Militantes do movimento invadem local e entram em confronto com forças de segurança. Aeroporto também abriga base militar de Kandahar, no sul do país.
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Militantes do Talibã atacaram o aeroporto de Kandahar, no sul do Afeganistão, e entraram em confronto com forças de segurança, afirmaram nesta terça-feira (08/12) autoridades afegãs.
Não há relatos imediatos sobre vítimas do ataque, o segundo em menos de 24 horas na cidade que é considerada o berço do movimento extremista.
"Vários militantes se posicionaram dentro de uma escola e estão atirando contra o aeroporto", afirmou um porta-voz do governo local. Diversos passageiros ficaram detidos num terminal.
Um porta-voz do Talibã confirmou que alguns militantes suicidas entraram na área do aeroporto e estavam lutando contra as forças de segurança. O local também abriga uma base aérea militar.
Moradores da região foram alertados a permanecer abaixados em suas residências devido à intensa troca de tiros.
Pouco menos de 24 horas antes do incidente no aeroporto, dois homens-bomba atacaram uma delegacia em Kandahar. Os terroristas foram mortos na troca de tiros com a polícia. Três policiais ficaram feridos no atentado.
Desde a retirada das tropas estrangeiras, no final do ano passado, o Talibã intensificou os ataques contra forças do governo afegão.
CN/rtr/ap/afp
O Afeganistão moderno está no passado
O regime do Talibã reprime os direitos humanos, sobretudo das mulheres, na sociedade afegã, dominada pelos homens. Mas houve um tempo em que as mulheres circulavam livremente - e se vestiam como bem entendiam.
Foto: picture-alliance/dpa
Médicas aspirantes
Esta foto, tirada em 1962, mostra duas estudantes de medicina da Universidade de Cabul, ouvindo a professora enquanto examinam uma peça de gesso que representa uma parte do corpo humano. Naquele tempo, mulheres tinham um papel ativo na sociedade. Tinham acesso à educação e podiam trabalhar fora de casa.
Foto: Getty Images/AFP
Estilo nas ruas de Cabul
As fotos mostram duas jovens vestidas ao estilo ocidental, em 1962, do lado de fora do prédio da Rádio Cabul, na capital do país. Hoje em dia, com os fundamentalistas talibãs no poder, as mulheres são obrigadas a usar a burca, cobrindo o corpo totalmente quando estivessem em público.
Foto: picture-alliance/dpa
Direitos nem sempre iguais
Em meados de 1970, era comum ver estudantes do sexo feminino nas instituições de ensino afegãs - como a Universidade Politécnica de Cabul. Mas 20 anos depois, o acesso das mulheres à educação no país foi completamente bloqueado. Isso mudou apenas no fim do primeiro regime talibã, em 2001. Por duas décadas, as mulheres puderam estudar - até os fundamentalistas voltarem ao poder, em 2021.
Foto: Getty Images/Hulton Archive/Zh. Angelov
Informática na juventude
Nesta foto, uma instrutora soviética dá aula de informática para estudantes do Instituto Politécnico de Cabul. Durante os anos de ocupação soviética no Afeganistão, de 1979 a 1989, a cena era comum em diversas universidades do país.
Foto: Getty Images/AFP
Encontro de estudantes
Esta foto de 1981 mostra um encontro informal de estudantes em Cabul. Em 1979, a invasão soviética levou o Afeganistão a dez anos de guerra. Quando os soviéticos se retiraram, a guerra civil tomou conta do país e terminou com a ascensão do Talibã ao poder, em 1996.
Foto: Getty Images/AFP
Escola para todos
A foto mostra moças afegãs do ensino médio em Cabul no tempo da ocupação soviética. Durante o regime talibã, instaurado poucos anos depois, meninas foram barradas das escolas e tiveram acesso à educação negado. Elas também foram proibidas de trabalhar fora de casa.
Foto: Getty Images/AFP
Sociedade de duas classes
Nesta foto tirada em 1981, uma mulher com o rosto à mostra, sem lenço, pode ser vista com suas crianças. Cenas como essas se tornaram raras. Mesmo após 15 anos da queda do regime talibã, mulheres continuam lutando por igualdade em uma sociedade dominada pelos homens. Por exemplo, existe apenas uma motorista de taxi em todo o país.