Presidente escolhe atual ministro da Justiça para o cargo que era de Teori Zavascki. Moraes poderá ocupar cadeira no Supremo Tribunal Federal até completar 75 anos. Indicação precisa agora ser aprovada pelo Senado.
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O presidente Michel Temer indicou nesta segunda-feira (06/02) o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ocupar a vaga que era de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF). Teori morreu num acidente aéreo no dia 19 de janeiro.
Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, a escolha do presidente foi baseada no currículo de Moraes. "As sólidas credenciais acadêmicas e profissionais do doutor Alexandre de Moraes o qualificam para essa elevada responsabilidade no cargo de ministro da Suprema Corte no Brasil", ressaltou.
Antes de assumir a vaga, Moraes, de 49 anos, precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, seu nome necessita da aprovação dos senadores. Ele provavelmente será aprovado para o cargo.
Segundo a Agência Brasil, a indicação de Moraes contou com o apoio do ministro Gilmar Mendes, que teria trabalhado informalmente junto ao presidente para a escolha de seu apoiado.
Desde maio de 2016, Moraes comanda o Ministério da Justiça. Formado em Direito, ele é livre docente na Universidade de São Paulo (USP) e leciona ainda em outras instituições. O ministro, filiado ao PSDB, já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo e secretário de Justiça, Defesa e Cidadania, nos governos de Geraldo Alckmin, além de ter assumido uma secretária municipal em São Paulo.
De acordo com a legislação, o cargo no Supremo pode ser ocupado por um ministro até ele completar 75 anos de idade, quando ocorre a aposentadoria compulsória. A indicação para uma cadeira vaga no tribunal cabe ao presidente da República.
CN/abr/efe/ots
Tragédias que afetaram os rumos da política brasileira
Destino do Brasil foi afetado por mortes trágicas de figuras relevantes da política, como o presidente Tancredo Neves, que foi submetido a cirurgia de emergência um dia antes da posse e acabou perdendo a vida.
Foto: Célio Azevedo
A elite política nas mãos de Teori
O ministro do Supremo Teori Zavascki morreu em 19 de janeiro de 2017 na queda de um bimotor que ia de São Paulo a Paraty. Cinco pessoas morreram. Zavascki era relator da Operação Lava Jato no STF. Estavam em suas mãos os acordos de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, que citam parte expressiva da classe política brasileira. Sua morte gera dúvidas sobre rumos das investigações.
Foto: Reuters/U. Marcelino
Presidência, um sonho interrompido
Candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos morreu aos 49 anos, em 13 de agosto de 2014, durante a campanha, em trágico acidente de avião. O bimotor Cessna Citation caiu em Santos (SP). Além de Campos, seis pessoas morreram. Sua morte provocou reviravolta na eleição. Marina Silva, a vice na chapa, assumiu a candidatura e passou a liderar a intenção de votos, mas terminou em terceiro lugar.
Foto: AFP/Getty Images
A triste despedida do Senhor Diretas
Ulysses Guimarães foi um dos políticos que mais se empenharam pelo retorno das eleições diretas. Presidiu a Constituinte, em 1987. Teve papel crucial no impeachment de Collor, em 1992, para que a votação fosse aberta. Dez dias depois, o helicóptero que o transportava caiu em Angra dos Reis. O país parou. Nas buscas, havia expectativa de que fosse achado com vida. O corpo jamais foi encontrado.
Foto: Arquivo ABr
O destino e a democracia
Em um lance inesperado do destino, Tancredo Neves, eleito presidente em 1985 por eleição indireta no Colégio Eleitoral do Congresso, foi submetido a uma cirurgia de emergência um dia antes da posse, marcada para o dia 15 de março. Em quase um mês de agonia, Tancredo foi submetido a sete cirurgias. Ele morreu em 21 de abril, deixando incertezas sobre a continuidade do processo de redemocratização.
Foto: Célio Azevedo
Acidente ou atentado?
O ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em agosto de 1976, em acidente de carro. O Opala em que estava, guiado pelo motorista Geraldo Ribeiro, foi atingido por um ônibus e bateu de frente com um caminhão. Como JK perdeu os direitos políticos na ditadura e era crítico dos militares, o acidente foi cercado de dúvidas. Em 2014,a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a morte foi acidental.
Foto: AP
Morte inesperada ao deixar a Presidência
Primeiro presidente da ditadura e um dos articuladores do golpe militar de 1964, o general Humberto de Alencar Castelo Branco morreu num trágico acidente de avião, em julho de 1967, quatro meses depois de ter deixado a Presidência. O Piper Aztec PA 23, em que ele viajava, foi atingido na cauda por um caça T-33 da FAB na região de Fortaleza. O enterro, no Rio, foi organizado com honras militares.