonaro
Manifestantes se reuniram em 60 cidades do Brasil para protestar contra o governo Jair Bolsonaro. Os atos foram convocados por partidos de esquerda, centrais sindicais e grupos da sociedade civil. Na pauta: o impeachment do presidente e críticas ao avanço da inflação e gestão da pandemia. (02/10)
Foto: Amanda Perobelli/REUTERS
Assolada por hiperinflação, Venezuela corta 6 zeros do bolívar
Em seu oitavo ano consecutivo de recessão, Venezuela faz nova reconversão monetária e passa a chamar sua desvalorizada moeda nacional, o bolívar soberano, de bolívar digital. Este é o terceiro corte em 13 anos, o que a torna o país sul-americano que mais removeu zeros de sua moeda. Foram 14 no total. O recorde mundial é do Zimbabué, que eliminou 25 zeros ao longo de várias reconversões. (01/10)