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Talibã executa ataque suicida no centro de Cabul

19 de abril de 2016

Explosão seguida de tiroteio deixa ao menos 28 mortos, entre civis e membros das forças de segurança afegãs, e mais de 300 feridos. Atentado ocorre uma semana depois de o grupo anunciar sua "ofensiva de primavera".

Membros das forças de segurança afegãs nas proximidades do ataqueFoto: Reuters/O. Sobhani

Veja imagens do atentado em Cabul

01:22

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Ao menos 28 pessoas morreram e 327 ficaram feridas na manhã desta terça-feira (19/04) num ataque suicida executado por militantes do talibãs no centro de Cabul, segundo números do Ministério da Saúde do Afeganistão.

"Muitos feridos estão em estado grave", afirmou um porta-voz do ministério, acrescentando que o balanço de mortos e feridos deve aumentar ao longo do dia.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o ataque "nos termos mais fortes possíveis". O atentado foi executado a algumas centenas de metros do palácio presidencial, durante a hora do rush. O Talibã assumiu a autoria.

O ataque suicida, que acontece uma semana depois de os talibãs anunciarem o início da sua "ofensiva de primavera", ocorreu diante de uma agência de segurança afegã, gerou nuvens de fumaça e fez tremer janelas a quilômetros de distância.

"Um suicida estacionou um caminhão no parque de estacionamento adjacente ao edifício" e fê-lo explodir, afirmou o chefe da polícia de Cabul, Abdul Rahman Rahimi, precisando que as 28 vítimas, todas elas civis ou membros das forças de segurança, morreram na explosão, seguida de um tiroteio.

Depois da explosão, militantes talibãs invadiram o prédio da agência de segurança e trocaram tiros com forças de segurança. A agência protege pessoal de alto escalão do governo afegão.

Na última terça-feira, os talibãs afegãos anunciaram o início da sua "ofensiva de primavera", apesar dos esforços do governo em Cabul para trazer os insurgentes à mesa de negociações.

Os talibãs alertaram que iriam "realizar ataques de larga escala contra posições inimigas em todo o país" durante a ofensiva chamada de Operação Omari, em honra ao fundador do movimento, mulá Omar, cuja morte foi anunciada no ano passado.

A ofensiva anual de primavera dos talibãs assinala habitualmente o início da "época de combate", mas neste inverno o período de calma foi mais curto, e combates contra as forças do governo continuaram a acontecer, ainda que com menor intensidade.

A insurgência liderada pelo Talibã afegão ganhou força desde a retirada da maiorias das tropas internacionais, no fim de 2014, e observadores afirmam que o grupo islamista nunca esteve tão forte, desde que foi expulso do poder por forças locais apoiadas pelos Estados Unidos, em 2001.

AS/lusa/afp/rtr/ap

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