Tempestade Xavier danificou mais de 20 mil árvores em Berlim
9 de outubro de 2017
Número é estimado pela prefeitura da cidade. Remoção de galhos e árvores caídas deverá durar semanas. Quatro dias depois de vendaval, alguns parques permanecem fechados.
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Mais de 20 mil árvores caíram ou foram danificadas em Berlim com a passagem da tempestade Xavier, estimou nesta segunda-feira (09/10) a prefeitura da cidade. As autoridades alertaram ainda para o risco de queda de galhos e pediram que a população evite os parques e bosques da região.
O forte vendaval atingiu a cidade no fim da tarde da última quinta-feira e deixou um rastro de destruição. Somente no parque Tiergarten, no centro da capital alemã, cerca de cem árvores caíram.
A prefeitura berlinense afirmou que a remoção das árvores e galhos caídos deve durar algumas semanas. Devido aos riscos, diversos parques na cidade permaneceram fechados nesta segunda-feira.
A tempestade Xavier causou caos no norte da Alemanha. O sistema ferroviário da região foi fortemente atingido pela queda de árvores. Estragos foram registrados em cerca de mil quilômetros da malha ferroviária. Alguns trechos ainda seguem bloqueados.
A Deutsche Bahn, companhia que opera o serviço ferroviário na Alemanha, anunciou nesta segunda-feira que o trecho entre Hamburgo e Berlim, um dos principais do país, foi parcialmente liberado, mas o serviço continua limitado e com atrasos.
A tempestade Xavier deixou ao menos sete mortos no país. Todas as vítimas foram atingidas por árvores.
CN/ots/rtr
Verão de extremos na Europa
Este ano já se anuncia como um dos mais quentes em quase um século e meio na Europa. Enquanto parte do continente enfrenta enchentes e tempestades de raios, outra sofre com seca e incêndios.
Foto: picture alliance/AP Photo/V. Ghirda
Lúcifer ataca
Uma sufocante onda de calor apelidada de "Lúcifer" varreu o Sul da Europa, causando transtornos e destruição. Com temperaturas acima de 40 graus Celsius da Espanha, no oeste, aos países dos Bálcãs, no leste, safras secaram, reservas d'água evaporaram, e incêndios foram registrados.
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Ghirda
Um lugar à sombra
Em meio às temperaturas recorde da ilha espanhola de Maiorca, os turistas disputam um lugarzinho à sombra. Aqui eles encontraram abrigo sob a Catedral de Palma. Os hospitais estão lotados em diversos países europeus, com mortes por calor registradas na Itália, Espanha e Romênia.
Foto: picture-alliance/dap/P. Schirmer Sastre
Noites abafadas
As coisas não melhoram muito com o anoitecer. Nesta foto, tirada em Palma de Maiorca no meio da noite, um termômetro de rua marca 33 graus Celcius. Segundo cientistas, 2017 confirma a tendência global recente de calor extremo, e poderá contar entre os anos mais quentes já registrados.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Schirmer Sastre
Calor romano
A ultraturística capital da Itália contou entre as metrópoles mais atingidas pela onda quente. O Vaticano foi forçado a desligar as fontes de água potável em julho. Por sorte, no início de agosto, quando as temperaturas entraram na casa dos 40 graus Celcius, havia algumas possibilidades para se refrescar no centro de Roma.
Foto: Reuters/M. Rossi
Nada como um banho de lama
Quando Madri chegou a incômodos 39 graus Celcius em junho, não só os habitantes humanos usaram de todos os meios possíveis para escapar do calor: para estes rinocerontes do zoológico madrileno, a resposta foi rolar na lama úmida.
Foto: picture-alliance/Pacific Press/J. Sanz
Brincadeiras e engarrafamentos
Para as crianças, refrescar-se é também um grande pretexto para brincadeiras. Por toda a Europa as fontes públicas atraíram multidões – como aqui, em Nice, no sul da França. Enquanto isso, em várias cidades tanto as autoestradas em direção ao litoral como as que levam a alguns aeroportos ficaram abarrotadas de moradores que tentam escapar do sufoco urbano.
Foto: Reuters/E. Gaillard
Céus eletrificados
Não é só o calor: julho de 2017 foi um dos mais úmidos desde os primeiros registros meteorológicos, em 1881, com relâmpagos cortando os céus e chuvas torrenciais frustrando os planos de churrasco ou banho de sol. Os cientistas confirmam que, além de ondas de calor e tempestades, a mudança climática global tem promovido condições meteorológicas extremas por todo o mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kusch
Chuva e diversão
Enquanto outras cidades europeias sofriam com a seca, os participantes do desfile do Dia do Orgulho Gay em Berlim festejavam sob pesada chuva. Assim como o restante da Alemanha, a capital tem tido um verão inusitadamente chuvoso, com enormes pedras de granizo, raios e trovões.
Foto: Reuters/F. Bensch
Madeira!
Neste verão, o norte da Alemanha foi especialmente castigado por ventos com intensidade de tufão, deixando ruas inteiras recobertas de destroços. As tormentas derrubaram árvores inteiras, como este imponente castanheiro, atingido por um furacão em junho, em Hamburgo. O tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo da metrópole sofreu distúrbios, e pelo menos duas pessoas morreram.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Bockwoldt
Debaixo d'água
A Áustria tampouco foi poupada pelo dilúvio. Turistas que procuravam calma e lazer em Salzburgo em agosto foram surpreendidos por chuva e granizo. As enchentes isolaram completamente o apreciado vale Grossarltal, e pelo menos três pessoas morreram.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Scheriau
Férias em chamas
No Sul da Europa, os incêndios florestais devastaram amplas áreas. Na foto, turistas da pitoresca Côte d'Azur observam as colinas em chamas, acima de suas cabeças. As autoridades tiveram que evacuar a área, retirando 10 mil pessoas.
Foto: Reuters/J.P. Pelissier
Terra queimada
O fogo também assolou diversas regiões de Portugal, Itália, Espanha e Croácia, danificando e destruindo casas, fazendas e florestas. Até o fim de julho, o continente registrou mais do que o triplo da média anual de incêndios, sendo parte comprovadamente criminosa. Em junho, eles fizeram 64 vítimas em Portugal.