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Temer promete entregar novos presídios em até um ano

17 de janeiro de 2017

Em entrevista à Reuters, presidente afirma que construção com pré-moldados agilizará tempo de obras. Temer descarta ainda concorrer em 2018 e destaca que há chance zero de a Lava Jato desestabilizar seu governo.

Michel Temer
Foto: Reuters/A.Machado

O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (16/01) que pretende entregar os 30 presídios, anunciados na semana passada como medida para solucionar a crise penitenciária, em até um ano. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o presidente disse que serão usados pré-moldados para agilizar as obras.

"Queremos agilizar a construção desses presídios. Pelas vias tradicionais isso pode levar de dois a três anos e nós encontramos formas pelas quais, por meio de pré-moldados, talvez em um ano você consiga fazer a construção de todos esses presídios", destacou Temer, ressaltando que a tecnologia já foi usada pelo governo do Espírito Santo.

Dos 30 novos presídios anunciados, cinco deles serão federais e os outros 25 estaduais. O presidente disse que, em cada um deles, serão construídos dos dois prédios para que os presos sejam separados por nível de periculosidade.

Temer disse ainda que a crise penitenciária não pode ser resolvida somente com a construção de presídios e afirmou que o governo investirá mais para separar os detentos não violentos dos mais perigosos para evitar que eles sejam recrutados por facções criminosas.

O presidente afirmou que o governo trabalhará em parceria com o judiciário para acelerar julgamentos de ações e reduzir a superlotação carcerária. De acordo com Temer, um censo da população carcerária irá identificar detentos que já cumpriram a pena, mas continuam confinados.

O presidente prometeu também uma cooperação maior com os países vizinhos para combater o tráfico de drogas.

Candidatura e TSE

Na entrevista, Temer falou também sobre seu futuro político. O presidente descartou concorrer às eleições presidenciais em 2018.

"Este é um governo de reformas e sendo um governo de reformas é um governo preparatório para o governo que virá em 2018. Eu espero apenas cumprir essa tarefa e deixar que meu sucessor possa encontrar um país mais tranquilo", afirmou.

Após baixas no governo de nomes que apareceram envolvidos no escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato, o presidente negou que delações premiadas no âmbito da investigação possam desestabilizar seu governo.  "Zero. Não há a menor possibilidade disso", ressaltou.

Temer revelou ainda a expectativa de que o processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode cassar seu mandato, seja arquivado. "Não é improvável que em um dado momento o tribunal decida julgar improcedente a ação", disse.

O TSE analisa a denúncia de irregularidades na campanha eleitoral de 2014 da chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e o seu então vice Temer. Se comprovada a fraude, o presidente pode perder o mandato.

O presidente afirmou, porém, que uma eventual cassação do seu mandato trataria instabilidade ao país. "Imagine, uma nova eleição, um novo presidente em um mandato de quatro anos. Realmente há uma preocupação", disse.

CN/rtr

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