Tempestade leva ao cancelamento de desfiles na Alemanha
8 de fevereiro de 2016
Mainz e Düsseldorf, anunciam que desfiles de segunda-feira, ponto alto da festa, serão adiados por razões meteorológicas. Em Colônia parada ocorre com restrições, apesar de previsão de ventos de até 100 km por hora.
Foliões foram surpreendidos com cancelamento de desfilesFoto: picture-alliance/dpa/O. Berg
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Após o alerta do Serviço Meteorológico Alemão sobre a tempestade Ruzica, várias cidades do oeste da Alemanha cancelaram os tradicionais desfiles de Carnaval nesta segunda-feira (08/02). Meteorologistas previam que ventos de até 100 quilômetros por hora podem atingir a região.
A primeira cidade a cancelar a parada da Rosenmontag (Segunda-feira das Rosas) foi Mainz, ainda no domingo, onde eram esperados cerca de 500 mil foliões. "Com o coração pesado, mas com a sensação de ter tomado a decisão certa, cancelamos o desfile da segunda-feira", anunciou o presidente da Associação do Carnaval de Mainz, Richard Wagner.
Düsseldorf anunciou o cancelamento do desfile na manhã de segunda-feira. As paradas em ambas as cidades, junto com Colônia, são as maiores do país. Essa não é a primeira vez que desfiles são cancelados devido às condições meteorológicas. Em 1990, uma forte tempestade levou ao cancelamento da festa em Düsseldorf
O Comitê do Carnaval de Düsseldorf anunciou que a parada será remarcada o mais rápido possível. Mainz também pretende marcar uma nova data para o evento. Por questões de segurança devido à tempestade, diversas cidades no oeste alemão, entre elas Münster, Essen, Dortmund, Duisburgo e Koblenz, também cancelaram os desfiles.
Apesar do cancelamento, um grupo de foliões fantasiados se reuniu no centro de Mainz para festejar. Grupos de carnaval também não deixaram o dia passar em branco e organizaram um pequeno desfile com banda pela cidade.
Em Colônia, desfile ocorre com restriçõesFoto: picture-alliance/dpa/O.Berg
Rosenmontag em Colônia
Em Colônia, a parada da segunda-feira teve início pontualmente às 10h00 (horário local), reunindo milhares de foliões apesar da chuva, que passou no decorrer do evento. O desfile aconteceu com várias restrições. Por medida de segurança, cavalos, bandeiras, placas e bonecos grandes tiveram que ficar de fora do evento neste ano.
A prefeitura de Colônia e o comitê organizador da festa afirmaram estar em contato constante com o serviço meteorológico e podem interromper rapidamente o desfile, caso as condições meteorológicas piorem.
Os desfiles da Segunda-Feira das Rosas são o ápice do Carnaval alemão que teve início na quinta-feira (Weiberfastnacht) , indo atá a Quarta-Feira de Cinzas.
CN/dpa/afp
Termos indispensáveis no Carnaval de Colônia
O dialeto "Kölsch" não é fácil de entender, mesmo para os alemães. Se você é um dos milhões de turistas que vão a Colônia para os "dias da loucura", uma pequena ajuda na comunicação com os foliões locais – os "Jecken".
Foto: picture-alliance/dpa/O. Berg
Fastelovend, Fasteleer
Ambos são termos para "Carnaval" no dialeto coloniano. A temporada carnavalesca ("Session") de Colônia já é inaugurada em 11 de novembro, às 11h11. Porém a "quinta estação" ou "dias da loucura" propriamente ditos começam na quinta-feira antes do Carnaval, com o Weiberfastnacht (Carnaval das mulheres) e vai até a Quarta-Feira de Cinzas.
Foto: picture-alliance/dpa/R.Vennenbernd
Jecken
Só uma questão de nome: os foliões de Colônia são denominados "Jecken", mas apresentam a mesma disposição para se fantasiar e "encher a cara" que seus colegas em outras partes do mundo. No resto do ano, "Jeck" quer dizer "louco". Uma reação comum quando os colonianos se deparam com um absurdo é: "Bist du eijentlich jeck?" – "Está maluco?"
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Kölsch
Além de significar "coloniano" e designar o dialeto local, "Kölsch" é o nome da cerveja de Colônia. No Carnaval, para evitar acidentes, os tradicionais copos cilíndricos e delgados de 200 ml são substituídos pelos de plástico. Garrafas são proibidas em certos locais. Dica: nos bares ("Kneipe"), nessa época, só se paga com vales comprados à entrada. Isso evita que o garçom perca tempo com o troco.
Foto: picture-alliance/dpa
D'r Zoch kütt!
Aí vem o desfile de Carnaval! Carros alegóricos com engraçadas esculturas de papel machê e gente que acena e atira flores e doces. Nas ruas estão os foliões, música e grupos de dança. Além do desfile da segunda-feira ("Rosenmontagszug"), o ponto alto do Carnaval, há um importante desfile de bairros e escolas no centro da cidade no domingo. Nos bairros, há desfiles menores de domingo a terça.
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Kamelle
Balas e doces são a clássica "munição" carnavalesca, arremessada dos carros alegóricos para a multidão. Hoje em dia, o termo "kölsch" "Kamelle" foi ampliado para designar todo tipo de guloseimas: sacos de pipoca e batatinhas fritas, ursinhos de goma, waffles, barras de chocolate inteiras. Por vezes, a generosidade dos clubes é tão grande, que um ou outro folião sai machucado.
Foto: picture alliance/dpa
Strüssjer
Pequenos buquês de flores também são distribuídos ou atirados durante o desfile. Quem consegue ficar na primeira fila do desfile da segunda-feira e grita mais alto "Strüssjer!! Kamelle!!" costuma se dar bem, podendo ganhar até mesmo uma beijoca.
Foto: picture-alliance/dpa
Bützcher
Beijar a torto e a direito é outra peculiaridade da "Fastelovend": completamente estranhos distribuem "Bützcher" à vontade, até mesmo em policiais, sem qualquer consequência mais grave. A não ser uma maquiagem radicalmente borrada, em caso de entusiasmo beijoqueiro extremo.
Foto: picture-alliance/dpa
Schunkele un danze
No Carnaval renano ouve-se da marcha militar à valsa – passando até por um samba ou outro. Cada um dança ("danze") como quer e pode. Uma variante especial é o "Schunkele", em que os "Jecken" se engancham os braços e balançam de um lado para o outro. "Ich ben ene Räuber", "Mir sinn kölsche Mädcher", "Blootwoosch, Kölsch un en lecker Mädcher" constam entre os "Schunkellieder" mais apreciados.
Foto: picture alliance/R. Goldmann
Jet ze müffele
"Algo para comer" é especialmente importante em caso de alto consumo de cerveja. Os pratos típicos de Colônia incluem "Flönz" (morcela vermelha), "Halver Hahn" (pão de centeio com queijo – embora o nome signifique, na verdade, "meio frango"), "Hämcher" (joelho de porco) e "Rievkooche" (bolinho de batata), além das onipresentes "Frikadellen" (almôndegas, na foto) e "Pommes" (batatas fritas).
Foto: Fotolia
Weetschaff
Praticamente todos os bares ("Kneipe", ou "Weetschaff, em "kölsch") da cidade participam da festa que dura seis dias seguidos. Em geral os donos retiram o mobiliário, para deixar livre uma grande pista de dança, e decoram tudo. Em muitos locais só se ouve música coloniana, outros também tocam sucessos alemães, pop e rock. As filas diante dos mais tradicionais chegam a se estender por 300 metros.
Foto: picture alliance/dpa Themendienst/H. Kaiser
Decke Trumm
O tocador leva o "tambor gordo" pelas ruas preso ao corpo com um cinto e percute a pele com uma baqueta grande e fofa. O "Decke Trumm" é parte inalienável do Carnaval de Colônia: é ele que marca o ritmo das canções tradicionais e mantém os foliões – mais ou menos – na linha.