1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Tanques israelenses acertam escola com refugiados em Gaza

30 de julho de 2014

Ao menos 15 pessoas morrem no ataque e cerca de 90 ficam feridas. Escola das Nações Unidas abrigava palestinos em fuga do conflito entre Hamas e Israel.

Fumaça é vista sobre a Faixa de Gaza depois de um ataque israelenseFoto: AFP/Getty Images

Tanques de guerra israelenses bombardearam nesta quarta-feira (30/07) mais uma escola da ONU usada para abrigar refugiados na Faixa de Gaza, deixando ao menos 15 mortos e 90 feridos, segundo o porta-voz dos serviços de emergência em Gaza, Ashraf al-Qedra, e a UNRWA, agência da ONU para os refugiados palestinos.

O ataque aconteceu após o encerramento do dia mais mortífero para os palestinos desde o início da atual ofensiva israelense, no dia 8 de julho, com ao menos 128 mortes registradas. O número total de mortos do lado palestino chega a 1.258, com mais de 7.100 feridos, segundo Al-Qedra. Israel perdeu 53 soldados e três civis.

Os primeiros tiros de tanque atingiram a escola Abu Hussein, no campo de refugiados Jabalia, durante a madrugada, por volta de 4h30min (22h30min de terça em Brasília), disse Adanan Abu Hasna, porta-voz da agência da ONU para refugiados. O órgão abriga milhares de pessoas desalojadas pelo conflito em dezenas de escolas da ONU em Gaza. O Exército de Israel disse que vai investigar o caso.

Duas horas após o ataque, centenas de pessoas ainda vagavam pelo pátio, confusas e aos prantos. Aishe Abu Darabeh, de 56 anos, estava sentada no chão com parentes a apenas alguns metros das duas salas de aula atingidas. "Para onde nós iremos? Para onde nós iremos agora? Nós fugimos e eles estão nos seguindo", desabafou, segundo a agência de notícias AP.

Diante do novo ataque, Abu Hasna apelou à comunidade internacional. "O mundo tem a responsabilidade de nos dizer o que fazer com as mais de 200.000 pessoas que estão dentro das nossas escolas achando que a bandeira da ONU vai protegê-las. O incidente de hoje prova que nenhum lugar é seguro em Gaza", disse o porta-voz da agência de refugiados.

Na quarta, o Exército de Israel afirmou ter bombardeado 75 locais, incluindo cinco mesquitas que seriam utilizadas por militantes do grupo radical islâmico Hamas. Desde o início do atual conflito já foram mais de 4 mil os alvos atingidos, um terço deles conectados com a capacidade do Hamas em lançar mísseis, segundo os militares. Também já foram descobertos 32 túneis usados pelos extremistas para atacar Israel.

IP/ap/dpa/lusa

Pular a seção Mais sobre este assunto