Alíquota de 50% é uma das maiores aplicadas pela Casa Branca, mas produtos brasileiros importantes escaparam da medida. Trump tenta pressionar Brasil sobre julgamento de Bolsonaro.
Café brasileiro, sujeito a tarifa de 50%, abastece cerca de um terço do mercado dos EUAFoto: Igor Do Vale/ZUMA Press Wire/picture alliance
O Brasil, que no início da guerra tarifária global deflagrada por Trump havia sido poupado e mantido a alíquota base de 10%, agora verá diversos de seus produtos serem tarifados a 50%, uma das maiores aplicadas pelo governo americano.
A nova tarifa atingirá produtos importantes da pauta de exportação brasileira, como café, carne bovina e açúcar. No entanto, o decreto da Casa Branca que regulamenta a medida deixou muitos produtos brasileiros de fora da alíquota de 50%, incluindo aeronaves civis, veículos, suco de laranja e petróleo.
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou que a nova tarifa de 50% se aplicará a apenas cerca de 36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Quase 700 produtos brasileiros ficaram de fora da alíquota mais alta.
"As tarifas não são boas, mas eles [o governo brasileiro] esperavam algo pior", escreveu em uma nota Valentina Sader, especialista em Brasil do think tank Atlantic Council, que prevê que a economia brasileira provavelmente "resistirá às tarifas".
"O governo parece estar considerando subsidiar alguns dos setores mais impactados, mas podemos ver o Brasil tentando diversificar seus mercados de exportação”, afirmou ela à agência de notícias AFP.
Governo brasileiro espera café e carne na lista de isentos
A ministra brasileira do Planejamento, Simone Tebet, afirmou na terça-feira esperar que o café e a carne brasileiros também sejam incluídos na lista de exceções à alíquota de 50%. O Brasil é o maior fornecedor mundial desses produtos, e a tarifa mais alta terá impacto sobre os preços pagos pelos consumidores americanos.
"Duas coisas que ficaram de fora da lista e que são apreciadas por eles são a carne e o café. Por isso, consideramos que, quando analisarem a inflação que essa medida provocará e realizarem um estudo de opinião pública sobre o seu encarecimento, vão rever a decisão", disse Tebet.
Mesmo que isso não ocorra, ela afirmou que o Brasil poderá redirecionar sua produção de café para outros mercados, em um contexto de alta dos preços mundiais do produto. Quanto à carne, Tebet avalia que os EUA dificilmente encontrarão fornecedores alternativos.
Em 2024, o Brasil exportou 8,1 milhões de sacas de café para os EUA, o equivalente a 16% das exportações brasileiras do grão e a aproximadamente um terço do mercado norte-americano.
As vendas de carnes para os EUA, segundo maior destino das exportações brasileiras do setor, totalizaram 1,6 bilhão de dólares em 2024, representando 16,7% dos embarques totais do produto. Juntos, o café e as carnes corresponderam a cerca de 9% do valor das exportações brasileiras para os EUA no ano passado.
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Os argumentos da Casa Branca
O anúncio do tarifaço de Trump contra o Brasil teve repercussão mundial, pois o argumento central do presidente americano – de que as tarifas eram necessárias para reduzir o déficit comercial dos EUA – não se aplica neste caso: os EUA têm superávit comercial na sua relação com o Brasil desde 2009.
As justificativas para as tarifas contra o Brasil foram detalhadas no decreto da Casa Branca da semana passada, que afirmou que a medida era necessária "para lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos."
O documento destaca que "a perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores constituem graves abusos de direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil."
Ao anunciar o tarifaço, no início de julho, Trump escreveu em um post que "esse julgamento não deveria estar acontecendo". "É uma caça às bruxas que deve acabar imediatamente!". No final do mês, a Casa Branca também sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos relativos à denúncia de tentativa de golpe de Estado, com a Lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros acusados de violações graves de direitos humanos ou de corrupção.
O apoio de Trump deixou Bolsonaro mais à vontade para seguir buscando formas de escapar de seu julgamento no STF, que pode ocorrer nos próximos meses, mas parece não ter demovido Moraes, que nesta segunda-feira decretou a prisão domiciliar do ex-presidente brasileiro.
Protesto em frente ao consulado americano em São Paulo, em 1º de agosto, contra as tarifas de TrumpFoto: Nelson Almeida/AFP
Há também motivos econômicos na decisão da Casa Branca de tarifar o Brasil. O decreto afirma que o governo brasileiro havia adotado "políticas e ações incomuns e extraordinárias" que prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, a política externa dos EUA e a economia americana.
O texto cita decisões brasileiras que exigiram redes sociais americanas a "censurar discurso político, remover usuários de plataformas, entregar dados sensíveis de usuários americanos ou alterar suas políticas de moderação de conteúdo". Em setembro de 2024, a rede social X chegou a ser bloqueada no país por um período após não cumprir ordens judiciais.
Uma investigação comercial contra o Brasil aberta pelo governo dos Estados Unidos no contexto das novas tarifas mira diversas práticas que a Casa Branca descreveu como potencialmente "desleais", citando as obrigações e multas contra redes sociais americanas, acordos comerciais brasileiros com o México e a Índia e tarifas aplicadas sobre o etanol, entre outras.
Nenhuma delas teve tanta repercussão entre os brasileiros como a menção a uma suposta prática injusta com "meios de pagamentos eletrônicos criados pelo governo" – o Pix. A investigação foi aberta sob a seção 301 da legislação de comércio norte-americana, que abrange "atos, políticas ou práticas de um país estrangeiro que são desarrazoadas ou discriminatórias e prejudicam ou restringem o comércio dos EUA".
O relatório da agência federal responsável por comércio internacional dos EUA (USTR, na sigla em inglês) afirma que esses meios de pagamento poderiam prejudicar "a competitividade de empresas americanas que atuam no comércio digital e em serviços de pagamento eletrônico".
Sem conversa entre Lula e Trump
As tarifas de 50% entraram em vigor sem que o Trump e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva tivessem conversado sobre o tema. Em 1º de agosto, Trump chegou a dizer que o brasileiro poderia ligar para ele "a qualquer momento", e Lula respondeu que o Brasil sempre esteve "aberto ao diálogo".
Nesta terça-feira, porém, Lula afirmou que iria ligar para Trump não para tratar do tarifaço, mas para convidá-lo a ir à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas 30 (COP30) que será realizada em Belém, em novembro.
Lula e Trump disseram estar abertos ao diálogo, mas não houve conversa entre ambosFoto: AFP/IMAGO
"Não vou ligar para o Trump para comercializar, porque ele não quer falar. Mas pode ficar certa, Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente), que vou ligar para convidá-lo para vir pra COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática, vou ligar para ele, para Xi Jinping (presidente da China), para o Narendra Modi (primeiro-ministro da Índia)", afirmou o brasileiro.
O Brasil considera recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC) e argumentar que o tarifaço de Trump representa "sério risco à arquitetura internacional de comércio", além de descumprir obrigações dos EUA com os acordos da entidade e carecer de fundamento técnico. No entanto, a OMC está no momento paralisada pelos EUA, que não indicou árbitros e não vem participando da organização.
Nesta quarta-feira, o governo da China, maior parceiro comercial do Brasil, expressou apoio ao país em resistir ao "comportamento de bullying" da Casa Branca. Em uma ligação do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, com o assessor especial da Presidência Celso Amorim, ele afirmou que Pequim apoia Brasília na sua oposição a interferências externas "desarrazoadas" nos assuntos internos brasileiros, sem mencionar Washington expressamente.
bl (AFP, Reuters, Lusa, ots)
O mês de agosto em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: José Cruz/Agencia Brazil/dpa/picture alliance
Israel confirma morte de porta-voz do Hamas
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que Abu Obeida, o porta-voz das Brigadas Ezedin al Qasam, o braço armado do grupo Hamas, foi "eliminado" em Gaza em um ataque do Exército. Desde o início de sua campanha em Gaza, que reduziu grande parte do território costeiro isolado a ruínas, Israel matou vários membros de alto escalão do Hamas. (31/08)
Foto: Abed Rahim Khatib/ZUMA/IMAGO
Morre Luis Fernando Verissimo, o cronista da vida privada
O escritor gaúcho Luis Fernando Verissimo morreu aos 88 anos, após complicações causadas por um caso grave de pneumonia. Filho do escritor Érico Verissimo, Luis Fernando publicou cerca de 90 livros e vendeu mais de 5 milhões de exemplares. (30/08)
Foto: Privat
Representação palestina de fora da Assembleia Geral da ONU
Os Estados Unidos anunciaram que negarão vistos a membros da Autoridade Palestina para participar da Assembleia Geral da ONU no próximo mês, em meio a movimento internacional liderado pela França para o reconhecimento de um Estado palestino. (29/08)
Foto: Manuel Elias/UN/dpa/picture alliance
Revista The Economist diz que julgamento de Bolsonaro é "lição de democracia"
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi tema da capa da revista britânica "The Economist". A publicação destacou o julgamento que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual ele é réu por tentativa de golpe de Estado, e diz que o Brasil oferece uma lição de "maturidade democrática" aos EUA. (28/08).
Foto: The Economist
Atiradora mata duas crianças em ataque a escola católica nos EUA
Uma atiradora abriu fogo durante uma missa em uma escola católica de Minneapolis matando ao menos duas crianças e ferindo outras 17 antes de tirar a própria vida. Diretor do FBI, Kash Patel disse que a agência investiga o tiroteio "como um ato de terrorismo doméstico e crime de ódio contra católicos". (27/08)
Foto: Ben Brewer/REUTERS
STF determina monitoramento de Bolsonaro em tempo integral
Ministro Alexandre de Moraes do STF determinou monitoramento em tempo integral do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em sua residência em Brasília. Proximidade do julgamento por tentativa de golpe de Estado e atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA demonstram possibilidade de risco de fuga, diz decisão do magistrado. (26/08)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Ataque israelense mata 5 jornalistas em Gaza
Bombardeio contra um hospital no sul do território deixou 20 mortos, incluindo cinco jornalistas que atuavam em veículos como Reuters, AP e Al Jazeera. Israel classificou o caso como um "acidente trágico" e abriu uma investigação. Associações de imprensa acusaram o país de travar "uma guerra aberta contra a mídia". Governos dos EUA, Reino Unido e Alemanha também repudiaram o ataque. (25/08)
Foto: Hatem Khaled/REUTERS
Morre, aos 93 anos, o cartunista Jaguar
Um dos maiores e mais perspicazes cartunistas do Brasil, Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe (esq.), o Jaguar, foi um dos fundadores de "O Pasquim", influente jornal alternativo que azucrinou os militares durante a ditadura no Brasil (1964-1985). (24/08)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Alemanha já não pode mais bancar Estado social, diz premiê
O chanceler federal Friedrich Merz defendeu cortes nos gastos sociais e descartou elevar impostos para sanar o déficit nas contas do governo. "O Estado de bem-estar social, da forma como o temos hoje, já não é mais financiável com o que conseguimos produzir economicamente." Proposta põe líder conservador em rota de colisão com os social-democratas, de cujo apoio ele depende para governar. (23/08)
Fome em Gaza é real e já afeta mais de meio milhão, diz órgão ligado à ONU
O IPC, sistema apoiado pela ONU que monitora a insegurança alimentar no mundo, afirma que mais de meio milhão de palestinos – praticamente um em cada quatro moradores da Faixa de Gaza – passam fome, e o número deve passar dos 640 mil até o final de setembro. É a primeira vez que o órgão registra fome severa fora da África. Israel rejeitou o alerta, classificando-o como falso. (22/08)
Foto: AFP/Getty Images
Israel inicia ofensiva terrestre na Cidade de Gaza
Israel iniciou operações terrestres na Cidade de Gaza e ordenou a evacuação de civis para o sul. O Exército confirmou que esta é a fase "preliminar" de um plano para controlar toda a cidade, considerada um reduto do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país iniciará negociações para a libertação de reféns e aprovou a intensificação da ofensiva em Gaza. (21/08)
Foto: Dawoud Abu Alkas/REUTERS
Bolsonaro é indiciado por coação na ação do golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro são acusados pela Polícia Federal de tentar dificultar a ação penal no STF que julga a tentativa de golpe de Estado. Segundo a corporação, ambos agiram para instar autoridades americanas a obstruir o julgamento em favor de Bolsonaro, que é réu. Eduardo nega qualquer tentativa de interferência. (20/08)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Maduro eleva a aposta contra os EUA
Após o anúncio de que os Estados Unidos estão preparando uma ofensiva por mar contra a Venezuela, o ditador Nicolás Maduro afirmou que prepara um "plano especial" como resposta, com 4,5 milhões de milicianos em todo o país. A ofensiva americana faz parte do esforço de desbaratar os carteis de droga na região e foi classificada por Caracas como um risco para a paz e estabilidade da região. (19/08)
Mais um passo na busca por um acordo de paz na Ucrânia
Os presidentes da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram na Casa Branca para tratar do fim da guerra iniciada pela Rússia. Líderes europeus se juntaram à comitiva para reforçar pedido de cessar-fogo e suporte americano e mostrar coesão em apoio à Ucrânia dias após Trump ter se encontrado com o presidente russo, Vladimir Putin, em cúpula no Alasca. (18/08)
Quase 8 milhões de bolivianos foram chamados para votar para presidente, vice-presidente e congressistas, em eleições que devem marcar o fim de quase 20 anos de governos de esquerda. O presidente Luis Arce, que decidiu não concorrer à reeleição em meio a uma forte crise econômica, prometeu uma "transição democrática". Pesquisas apontam segundo turno entre dois nomes da oposição. (17/08)
Foto: Claudia Morales/REUTERS
Greve de funcionários da Air Canada no pico das férias de verão
Um greve de comissários de bordo da Air Canada, como estes no acesso ao aeroporto de Vancouver, levou ao cancelamento de todos os seus cerca de 700 voos previstos para o dia, afetando mais de 100 mil passageiros no pico da temporada de férias de verão. O governo canadense interveio, determinou o fim da greve e enviou a disputa para uma câmara de arbitragem. (16/08)
Foto: Chris Helgren/REUTERS
Sem acordo para o fim da guerra na Ucrânia
O encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, terminou sem acordo para um cessar-fogo na Ucrânia. Os líderes se reuniram por quase três horas a portas fechadas na base militar Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca, nos EUA. Putin classificou encontro como "construtivo", e Trump disse que "não há acordo até que haja um acordo". (15/08)
Foto: Jae C. Hong/AP Photo/dpa/picture alliance
Protesto contra cúpula Trump-Putin
Sob calor de mais de 30°C, membros da Sociedade para os Povos Ameaçados protestaram em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim, contra o encontro entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump, marcado para esta sexta-feira (15/08). O fim da guerra é uma das promessas de Trump, que disse que quer organizar uma "troca de terras" entre Rússia e Ucrânia. (14/08)
Foto: Sven Kaeuler/dpa/picture alliance
Lula lança plano para apoiar empresas afetadas por tarifaço
Medida provisória foi elaborada para mitigar os impactos das tarifas sobre produtos brasileiros impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O texto destina R$ 30 bilhões em crédito a exportadores prejudicados, prorroga o pagamento de tributos, eleva o percentual de restituição de impostos e facilita a aquisição de gêneros alimentícios por órgãos públicos. (13/08)
Foto: IMAGO/Fotoarena
Militares da Guarda Nacional chegam a Washington D.C. após ordem de Trump
Cerca de 800 soldados começaram a chegar na capital americana, carregando munição e refeições prontas para consumo, após o presidente Donald Trump submeter a polícia de Washington ao controle federal e exigir a mobilização da Guarda Nacional para "tornar a cidade mais segura". Segundo um relatório do Departamento de Justiça, porém, crimes violentos caíram 35% desde 2023 no local. (12/08)
Foto: Jemal Countess/UPI Photo/picture alliance
Pré-candidato a presidente da Colômbia morre após atentado
Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, havia sido baleado com dois tiros na cabeça em um atentado ocorrido em 7 de junho. Senador do partido de direita Centro Democrático, ele foi submetido a várias cirurgias, mas sofreu uma hemorragia no sistema nervoso que agravou seu estado de saúde. O atentado contra ele reavivou o fantasma da violência política que atingiu a Colômbia dos anos 1990. (11/08)
Foto: IMAGO/NurPhoto
Em coletiva de imprensa, Netanyahu defende ocupação da Cidade de Gaza
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, organizou uma coletiva de imprensa para defender sua decisão de expandir a guerra em Gaza e ampliar a ocupação do território. O líder também negou que o enclave palestino esteja sendo palco de fome generalizada e criticou países que estão avançando no reconhecimento de um Estado palestino. (10/08)
Foto: Abir Sultan/AP Photo/picture alliance
Polícia de Londres prende mais de 450 em protesto pró-palestinos
A Polícia Metropolitana de Londres efetuou mais de 450 prisões em uma manifestação na praça do Parlamento britânico a favor do Palestine Action, grupo pró-palestinos que foi recentemente banido pelo governo trabalhista do Reino Unido. (09/08)
Foto: Henry Nicholls/AFP
Enchentes provocam mortes na China
Mulher carrega criança em uma rua alagada na cidade de Zhengzhou, na região central da China. Chuvas fortes e enchentes repentinas provocaram ao menos 60 mortes desde o final de julho no país asiático. (08/07)
Foto: stringer/Avalon.red/IMAGO
Pressão para libertação de reféns em Gaza
Familiares e amigos dos reféns israelenses que seguem mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista Hamas navegam ao longo da costa da cidade de Ashkelon, no sul de Israel, em direção à Faixa de Gaza, em um protesto exigindo sua libertação e pedindo o fim da guerra. (07/08)
Foto: Leo Correa/AP Photo/picture alliance
Bomba da 2ª Guerra leva 17 mil a saírem de casa na Alemanha
Explosivo de 250 quilos de fabricação britânica foi encontrado durante obra de demolição de uma ponte em Dresden, cidade duramente bombardeada em 1945. Episódio forçou a maior remoção de moradores desde o fim do conflito. Trens foram desviados, museus, lojas e creches ficaram fechados durante todo o dia na área afetada. (06/08)
Foto: Sebastian Kahnert/dpa/picture alliance
Parlamentares bolsonaristas protestam no Congresso
Após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, a oposição ocupou as mesas diretoras do Senado e da Câmara. Os senadores e deputados bolsonaristas prometeram ficar nos locais até que os presidentes das casas aceitem pautar a anistia para os condenados por tentativa de golpe de Estado e também reivindicaram o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. (05/08)
Foto: José Cruz/Agencia Brazil/dpa/picture alliance
Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro por descumprir medidas cautelares ao mandar mensagem a apoiadores em um vídeo publicado nas redes sociais de seu filho, Flávio Bolsonaro. Moraes ainda proibiu Bolsonaro de receber visitas e de usar aparelhos celulares. (04/08)
Foto: Mateus Bonomi/Anadolu/picture alliance
Papa Leão celebra missa para 1 milhão de jovens em Roma
No maior evento de seus três meses de pontificado, o pontífice incentivou a multidão a espalhar "o entusiasmo e o testemunho da fé". A homilia encerrou o chamado Jubileu da Juventude – peregrinação que reuniu jovens de 150 países. Leão 14 ainda fez referência aos jovens de Gaza, da Ucrânia e de outros países em guerra que não puderam participar da celebração. (03/08)
Foto: Andrew Medichini/AP Photo/picture alliance
Hamas divulga vídeo de refém para pressionar por cessar-fogo
O Hamas divulgou um vídeo do refém israelense Evyatar David, no qual ele cava sua própria cova dentro de um túnel em Gaza. "O tempo está se esgotando", diz David, de 24 anos, enquanto usa uma pá. Ao final do vídeo, o jovem, que aparece esquelético, desaba. "Só um acordo de cessar-fogo pode trazê-los de volta com vida", afirmou o grupo palestino. (02/08)
Foto: AFP
Enviado dos EUA visita centro de ajuda em Gaza operado por fundação controversa
Steve Witkoff visitou um centro de distribuição de alimentos no sul de Gaza, operado pela polêmica fundação apoiada por Israel, GHF. A ofensiva militar israelense agravou a crise humanitária no território e dificulta o envio seguro de alimentos para a população. Segundo agências internacionais, centenas de pessoas morreram vítimas de tiros ao tentar buscar ajuda nesses locais desde maio. (01/08)
Foto: David Azaguri/US Embassy Jerusalem/AP Photo/picture alliance